2 August 2019 -
Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, da Escola Municipal da Vila Pinho, no Barreiro, aprenderam na prática, durante três meses, o que é matemática e planejamento financeiro. O Projeto Educação Financeira foi desenvolvido com o objetivo contribuir para que os alunos estabeleçam relações entre o que é a disciplina na sala de aula e a matemática utilizada no dia a dia.
Inicialmente, a escola trabalhou com os alunos o conceito de porcentagem e seus cálculos, utilizando estratégias de cálculo mental e, em seguida, ensinou como usar a calculadora. O personagem Joaquim ajudou com o trabalho. Ele vive algumas situações em que precisa tomar decisões sobre consumo, investimento e financiamento, para alcançar seus objetivos. Nessa atividade, permitiu-se que o aluno identificasse um contexto similar ao seu cotidiano e que desse significado ao conhecimento matemático adquirido. Em seguida, foram criados o sistema remuneratório, uma moeda fictícia, chamada “Pinhos”, o Banco Escola da Vila, e o mercado da Vila Pinho. Tudo isso, para simular situações próximas do mundo real e possibilitar aos alunos vivenciarem um pouco do que eles estão estudando na teoria.
Os estudantes receberam, durante todo o período, os “pinhos”, de acordo com o rendimento escolar. Então, o trabalho de cada aluno foi estudar e o pagamento foi feito como um estímulo para que as tarefas escolares ficassem mais interessantes. Depois disso, cada aluno abriu uma conta poupança no Banco Escola da Vila, depositou seu dinheiro, em “pinhos”, fez pagamentos e aplicações, administrando e acompanhando os rendimentos e as retiradas, como na vida real.
No final do semestre, a escola montou o “Mercado da Vila Pinho” com produtos doados pelos professores, coordenadores e diretores da escola para os estudantes gastarem seus “pinhos”. Para Maria Eduarda Oliveira, 14 anos, além de ajudar no entendimento da matéria, o projeto quebrou a rotina. “O programa me ajudou nos estudos, e foi ótimo sair da rotina da sala de aula. No mercado eu comprei algumas coisas”, disse a aluna sorrindo. Já Breno Henrique Vieira Cardoso, da mesma idade, destacou o projeto como uma alternativa interessante para quem tem resistência contra a matéria. “Eu não gosto muito de matemática, mas desta forma eu achei mais fácil e me interessei”, enfatizou Breno, acrescentando que, além de aprender, se divertiu com as compras.