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Estátua de Iemanjá, que fica na Lagoa da Pampulha.
Foto: Arquivo DIPC

Fundação de Cultura irá restaurar o Monumento a Iemanjá

criado em - atualizado em

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura, irá iniciar a obra para recuperação do Monumento à Iemanjá, localizado na Lagoa da Pampulha. Os serviços incluem a restauração do monumento e o aprumo do pedestal, de modo a corrigir a inclinação verificada. Além da restauração do monumento, será instalada iluminação monumental e promovida a melhoria das condições de fruição do largo existente em frente ao monumento. A previsão é que a obra tenha duração de três meses.

 

A escultura é obra do artista José Synfronini de Freitas Castro. Ela foi inaugurada em 24 de abril de 1982. Inicialmente, a obra foi produzida em mármore sintético branco e ficava localizada na beira da Lagoa da Pampulha, em uma espécie de deck, que a circundava. Devido às depredações, a obra passou por modificações ao longo dos anos. Em 13 de agosto de 1988, a escultura foi substituída por uma feita em bronze, material mais resistente. Já em 2003, optou-se pela fixação da escultura no espelho d’água, distante cerca de 10 metros da beira da lagoa. Em 18 de agosto de 2007, foi inaugurado o Portal da Memória, monumento feito em homenagem às matrizes culturais africanas. O monumento foi criado pelo artista Jorge dos Anjos e foi projetado em aço. Dessa maneira, se tem se a configuração atual da Praça de Iemanjá, importante ponto turístico e de celebração, Patrimônio Cultural de Belo Horizonte.

 

O Monumento à Iemanjá se constitui em elemento simbólico para os grupos sociais devotos das práticas religiosas de matriz africana. As imediações do monumento são palco de diversas celebrações e manifestações que tem nesse suporte material a representação dos conteúdos socioculturais próprios de suas práticas. As homenagens à Iemanjá ocorrem no Brasil há muito tempo. Em Belo Horizonte, acontece anualmente a Festa de Iemanjá, sempre no mês de agosto. Essa festividade ocorre regularmente desde 1957 e nos primeiros anos se iniciava na Praça da Estação, de onde saia uma extensa comitiva de carros em direção à Lagoa da Pampulha, local de confluência de águas e espaço privilegiado para essa celebração.