30 Abril 2019 -
As inscrições para o 3° Prêmio Mestres da Cultura Popular de Belo Horizonte foram prorrogadas e podem ser feitas até o dia 24 de maio. O edital, lançado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Municipal de Cultura, tem a finalidade de reconhecer, valorizar e divulgar a atuação dos mestres e mestras da cultura popular, responsáveis pela transmissão e perpetuação de saberes, celebrações e formas de expressão que compõem o patrimônio cultural imaterial da capital mineira.
Os interessados podem se inscrever de segunda a sexta-feira, das 10h às 12h e das 14h às 17h, presencialmente nos 17 centros culturais da Fundação Municipal de Cultura, no Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado e na sede da Diretoria de Patrimônio Cultural, Arquivo Público e Conjunto Moderno da Pampulha. O edital completo e os endereços dos locais de inscrição estão disponíveis neste link.
Os candidatos ao prêmio devem ter idade igual ou superior a 50 anos, ser atuantes em Belo Horizonte há pelo menos 10 anos e possuir o reconhecimento de suas comunidades de que são detentores do conhecimento indispensável à transmissão de saber, celebração ou forma de expressão tradicional. Serão premiadas até três pessoas. Cada uma receberá um prêmio de R$ 15 mil e placa alusiva ao título de “Mestre da Cultura Popular de Belo Horizonte”.
Entende-se por mestre e mestra da cultura popular a pessoa física detentora de saberes da cultura popular, que tenha notório conhecimento, longa permanência na atividade e que seja reconhecida, por sua própria comunidade, como referência na transmissão de saberes, celebrações e/ou formas de expressões da tradição popular.
São exemplos de áreas de atuação dos Mestres e Mestras: artes da cura, medicina popular; manejo, plantio e coleta de recursos naturais; culinária tradicional; jogos e brincadeiras; contação de histórias e outras narrativas orais; poesia e literatura popular; músicas, cantos e danças; rituais, festejos e celebrações; artes e artesanato; ofícios, saberes, técnicas ou “modos de fazer”.
De acordo com a diretora de Patrimônio Cultural, Arquivo Público e Conjunto Moderno da Pampulha, Françoise Jean de O. Souza, os mestres e mestras são considerados memórias vivas da tradição popular. “São sujeitos de resistência, guardiões de saberes e fazeres que, embora dinâmicos, se encontram na base da ancestralidade e das noções de pertencimento de suas comunidades. Portanto, apoiar e valorizar os mestres é uma forma de salvaguardar o patrimônio imaterial da cidade, contribuindo para a continuidade de práticas e celebrações portadoras de referências às histórias, às memórias e às identidades dos diferentes grupos formadores da sociedade belo-horizontina", define.