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Mulheres são a força que move as feiras da Economia Popular Solidária da PBH
Divulgação/PBH

Mulheres são a força que move as feiras da Economia Popular Solidária da PBH

criado em - atualizado em

As mulheres são maioria entre os integrantes da Feira da Economia Solidária, ocupando 95% do quadro de feirantes dessa política pública que integra o programa Economia Popular Solidária, da Prefeitura de Belo Horizonte. Dos 780 comerciantes, 740 são do sexo feminino que comercializam artigos de decoração, cama, mesa e banho; roupas adulto, infantil e para pets; bijuterias; acessórios; planta; quitandas, chope artesanal e produtos de alimentação, sustentam a casa e também cuidam da família.

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Relações Internacionais (SMDE) é responsável pela gestão do programa e do Centro Público de Economia Solidária (CEPES), que capacita os feirantes.

Chyara Sales Pereira, secretária municipal adjunta de Desenvolvimento Econômico, explica que a Economia Popular Solidária tem o objetivo de fomentar a comercialização solidária,  orienta grupos por princípios da autogestão, de reciprocidade e coletividade, da valorização dos produtos locais, do preço justo e da sustentabilidade, resguardando o respeito às relações de gênero, raça, etnia, religião, crença e preservação e cuidado com o meio ambiente.

“As feiras têm o papel de fomentar o trabalho coletivo e solidário, mas principalmente dão a oportunidade para as mulheres demonstrarem o papel importante de empreendedoras e inovadores”, destaca Chyara Pereira.

Há nove anos, Maria Aparecida da Silva Alves dos Santos, conheceu a feira através de um empreendimento que já participava do programa.

“Produzo e comercializo bijuterias e acessórios. Quando conheci a feira, criei meu grupo com mais 2 amigas que também trabalhavam com bijuterias. Como é um movimento social de geração de renda, vi a oportunidade de fazer uma renda para complementar a que tinha, proveniente do trabalho do meu marido, já que estava desempregada e mesmo com toda experiência não era aceita no mercado formal pela idade que não era ‘ideal’, para o mercado corporativo”, lembra.

Para Maria dos Santos, a participação das mulheres no programa reflete a força feminina para construir um modelo econômico mais justo e sustentável.

“Sendo as mulheres a maioria entre os expositores, elas transformam as habilidades em fonte de renda, fortalecendo redes de cooperação e promovem a valorização da cultura e do trabalho artesanal. Na economia como um todo, as mulheres enfrentam desafios como a informalidade e se sobrecarregam também como trabalho doméstico, filhos, netos, mas segue inovando e tentando impulsionar seus negócios que geram impacto social e autonomia financeira”, comemora.

Feirante há pouco tempo, Carina Martins Ferreira decidiu abrir um cantinho de Terapia Infantil no Espaço Kids, por indicação de uma amiga participante.

“Participar do programa da Economia Solidária está sendo uma experiência transformadora para minha família. Através das atividades e oficinas, consegui desenvolver habilidades que me permitiram gerar uma nova fonte de renda”, afirma. Isso não apenas melhorou nossa situação financeira, mas também trouxe uma sensação de empoderamento e autonomia”, afirma.

Como participar

No Centro Público de Economia Solidária (CEPES) há mais de 200 grupos de integrantes cadastrados. Em geral, eles comercializam itens de vestuário, artesanato, cosméticos, além de alimentos variados. Localizado ao lado da Praça da Estação, o CEPES é o espaço que eles têm de referência para reuniões e qualificações.

Os grupos são orientados a terem um mínimo de 3 integrantes, sempre pautados pelos princípios de reciprocidade e coletividade, como requisito necessário para participarem das atividades e feiras ofertadas. Após, devem participar de uma pré-formação, na qual será feito o cadastro do grupo no CEPES, para participarem em seguida da formação de seis aulas ocorridas no espaço. Maiores informações de como participar podem entrar em contato pelo e-mail cepes@pbh.gov.br.