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Na foto vê-se 9 crianças uniformizadas, de aproximadamente 7 anos, em uma sala de um museu, um professor agachado vestindo uma calça verde e uma camiseta preta com mangas roxas. Ele estão em frente á uma escultura toda branca de uma mulher nua, sentada em uma cadeira verde com o braço esquerdo levantado segurando a cabeça
Foto: Pablo Bernardo

Escolas municipais iniciam visitações a museus da cidade

criado em - atualizado em

Sétima edição do projeto Circuito de Museus inaugura agenda de visitações e só nos próximos 15 dias já movimenta 31 espaços culturais da cidade

 

Terão início, a partir da próxima semana, as visitações de estudantes da Rede Municipal de Educação a espaços museais de Belo Horizonte dentro do projeto Circuito de Museus. Este ano, a Secretaria Municipal de Educação (Smed), responsável pelo projeto, ampliou de 26 para 31 as parcerias com espaços para visitações e incorporou um novo circuito: o da Imagem em Movimento.

 

São 111 escolas participantes, em todas as nove regionais, e a previsão é que mais de 13 mil estudantes participem dos nove percursos temáticos organizados pela Smed até o fim de 2017. Além de alunos do Ensino Fundamental diurno, o projeto possibilita a visitação também de estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e da Educação Infantil. Somente para o mês de maio, já estão agendadas 140 visitas a diferentes espaços, sendo que na semana de 15/05 a 19/05 serão realizadas 22 visitações. A título de exemplos: quinta-feira(18/05), a Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei) Monte Azul, participando do Circuito Território Negro, estará no Museu Brasileiro do Futebol-Mineirão e, na sexta-feira (19/05), a Umei Lajedo visitará o Centro Cultural Banco do Brasil que compõe o Circuito Artes Visuais). 

 

“O Circuito de Museus é uma experiência educativa, social e cultural exitosa. É mais um recurso para o processo de aprendizagem e para o desenvolvimento dos conteúdos curriculares trabalhados pelas escolas. Os estudantes, ao saírem dos muros das escolas, vivenciam espaços abertos a diferentes experimentações, amplas e ilimitadas, permitindo novos diálogos e descobertas”, comenta Marina Luzia Nogueira, articuladora de projetos especiais da Smed.

 

Um projeto que se desdobra em outros

O projeto Circuito de Museus permite que estudantes das escolas municipais visitem três instituições culturais que dialogam entre si, dentro de um percurso temático. A realização das três visitas busca assegurar o desenvolvimento de habilidades de articulação de ideias, apreciação estética e interpretação dos significados contidos em objetos, fotografias, documentos textuais, filmes e uma escola pode participar de mais de um circuito. Os nove circuitos disponíveis em 2017 são: Arte Brasileira, Artes Visuais, Ciências e Tecnologia, Esporte, Lazer e Memória, História de Belo Horizonte, História de Mulheres, Imagem em Movimento, Pampulha, Território Negro.

 

O circuito Imagem em Movimento, novidade de 2017, tem por tema linguagem cinematográfica e incorpora os espaços do Museu da Imagem e do Som (MIS), Cine Santa Tereza e o Sesc Palladium. Além desse novo circuito, mais dois novos museus foram incorporados ao projeto da Smed: o Museu da Escola Ana Maria Casasanta Peixoto, o primeiro do gênero no Brasil (compondo o circuito História de Belo Horizonte) e o Museu de Ciências Morfológicas da UFMG (Circuito de Ciências e Tecnologia).

 

Para participar, cada escola municipal interessada escreve uma proposta pedagógica , na qual a participação em um Circuito específico se justificaria. A equipe de coordenação desse projeto na Smed, que faz parte da proposta de Educação Integral, avalia e seleciona o maior número de escolas possível tendo em vista a necessidade de democratização do acesso. Os responsáveis pelos projetos, em cada escola, participam de Rodas de Conversa antes de se iniciarem a visitação dos estudantes. Essas Rodas de Conversa realizam-se em um dos museus integrantes do circuito escolhido pela escola.

 

Nesses encontros, os educadores dos espaços museais e das escolas municipais dialogam sobre o acervo e sobre as temáticas que eles suscitam, além disso, trocam experiências sobre como explorar o circuito junto com os estudantes num processo que enriquece todos os atores. Nas escolas, atividades de culminância, como feiras e mostras, possibilitam a socialização das experiências do grupo visitante para outras turmas.