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Equipe volante vai orientar foliões sobre atendimento a vítimas de importunação
Acervo Belotur

Equipe volante vai orientar foliões sobre atendimento a vítimas de importunação

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A Prefeitura de Belo Horizonte levará para dentro dos blocos, de forma inédita, equipes-volantes que atuarão na mobilização e orientação de foliões sobre o fluxo de atendimento a mulheres vítimas de importunação sexual. As equipes estarão identificadas com camisetas e pirulitos temáticos do Protocolo Quebre o Silêncio e distribuirão adesivos com mensagens de conscientização, em especial o “Não é Não”. Nesta quarta-feira (26), o grupo já atuará durante o desfile do bloco “Chama o Síndico”, na avenida Afonso Pena.

Ainda dentro da política de promover um Carnaval mais seguro para todos, a PBH terá, pela primeira vez, um ponto de atendimento para as mulheres vítimas de importunação sexual. Entre os dias 1º e 4 de março, as foliãs que se sintam violadas poderão buscar o serviço “Quebre o Silêncio no Carnaval”. O Centro de Referência das Juventude, ao lado da Praça da Estação, foi o local escolhido para os atendimentos.

Uma dupla de profissionais, composta por assistentes sociais e psicólogas, estará de plantão para acolher as mulheres. O serviço pretende ser um espaço que oferece suporte, escuta, orientação e apoio para as vítimas de importunação sexual e outras violências de gênero. No sábado, dia 1º, o atendimento acontece das 8h às 18h e nos demais dias, das 10h às 20h.

As mulheres podem procurar de forma espontânea e a Guarda Municipal também poderá  fazer apoio no local e indicar o posto de atendimento para possíveis vítimas. A subsecretária de Direitos Humanos da Prefeitura de Belo Horizonte, Luana Magalhães, explica a inovação.

“Esse é um carnaval em que o respeito aos direitos humanos foi colocado no centro do planejamento da folia. Nesse contexto, as mulheres que escolhem a cidade para brincar o Carnaval podem ter certeza que contarão com uma estrutura pensada para garantir sua segurança e autonomia. O posto de atendimento se propõe a receber as mulheres que sofrerem importunação sexual, dando a elas o acolhimento, escuta e espaço necessários para que ela possa se reorganizar e decidir, conforme sua autodeterminação, como agir a partir da violência, sempre de forma a não revitimizá-la”, detalha.