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Hospital Célio de Castro é premiado por cuidado da pessoa com doença falciforme
Divulgação/PBH

Hospital Célio de Castro é premiado por cuidado da pessoa com doença falciforme

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O Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC), que é de gestão da Prefeitura de Belo Horizonte, realizou nos dias 19 e 20 de junho um simpósio inédito em Minas Gerais, com o objetivo de aperfeiçoar o cuidado integral e em rede às pessoas com doença falciforme. Durante o evento a instituição ainda recebeu o Prêmio João Batista, que é uma homenagem e um agradecimento às pessoas dos serviços públicos, sociedade em geral e instituições que respeitam as peculiaridades da doença falciforme.

O ‘Simpósio Interinstitucional Cuidados Hospitalares Pessoa com Doença Falciforme’ foi programado com a intenção de qualificar o cuidado com esses pacientes e com a premissa da abordagem multiprofissional. A realização do evento foi em parceria com o Hospital Metropolitano Odilon Behrens (HOB), que também é de gestão municipal, além da Fundação Hemominas e da Associação das Pessoas com Doença Falciforme de Minas Gerais (Dreminas).

Durante a programação foram nove palestras e uma mesa redonda, com um público aproximado de 250 pessoas. Dentre os participantes estiveram presentes representantes da Secretaria Municipal de Saúde, dos hospitais da rede SUS-BH e da Fhemig, Fundação Hemominas, Hemorio e empresas de diagnóstico e laboratórios de Minas Gerais e São Paulo, além de organizações da sociedade civil, pacientes, estudantes e residentes.

Na abertura do evento, a presidente da Associação das Pessoas com Doença Falciforme de Minas Gerais (Dreminas), Maria Zenó Soares, entregou o prêmio ao HMDCC. “Como o Hospital Célio de Castro é uma referência para nós enquanto hospital de retaguarda, e oferece um atendimento humanizado, atencioso e respeitoso, a gente acredita que ele merece esse prêmio, porque é amigo da pessoa com doença falciforme”, declarou Maria Zenó.

“Falar sobre doença falciforme é falar de uma grande luta por direitos. Luta por assistência adequada, por profissionais preparados para o atendimento e por respeito. Um cenário bem conhecido por nós, defensores do SUS. Para um tratamento adequado, o paciente precisa de atenção multidisciplinar e, desde 2018, o Hospital Célio de Castro se tornou uma das referências da capital mineira para internações decorrentes das complicações da doença”, declarou a diretora executiva do HMDCC, Cristina Peixoto.

Estudante de medicina da UFMG, Aryadne Barbosa tem a doença falciforme, participou do evento e já foi paciente do HMDCC. Ela conta que foi a primeira vez que participou de um evento desse porte, “com conteúdo denso voltado aos profissionais da área da saúde”. “Acredito ter sido um luxo participar, como paciente e estudante, principalmente pela sensibilidade com que os temas foram tratados e por ver a discussão da doença ser tratada de forma multidisciplinar. A luta é nossa, como paciente, mas pode ser ampliada para todos que estão envolvidos no cuidado. Fiquei muito feliz, muito feliz mesmo”, ressaltou.

Doença falciforme

Hereditária, a doença falciforme possui curso crônico e pode se manifestar de forma leve, moderada ou grave, dependendo do tipo de herança genética e das características da pessoa. É uma doença degenerativa e autoimune e, portanto, exige cuidado integral que inclui atenção intersetorial e multiprofissional, além da participação da família.