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Alunos e professoras na arquibancada durante jogos do projeto Copa do Mundo.
Foto: Barbara Donadoni/PBH

Escola Municipal Moyses Kalil realiza projeto Copa do Mundo

criado em - atualizado em
Enquanto a Copa do Mundo está acontecendo na Rússia, a Escola Municipal Moyses Kalil, localizada no bairro Mantiqueira, em Venda Nova, resolveu realizar sua própria competição mundial através do Projeto Copa do Mundo, idealizado pela professora de Educação Física, Renata Fraga. 
 
Participam do Projeto Copa do Mundo 16 países que são divididos em dois times, cada país representando uma sala, com a participação de 32 times, no total. A competição conta com alunos das turmas dos 4°, 5° e 6° anos que são, respectivamente, os grupos 1, 2 e 3. Os jogos são realizados sempre após o intervalo, das 9h30 às 11h10, tendo a duração de 10 minutos cada, divididos em dois tempos de 5 minutos. Os dois primeiros colocados de cada grupo são classificados para as semifinais. 
 
Renata Fraga conta que o objetivo do projeto vai muito além de formar craques para o campo. A intenção, de acordo com a professora de Educação Física, é aproveitar o envolvimento dos alunos com a Copa do Mundo para despertar o interesse, também, em outras matérias como Português, História e Geografia, e formar craques em sala de aula. 
 
A idealizadora do projeto explica que os professores trabalham com os alunos dentro de sala a história dos países, produção de textos sobre o assunto e desenvolvem diversos trabalhos que relacionam suas disciplinas com a Copa do Mundo, o que torna as aulas muito mais atraentes para as crianças. 
 
“É importante ressaltar que a participação dos professores de outras disciplinas no desenvolvimento do projeto é algo valioso, pois o empenho deles faz com que os resultados do projeto sejam ainda melhores”, observa Renata Fraga. Kátia de Oliveira, professora do 4° ano, avalia que a dedicação dos alunos aumentou bastante com o projeto. “Este projeto acabou despertando nos alunos um interesse por outras matérias. É um trabalho interdisciplinar e os alunos estão gostando bastante”, afirma. 
 

O trabalho de valores

Outra vertente do projeto é o trabalho de valores com os alunos, como a inclusão e a quebra de preconceito. Os times formados são mistos, e o preconceito é algo que não entra em campo. As meninas também participam dos jogos. Segundo Thauane Vitória, 10 anos, que joga pelo time B da Islândia, não há tratamento diferenciado por ela ser uma menina em campo. “Eles me aceitam no time e acham que eu jogo muito bem, e eu acho que nosso time pode ganhar”, conta. 

O respeito é algo perceptível durante os jogos e para os alunos, isso é muito importante. “O mais legal é jogar futebol e as pessoas respeitarem as regras, sem brigas e sem xingar”, diz Ryan Junior, 11 anos. A expectativa dos alunos é grande com a Copa do Mundo Moyses Kalil e todos se esforçam para conseguir ganhar o campeonato. Trabalhar com os alunos para que eles possam lidar com o sentimento de perda é a preocupação da professora Patrícia Rezende. “É muito importante trabalhar o lado emocional dos alunos, que ainda têm dificuldade de lidar com os sentimentos de frustração”, observa.
 

Entrando em Campo

As atividades esportivas fazem parte da rotina dos alunos da rede municipal de educação e o futebol é uma das modalidades mais requisitadas. E não é somente durante a Copa do Mundo que esse esporte ganha destaque nas escolas municipais. Exemplo disso é o projeto Entrando em Campo, que propõe a ampliação das possibilidades educativas e a reflexão sobre os diversos elementos que envolvem o futebol. 
 
Desenvolvido pelo Programa Escola Integrada, o projeto promove a interação dos estudantes das escolas municipais de Belo Horizonte com equipes de atletas, equipes técnicas e demais profissionais envolvidos nos principais clubes da cidade: América Futebol Clube, Clube Atlético Mineiro e Cruzeiro Esporte Clube. O Entrando em Campo oportuniza aos estudantes da Rede Municipal de Educação conhecer os centros de treinamento, entender o papel dos profissionais e visitar jogos em estádios. O projeto possibilita, ainda, que o olhar sobre essa prática seja ampliado, cumprindo seu papel educativo.
 

25/06/2018. Escola de Venda Nova desenvolve projeto Copa do Mundo. Foto: Barbara Donadoni/PBH