8 October 2019 -
Usar os aspectos e a rotina de uma cidade para trabalhar com os estudantes as questões de educação ambiental e cidadania. Este foi o objetivo da equipe pedagógica da Escola Municipal Dom Orione, na região da Pampulha, que criou, no espaço da própria escola, a mini cidade “Belo Horione”. A atividade faz parte do Programa Escola Aberta: Horta e Cidadania, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação.
A mini cidade tem vários locais representativos de uma cidade real como supermercado, feirinha, hospital, posto de saúde, área rural, biblioteca, brinquedoteca, rodoviária, teatro, escola, farmácia, depósito de material de construção, zoológico entre outros. Tudo construído com materiais reaproveitados e/ou doados. Na Belo Horione, as ruas são pintadas e sinalizadas com faixas de pedestres, semáforos e placas oficiais de trânsito.
A coordenadora do Programa Escola Aberta, na Escola Municipal Dom Orione, Stela Maris Coelho Azevedo, uma das responsáveis pela execução do projeto da mini cidade, explicou que a ideia de se construir uma cidade em miniatura surgiu a partir do projeto Eco Escola BH. “Tudo começou com uma horta, mas, à medida que as ideias foram surgindo, o projeto foi ampliado e ganhou a adesão de toda a comunidade escolar, desde a direção da escola, professores, funcionários, estudantes e dos pais”.
Para a bibliotecária Karoline Alves, mãe da Alice Evangelista, seis anos, a mini cidade abre um leque de aprendizagem. “Acho que será um espaço importante para as crianças aprenderem educação ambiental, sustentabilidade, cidadania e o que mais me chamou a atenção foi a utilização de materiais recicláveis na montagem das coisas”, pontuou.
O estudante Joaquim de Azambuja, sete anos, estava bem animado durante a inauguração da mini cidade e contou como colaborou na execução do projeto. “Achei tudo aqui muito legal. Ajudei a escrever as placas com os nomes dos locais”, disse orgulhoso. A colega, Rafaela Maria Gomes Souza, gostou mesmo foi do espaço do “Mineirão”, onde as crianças poderão jogar bola. “Achei muito bom. Vamos fazer um campeonato de futebol e os alunos é que estão organizando tudo”, contou.
Mãe do Joaquim, a pedagoga Leideane de Azambuja elogiou o projeto. “O Joaquim contou entusiasmado que estava ajudando na construção da mini cidade e o que mais gostei foi da horta, está linda. Este tipo de projeto é importante porque permite às crianças vivenciarem as práticas de sustentabilidade.”
O engenheiro civil, Carlos Eduardo de Azambuja, pai do Joaquim, achou tudo muito bem organizado. “Observei os detalhes e foi um trabalho que exigiu tempo e dedicação. Você chega e vê uma coisa dessas aqui, em uma escola pública! Fiquei muito surpreso e satisfeito”, afirmou.
A mãe da Laura, oito, e da Glenda, 11, Marlene Rodrigues Alves aprovou o projeto e elogiou o trabalho. “Gostei muito desse espaço, da horta e a ideia do posto, da pescaria, tudo muito bem pensado. Dá para as crianças prestarem atenção no próprio bairro e se divertirem em um bairro, que é a mini cidade, que não tem perigo”.
Muitas pessoas trabalharam arduamente para a construção do espaço. “Este foi o sonho coletivo de um projeto que ainda está em construção. Em breve, teremos mais novidades aqui”, finalizou a coordenadora Stela Azevedo.
A diretora regional de Educação Pampulha, Alessandra Luisa Teixeira, destacou que as atividades lembram o potencial criativo da Escola Municipal Dom Orione e a importância de um ensino lúdico e contextualizado.
Os interessados podem visitar a escola durante os finais de semana no horário de 8 às 12h. A Escola Municipal Dom Orione fica na rua Expedicionário Benvindo Belém de Lima, 500, bairro São Luiz.