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Museu Histórico Abílio Barreto comemora 81 anos com uma semana de atrações
Foto: Ricardo Laf/Divulgação

Museu Histórico Abílio Barreto comemora 81 anos com uma semana de atrações

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O Museu Histórico Abílio Barreto terá uma semana de atividades especiais para comemorar os 81 anos de fundação. Entre os dias 18 e 25 de fevereiro de 2024, o público poderá realizar de forma gratuita diversas oficinas e visitas mediadas, apreciar atrações artísticas, assistir palestras inéditas e visitar uma mostra de artesanato.

 

As exposições “Complexa Cidade”, “BH Fora dos Planos”, “Perspectiva MHAB: 80 Anos” e “Por dentro do acervo: o processo de implementação da coleção digital do Acervo da Comissão Construtora da Nova Capital” também seguem abertas à visitação durante a semana de celebração, proporcionando uma imersão única na história e na cultura de Belo Horizonte. 
 

Programação

No domingo (18), às 11h e às 16h, haverá a visita mediada especial “O museu e a cidade vivida”, com Luana Pirajá Ferraz. O passeio consiste em uma visita interativa à exposição “Belo Horizonte: Fora dos Planos”, com enfoque especial nos ofícios realizados nos bastidores do museu. Nesse passeio cultural, o público terá a oportunidade de descobrir de que forma os objetos se tornam bens de valor histórico e de que maneira ajudam a construir identidade e sentimento de pertencimento para diferentes grupos sociais.

 

No mesmo dia, às 11h30, o Auditório do MHAB recebe a Banda Sinfônica Comunitária (BSC), que tem como objetivo promover a música como ferramenta de inclusão social e cultural. A banda é composta por uma variedade de instrumentos de sopro, percussão e cordas, e é formada por músicos de diferentes idades e níveis de habilidade, trabalhando com releituras de canções da música popular brasileira, além de músicas originais. Também no dia 18 de fevereiro, às 16h, o Auditório recebe o espetáculo de mágica “Desculpa te Enganar”, feito para toda a família. Com ilusões e truques surpreendentes, o show é uma jornada encantadora através do mundo da magia, no qual o ilusionista brinca com a realidade e desafia as leis da física. Com humor envolvente e interação com o público, cada número é uma experiência única, deixando os espectadores intrigados e transcendendo as fronteiras da imaginação.

 

Na segunda (19), terça (20) e quarta-feira (21), a programação conta com a oficina “Aspectos da Preservação de Arquivos Fotográficos”, com o professor Pedro de Brito Soares, sempre das 19h às 22h no Auditório do MHAB. As vagas são ilimitadas e o curso é voltado para profissionais e estudantes que atuam na área de documentação fotográfica, arquivistas, técnicos de arquivo, pesquisadores e fotógrafos. Com as aulas, os participantes terão acesso à informações gerais sobre documentos fotográficos e orientações sobre conservação e preservação de acervos.

 

Na quinta-feira (22), das 19h às 22h, a palestra “Fontes Históricas de Carnaval de Belo Horizonte: dos acervos para a sociedade” será ministrada pelos pesquisadores Marcos Maia e Vítor Louvisi. Íntimos dos acervos históricos sobre samba e carnaval de Belo Horizonte, ambos irão relatar suas experiências com as fontes históricas de duas instituições museológicas da capital mineira. Marcos Maia, historiador e Coordenador Geral do Projeto Registro do Samba como Patrimônio Cultural Imaterial de Belo Horizonte, falará sobre sua pesquisa com os documentos históricos (manuscritos e datiloscritos) que fazem parte do Arquivo Privado do historiador Abílio Barreto. Já Victor Louvisi, doutor em Ciência da Informação (UFMG), discutirá os acervos audiovisuais do Museu da Imagem e do Som de BH (MIS BH) que têm como conteúdo os carnavais dos anos 1970/1980.

 

No domingo (25), a Feira de Artesanato “Mercado Charme Chique” ocupará os jardins do Museu, homenageando o aniversário do espaço com peças únicas de artesanato inspiradas no MHAB.

Exposições

Para celebrar os 80 anos do MHAB foi inaugurada, em maio de 2023, a exposição "Belo Horizonte Fora dos Planos”, que tem curadoria dos historiadores Carolina Marotta Capanema e Raphael Rajão Ribeiro. A exposição segue em cartaz e propõe um novo olhar para a história do município a partir de um ponto de vista diferenciado, para além do mito da nova capital como cidade planejada, propondo uma reflexão sobre as formas de vida que foram “apagadas” ao longo da história, a exemplo de resquícios do Arraial do Curral Del Rei ou elementos naturais como riachos e córregos removidos da paisagem ao longo dos anos. Estão em exposição registros de um cotidiano que sobreviveu ao processo de construção da nova capital de Minas Gerais.

 

Também encontra-se aberta à visitação, no Casarão do MHAB, a exposição “Complexa Cidade”, de curadoria de Letícia Julião, que foi concebida diante do desafio de abordar aspectos da cidade na narrativa expositiva. Ao longo do percurso, dois circuitos de visitação simultâneos e complementares articulam a casa e a rua, como dimensões privada e pública da cidade, em suas complexas relações de oposição e reciprocidade. Por meio de objetos, vestígios arqueológicos, mapas, fotografias, pinturas e representações literárias, a exposição propõe ao visitante uma reflexão acerca do Casarão e das múltiplas maneiras de se ocupar a cidade.

81 Anos do MHAB

Situado no bairro Cidade Jardim, o conjunto arquitetônico do MHAB compreende o Casarão secular construído no século XIX, sede da antiga Fazenda do Leitão, o Edifício-sede, inaugurado em dezembro de 1998, o palco ao ar livre e os jardins concebidos como local de educação e lazer. Na área externa, estão em exposição permanente os acervos de grande porte. O acervo do MHAB é composto por cerca de 78 mil itens, divididos de acordo com os suportes: tridimensional, textual, iconográfico, bibliográfico e fotográfico. Esses objetos foram coletados ao longo dos anos, de acordo com as linhas de recolhimento estabelecidas por orientação dos gestores da instituição e, desde 2003, pela Comissão estabelecida para pensar a ampliação dos objetos colecionados pelo Museu.

 

O Museu oferece aos visitantes exposições de longa, média e curta duração que retratam diferentes aspectos da história de Belo Horizonte, atividades de educação museal e atividades de difusão cultural, reafirmando seu papel como lugar de disseminação e valorização da produção cultural local. O Museu Histórico Abílio Barreto constitui, preserva, pesquisa e comunica acervos históricos, toma a dinâmica urbana como objeto de investigação e promove o acesso do público aos bens culturais.