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 Mesmo em tempos de pandemia e isolamento social, os usuários dos serviços da Rede de Saúde Mental da Prefeitura de Belo Horizonte comemoraram o Dia da Luta Antimanicomial.
Foto: Divulgação PBH

Luta Antimanicomial ganha voz nas redes

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Dezoito de maio é marcado pela comemoração do Dia de Luta Antimanicomial. A atual gestão da Prefeitura de Belo Horizonte tem como uma das grandes marcas a consolidação das políticas de saúde mental, com a ampliação de serviços especializados nessa área. Desde 2017, foram muitos avanços, como a abertura da Unidade de Acolhimento Transitório Infanto Juvenil, do Cersam Álcool e Drogas Pampulha/Noroeste e do novo serviço de acolhimento noturno nessa unidade.

Nos últimos três anos também houve abertura de 10 leitos destinados à população que necessita de cuidados intensivos em saúde mental no Hospital Metropolitano Doutor Célio de Castro. Ações como essa aumentam o cuidado e garantem o acolhimento dos portadores de sofrimento mental nas diversas unidades de saúde, principalmente aquelas que fazem uso problemático de álcool e outras drogas.

Mesmo em tempos de pandemia e isolamento social, os usuários dos serviços da Rede de Saúde Mental da Prefeitura de Belo Horizonte comemoraram o Dia da Luta Antimanicomial. Respeitando as medidas de segurança e distanciamento, as pessoas em tratamento postaram as diversas produções e atividades nas suas contas pessoais em redes sociais.

As postagens, apresentando pinturas, desenhos e vídeos valorizando a importância da data, foram feitas pelos usuários e trabalhadores da Rede de Atenção Psicossocial e por movimentos sociais. O Dia da Luta Antimanicomial representa a defesa dos direitos das pessoas portadoras de sofrimento mental e a comemoração do tratamento em liberdade com respeito.

Geralmente, o 18 de maio é comemorado com um desfile que reúne milhares de pessoas. O evento é organizado pelo Fórum Mineiro de Saúde Mental e a Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental de MG, com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde. Com o enfrentamento da pandemia, a celebração do Dia da Luta Antimanicomial ganhou um novo formato, mas não passou em branco.

“O Fórum preparou uma linda programação, não só para o dia 18 de maio, mas para a semana que representa nossa luta constante. Acompanhamos com entusiasmo as diversas produções e agradecemos a todos que, em um esforço a mais, em um momento tão delicado, seguem nesse rumo”, afirmou o gerente da Rede de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Fernando Siqueira.

 

Rede de Saúde Mental na Secretaria Municipal de Saúde

A política de Saúde Mental de Belo Horizonte é pioneira entre as grandes metrópoles brasileiras. O trabalho é marcado pela ousadia no campo da reforma psiquiátrica e segue a lógica antimanicomial, valorizando o cuidado em liberdade e a reinserção social dos pacientes. Atualmente, a capital conta com uma rede de atendimento que oferece um suporte em tempo integral ao paciente.

São cinco Centros de Referência em Saúde Mental, Álcool e outras Drogas (CERSAM-AD); três Centros de Referência em Saúde Mental Infanto-juvenil (CERSAMI); um Serviço de Urgência Psiquiátrica (SUP) e o acolhimento noturno no CERSAM AD Pampulha/Noroeste, oito Centros de Referência em Saúde Mental (CERSAM); nove Centros de Convivência; 152 equipes de saúde mental na atenção primária nos Centros de Saúde, com psicólogos em todas as unidades; quatro equipes de Consultórios na Rua, nove Equipes complementares para atendimento ambulatorial de crianças e adolescentes, uma Unidade de Acolhimento Transitório Adulto, uma Unidade de Acolhimento Transitório Infanto-juvenil, 10 leitos em saúde mental no Hospital Metropolitano Dr. Célio De Castro, 33 Serviços Residências Terapêuticos (SRT), uma incubadora de empreendimentos solidários, Residência integrada em saúde mental, além de 52 oficinas do Programa Arte da Saúde.