10 Abril 2023 -
Com quatro atrações gratuitas, de diferentes estilos, a música rouba a cena no Circuito Municipal de Cultura em abril. O destaque vai para a edição especial do Música de Domingo, projeto do Teatro Francisco Nunes, que celebra o Dia do Jazz e homenageia o baterista mineiro Esdras “Neném” Ferreira. O evento acontece no dia 16 e conta com shows de Toninho Horta, Davi Fonseca e Camila Rocha Trio.
A programação musical começa no dia 13, com o Quinta no Raul, que recebe o grupo Chorosas, formado por instrumentistas mulheres, para uma roda de choro com participação da carioca Nilze Cordeiro. No dia 17, segunda-feira, no Centro Cultural Padre Eustáquio, é a vez do Arcomusical Brasil apresentar o concerto didático, descortinando as múltiplas possibilidades sonoras do berimbau. Fechando o mês, no dia 28, também no Centro Cultural Padre Eustáquio, o projeto Sexta Musical recebe a “dobradinha” entre o grupo de choro Roda do Padreco e a fanfarra feminina Sagrada Profana.
Mais informações estão disponíveis nas redes e no site do Circuito Municipal de Cultura, que é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura e da Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com o Instituto Odeon.
- Música de Domingo Especial
Projeto especial do Teatro Francisco Nunes, o Música de Domingo comemora o Dia do Jazz e homenageia o instrumentista mineiro Esdras “Neném” Ferreira no dia 16 de abril, a partir das 11h. Baterista, Ogã Alabê, percussionista e professor, Neném completa 45 anos de carreira em 2023. Conhecido por sua versatilidade e precisão, o músico já tocou e gravou com grandes nomes do cenário musical nacional e mundial, tais como Beto Guedes, Flávio Venturini, Milton Nascimento, Chico Buarque, Gal Costa, Dominguinhos e Nana Caymmi. Vencedor do Grammy com a Orquestra Fantasma, em 2020, Neném também coleciona participações em festivais como o BDMG Instrumental. Atualmente, o músico faz apresentações e gravações pontuais.
Na edição especial do Música de Domingo, sobe ao palco do Teatro Francisco Nunes a banda do renomado guitarrista, cantor e compositor Toninho Horta, formada também por Yuri Popoff (baixo), Lena Horta (flauta), André Dequech (piano/teclados) e pelo celebrado baterista Neném. O evento também contará com a apresentação do pianista Davi Fonseca, revelação da música instrumental de Minas Gerais, e da baixista Camila Rocha, outro nome importante da cena instrumental contemporânea do estado. Com show em formato de trio, Camila Rocha (contrabaixos elétrico e acústico e voz) estará acompanhada por Luadson Constâncio (piano) e Paulo Fróis (bateria). Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados antecipadamente pelo site da Sympla.
- Mais música
Formado em 2020, o grupo Chorosas é a atração do Quinta no Raul, projeto especial do Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado, no dia 13 de abril. A partir das 20h, a roda de choro apresenta um repertório com 80% de choros e sambas compostos por mulheres. Além de Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Waldir Azevedo, entram músicas de Lina Pesce, Luciana Rabelo, Nilze Carvalho, Mariana Bruckers, Lúcia Campos, Luísa Mitre, Thamiris Cunha, Joana Queiroz e também composições autorais. Buscando fomentar o trabalho das mulheres instrumentistas e compositoras em um ambiente historicamente ocupado por homens, o grupo atualmente é formado por Christiane Cordeiro (cavaquinho), Poliana Soares (clarineta), Priscila Norberto (flauta), Mariana Martins (violão) e Manu Dias (pandeiro). Na roda do Circuito Municipal de Cultura, as Chorosas convidam Nilze Cordeiro, premiada cantora, compositora e instrumentista do Rio de Janeiro. Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados antecipadamente pelo site da Sympla.
Duas atrações no Centro Cultural Padre Eustáquio fecham a programação musical deste mês. No dia 17, segunda-feira, às 20h, acontece o concerto didático “Arco Musical Brasil em Cena”. Grupo de berimbaus que se propõe a executar e criar novas obras para o instrumento, o Arcomusical Brasil surgiu a partir de um trabalho iniciado no Grupo de Percussão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O projeto apresenta uma proposta inovadora, com composições que oferecem uma nova visão para o berimbau, mesclando a tradição popular brasileira e a estética da música de câmara, com um resultado sonoro surpreendente. Este concerto didático será feito em formato de duo, com os integrantes Mateus Oliveira e Breno Bragança, que executarão um repertório que vai de Naná Vasconcelos, Milton Nascimento e Ramiro Musotto, até compositores da música contemporânea, como Alexandre Lunsqui, Steve Reich e Olivier Messiaen.
Já no dia 28, pelo projeto Sexta Musical, o Centro Cultural Padre Eustáquio recebe, a partir das 18h, uma “dobradinha” entre dois grupos de linguagens distintas, que convergem no gosto pelo Carnaval - Roda do Padreco e Sagrada Profana. Criada em 2014, no Padre Eustáquio, a Roda do Padreco surgiu a partir de encontros musicais entre amigos da escola de música da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Os integrantes se reuniam toda sexta-feira em bares do bairro para estudar e tocar o choro, primeiro gênero musical genuinamente brasileiro. A roda de choro cresceu e rendeu uma formação de banda e um bloco carnavalesco, o Bloco do Alfredin, que apresenta nas ruas do Padre Eustáquio um repertório de clássicos do estilo. A Sagrada Profana, por sua vez, deriva da fanfarra carnavalesca homônima, criada em 2016 com o objetivo de evidenciar a mulher através da arte. A banda é formada por nove musicistas que se uniram para exaltar grandes ícones femininos que fizeram ou fazem história no cenário musical. Intimamente ligadas ao conceito do feminismo, a banda e a fanfarra utilizam a música como instrumento para a luta pela igualdade de gêneros e pela emancipação da mulher. As apresentações dos grupos são gratuitas e abertas ao público, sem necessidade de retirada prévia de ingressos.
- Quinta no Raul
Projeto especial do Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado, o Quinta no Raul acontece nas noites de quinta-feira. A proposta foi criada devido à vocação musical do entorno, que conta com diversas escolas de formação musical, núcleos de criação como bandas e coletivos. O Circuito Municipal de Cultura realiza quinzenalmente apresentações gratuitas de artistas autorais, de diversos estilos, tendo como referência trabalhos que possuem relação com o território e o público local. Entre agosto de 2022 e março de 2023, foram seis edições realizadas, com público total de 874 pessoas, que receberam as atrações Magnatas do Samba, Trio Lampião, Pêlos, Orquestra de Rua Já Te Digo, Bloco Chega o Rei e Imane Rane.
- Música de Domingo
Nascido na década de 1950, o Música de Domingo apresentou uma programação ininterrupta até 2009. O projeto especial do Teatro Francisco Nunes foi retomado em 2019 e, com a pandemia da Covid-19, teve suas atividades interrompidas. Intrinsecamente conectado à história de Belo Horizonte, o Música de Domingo voltou à programação da cidade em setembro de 2021, com uma programação musical quinzenal, que acontece nas tardes de domingo e abarca as mais variadas facetas da música instrumental e cantada. Entre agosto de 2022 e março de 2023, foram realizadas quatro edições, com público total de 1.154 pessoas, que receberam as atrações Percussão Circular convida Sérgio Pererê, Dudu do Cavaco convida Tavinho Leoni, Filhas de Clara e Glória Bomfim e Aline Calixto.
- Sobre o Circuito Municipal de Cultura
Projeto estratégico da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, o Circuito Municipal de Cultura tem como objetivo promover a descentralização e a democratização do acesso a uma ampla programação artístico-cultural, atendendo a todas as regionais, valorizando e fomentando a produção cultural local dos diversos territórios da cidade. O Circuito Municipal de Cultura oferece programação contínua, em diversos formatos, a partir de ações descentralizadas nas nove regionais da PBH. São realizados shows, espetáculos cênicos, intervenções urbanas, exibição de filmes e mostras temáticas, além de atividades de reflexão e formação.
Lançado em dezembro de 2019, o Circuito Municipal de Cultura mantém o compromisso de oferecer programação cultural plural, com atrações gratuitas para todas as faixas etárias, destacando a produção local em todos os seus territórios e manifestações. Ao longo destes anos, o Circuito já realizou 628 apresentações nos espaços públicos das nove regionais da cidade, alcançando um público de mais de 700 mil pessoas, e contou com a participação de mais de 3.700 trabalhadores, entre artistas, Mestres da cultura popular, produtores e técnicos, reforçando seu importante papel de fomento, principalmente no período da pandemia de Covid-19.
No ano de 2022, o Circuito realizou 145 ações, com público estimado em 25 mil pessoas. Foram mais de 400 artistas envolvidos nesse período e aproximadamente 500 agentes da cadeia produtiva contratados, com maior destaque para artistas e fornecedores de Belo Horizonte e Região Metropolitana.