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Dois garis da SLU colocam folhagem seca de palmeira em carro de lixo, durante o dia.
Foto: Melissa Reis/PBH

Educação ambiental busca reduzir deposições irregulares de poda

criado em - atualizado em
Um projeto de Mobilização Social da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), idealizado em um primeiro momento para atender às demandas do bairro São Luiz, na Pampulha, está conseguindo minimizar os descartes clandestinos de poda e jardinagem na região. Sem a destinação correta, galhos, folhas e grama correm o risco de parar em esquinas, lotes vagos ou até mesmo em bocas de lobo, ameaçando a segurança de pedestres e motoristas.
 
A ação iniciada no ano passado contou com o apoio da Associação dos Moradores dos bairros São Luiz e São José, que auxiliou na divulgação de mensagens educativas, alertando sobre a importância do envio desses materiais a locais apropriados, como as Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPV) da Prefeitura.

As mensagens educativas foram compartilhadas com os moradores dos bairros São Luiz, São José, Jardim Atlântico e Bandeirantes. A redução de resíduos nas vias públicas chega a 40%, passando de uma média mensal de 25 para 15 toneladas, após a campanha.

Segundo a técnica de Mobilização Social da SLU, Sandra Tomie Canno, há um número relevante de moradias com jardins na Pampulha, o que gera, por consequência, um volume considerável de resíduos após os trabalhos de manutenção desses espaços. “O proprietário, na maioria das vezes, não se preocupa com o que será feito das podas, confiando no serviço contratado”, explica. “Com isso, muitos desses resíduos são jogados em lugares indevidos”, lamenta.

Sandra lembra que o bairro já possui duas placas de Ponto Limpo instaladas devido ao problema crônico desse lixo. “Fizemos campanha de sensibilização da comunidade, com a devida limpeza do espaço, antes da instalação da placa indicativa de que é proibido descartar resíduos ali”, ressalta. “A orla da Lagoa da Pampulha é um ponto crítico desse descarte pois alguns cidadãos eliminam folhas de palmeiras, galhos e grama em qualquer lugar”, explica.

A técnica comemora a diminuição das deposições clandestinas em pontos antes tomados por essa sujeira e adianta que a iniciativa será ampliada para outras regiões que apresentam a mesma necessidade.

 


Atitude correta

A destinação correta da poda e dos demais resíduos de jardinagem pode ser feita gratuitamente pelo cidadão. Basta que folhas, galhos pequenos e grama sejam ensacados e expostos para o recolhimento domiciliar dos caminhões durante a coleta rotineira, sempre obedecendo aos dias e horários de recolhimento. A quantidade máxima diária por gerador é de três sacos de lixo com capacidade de 100 litros cada um.

Já troncos e galhos maiores precisam ser entregues diretamente às Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes da Prefeitura. O serviço também é gratuito e está disponível de segunda a sábado em todas as regionais da cidade. “É de responsabilidade de quem realiza a poda encaminhar os galhos e os resíduos maiores até o local de recebimento, por isso é tão importante a conscientização da população a esse respeito”, destaca Osvaldo do Carmo Machado, gerente de Limpeza Urbana. Ele explica que os galhos maiores não podem ser levados pelo caminhão que realiza a coleta domiciliar, pois há perigo de danos ao mecanismo de compactação do veículo.

Osvaldo enfatiza que a destinação adequada desse resíduo contribui para a produção de adubos para parques e jardins da capital, uma vez que esse material é todo processado com restos orgânicos de sacolões na Central de Tratamento de Resíduos Sólidos da SLU, no bairro Jardim Filadélfia. “Com esse reaproveitamento, por meio do Programa de Compostagem da SLU, deixamos de aterrar algo que ainda possui grande utilidade”, afirma.

O auxiliar de operação e controle Rone Martins Pereira adverte que a SLU não oferece serviço de coleta porta a porta desses resíduos de poda e jardinagem, sendo obrigação do gerador sua destinação a uma Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes mais próxima. “Os pontos clandestinos estão sempre em torno da orla e, conforme o período do ano, a demanda aumenta, quando troncos e galhos maiores são podados pelos cidadãos para que não haja tanta sujeira dentro das casas”, explica.

Os endereços das Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes para o descarte de resíduos volumosos não tóxicos, incluindo a poda, estão na página da SLU, no portal da Prefeitura. 
 
 

23/01/2019. Educação ambiental busca reduzir deposições irregulares de poda. Fotos: Melissa Reis/SLU