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Dentro da caixinha
Foto: Guilherme Reis

Mestres da cultura popular são novidade da programação do Circuito em Casa

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Em mais uma iniciativa para valorizar e conectar as manifestações e identidades culturais ao redor de toda Belo Horizonte, mesmo durante o distanciamento social, a programação do Circuito em Casa entre os dias 20 e 27 de julho apresenta, como destaque, a estreia da série “Link de Mestre”, do Projeto Territórios Culturais. São encontros virtuais com a história de diferentes mestres de ofício e aprendizes de diversas regiões da cidade, unindo teoria e prática na área da cultura popular. O Circuito em Casa é a versão on-line do Circuito Municipal de Cultura. O projeto é realizado pela Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Centro de Intercâmbio e Referência Cultural (CIRC).

    


Link de mestre

Terceira ação do projeto territórios culturais lançada no Circuito em Casa – ao lado dos desafios de slam e do quadro histórias de alimentar a alma, que seguem em cartaz – a série link de mestre valoriza o conhecimento herdado e multiplicado por mestres de ofício, homens e mulheres ligados à cultura popular de Belo Horizonte. Na tela, mestres e aprendizes apresentam seus saberes e compartilham a forma com que o conhecimento teórico e prático transformou o contexto em que vivem.

 

A folia de reis, manifestação histórica e tradicional em Minas Gerais, é tema do episódio de estreia, nesta segunda-feira. O vídeo estará disponível a partir das 18h, contando a história de Palmira Barbosa Ramos, mestre de folia de reis há mais de 24 anos no bairro Floramar, e de seu aprendiz Douglas Francisco Silva Reis. O segundo episódio, disponível a partir das 18h da quarta-feira (22), conta a história de Evelina Pereira da Silva, mais conhecida como dona Amélia, rainha da guarda de congo Nossa Senhora do Rosário, do bairro Urca. Ela compartilhará seus conhecimentos sobre ervas e rezas ao lado do aprendiz Gleisson Rodrigues Batista Passos.

 

Já no sábado (25), no mesmo horário, o terceiro episódio conta a história de Lúcia César dos Santos, mobilizadora cultura e líder comunitária, e Ivanildo da Consolação Domingues, jornalista, fotógrafo e artista plástico, ambos moradores de venda nova. 

 

Por fim, na segunda-feira (27), também às 18h, estará disponível o quarto episódio, trazendo a costura, o bordado e o crochê do Aglomerado da Serra, a partir das mãos da mestra Célia Geralda de Sousa Gouveia. Costureira e bordadeira desde os 11 anos de idade, atuante no Centro Cultural Vila Marçola, ela divide o programa com Raimunda Maria dos Santos, mais conhecida por dona Merinda, também moradora da Serra, bordadeira e integrante do grupo vizinhas das cantigas.

 


Histórias de alimentar a alma

Mais uma vez, a programação do Circuito em Casa visita personagens de muitas regiões de Belo Horizonte que expressam a sua relação com a cultura e com seu território a partir da gastronomia. O quadro histórias de alimentar a alma terá dois novos episódios disponíveis, na terça-feira (21) e no domingo (26), sempre a partir das 11h. O primeiro tem a presença de Roberta Lopes, mais conhecida como Beta, auxiliar de cozinha da Vila Marçola, com uma receita de frango caramelizado. O segundo traz a receita de bambá de frango e ora-pro-nobis de Gil Ramos, morador de Venda Nova que, além da cozinha, desenvolve trabalhos na área artística como ator, circense e arte-educador há 40 anos. 

 


Grupo Trampulim e concerto de percussão 

O circo é novamente destaque no Circuito em Casa, dessa vez com o premiado grupo Trampulim, atração no domingo (26), às 16h. A trupe apresenta um novo experimento em tempos de pandemia: o programa de auditório bendita benedita. A palhaça Benedita Jacarandá comandará entrevistas, chamadas a correspondentes internacionais, música, dicas, bilhetes elegantes, tudo dentro de um estúdio improvisado dentro da garagem de casa. Na música, uma das atrações do Circuito em Casa é o concerto de percussão e canto de Johnny Hermo, às 21h da sexta-feira (24). Artista de Santa Luzia (MG), premiado e com mais de 20 anos de carreira no Brasil e exterior, ele se apresenta com o instrumento “berimlata”, criado por ele mesmo a partir de uma lata de tinta encontrada em uma nascente. O concerto é também uma homenagem ao percussionista pernambucano Naná Vasconcelos.

 


Radionovela, dança e cinema

Continua, nesta semana, a radionovela “Perguntas para Madê”, da dupla Erika Rohlfs e Thiago Gazzinelli. Levando a literatura para as frequências narradas da locução, eles contam a história de uma ex-detetive que, após vivenciar um trauma, fica anos sem sair de casa. O segundo episódio da trama estará disponível na terça-feira (21), às 10h. O terceiro, será na quinta-feira (23) no mesmo horário. O projeto Terça da Dança, da Fundação Municipal de Cultura, apresenta no dia 21, às 19h, a performance “A to to A - Oriki para Omolu”, da artista Flaviane Nascimento, que mistura videodança e poesia. O vídeo também conta com um bate-papo com o professor e pesquisador de dança André Luiz de Souza. A quarta-feira (22) é dia de Circuito Cine Clube, com novo filme disponível a partir das 12h. Dessa vez, a produção é “Dentro da Caixinha”, de Guilherme Reis, a história de uma família que aprende e se surpreende com o contato intergeracional e o espaço das memórias. 

 


Oficina de “Gambiologia” e bate papo sobre infância e mídia

Quem deseja liberar a criatividade e o espírito inventor não pode perder a oficina do Projeto Gambiologia, do artista maker e gambiólogo Fred Paulino, disponível na sexta-feira (24), às 12h. A gambiologia busca integrar a tecnologia e a arte à prática da “gambiarra” e da improvisação, com conhecimento técnico. Um dos pioneiros da área no Brasil, Paulino apresenta brevemente os conceitos de reaproveitamento de materiais e tecnologias na aula prática “Varal Fofo de Leds”. Para os pais ou familiares que enfrentam o momento do distanciamento social com crianças em casa, a dica é o bate-papo “O Impacto das Telas no Tempo das Infâncias”, com o educador e artista Igor Amin. O debate propõe a reflexão sobre os impactos do uso tóxico das telas (TV, celular, computador) na infância, devido à falta de mediação e acompanhamento consciente das famílias e educadores. O vídeo do bate-papo estará disponível a partir das 16h do sábado (25).

 

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