15 June 2020 -
O FIQ em Casa segue até 3 de julho oferecendo programação on-line com lives, podcasts e conteúdos exclusivos com a participação de artistas dos quadrinhos e da animação de diferentes estados do país. Realizado pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Fundação Municipal de Cultura, o FIQ em Casa é uma edição especial do Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte e segue todos os protocolos de saúde vigentes para o combate à pandemia da Covid-19.
Uma das propostas do FIQ em Casa é promover encontros virtuais entre realizadores e fãs dos quadrinhos e animação, reunindo quadrinistas, animadores, pesquisadores, editores e outros profissionais da área. As lives debatem temas ligados ao processo de criação e ao mercado, e também são compartilhadas posteriormente no formato de podcast. As transmissões são feitas pelo canal da Fundação Municipal de Cultura no YouTube e também no Facebook do FIQ.
Nesta segunda-feira, às 16h, na live “Animação - Prestando serviço para estúdios no exterior”, Eduardo Damasceno (MG) e André Dias (CE) vão contar como é trabalhar para o mercado exterior de animação e as principais diferenças em relação ao nacional. Eduardo Damasceno é supervisor de cenários para animação e co-autor, junto com Luís Felipe Garrocho, das HQs “Achados e Perdidos”, “Cosmonauta Cosmos”, “Graphic MSP Bidu”, “Quiral” e “Mundo Aberto”.
Já André Dias é animador mineiro com experiência em longa-metragem, séries de TV e publicidade, e atualmente trabalha no estúdio STATE Design, de Los Angeles. Ele começou sua carreira no filme Cidade dos Piratas, de Otto Guerra, e participou de diversos projetos na Birdo Studio, atuando nos últimos anos como freelancer para a Vetor Zero, Techno Image, MOWE e YellowLab, entre outros estúdios brasileiros e do exterior.
Na quarta-feira, dia 17, também às 16h, a live “Editais, direitos autorais e outros mais” será com a artista Laura Athayde (AM), radicada em Belo Horizonte, que exerceu por anos a advocacia até dedicar-se à ilustração e às HQ. Na conversa, ela irá abordar os meandros legais que envolvem a produção de quadrinhos. A artista atua no mercado editorial como designer e ilustradora e publica quadrinhos autorais de teor feminista e LGBTQ. Como ilustradora, foi finalista do prêmio Jabuti, e colaborou com editoras como Record, Cia. das Letras e Planeta. Também desenhou para a Folha de São Paulo e Revista Piauí, dentre outras. Participou de diversas publicações coletivas e, individualmente, publicou uma coletânea de seus trabalhos que venceu o Troféu HQMix de 2019, na categoria “Publicação Independente de Autor”.
Já na sexta-feira, dia 19, a partir das 16h, os mineiros Hyna Crimsom e Igor Marques, do coletivo Carrapato Estrela, farão um bate-papo sobre os desafios de trabalhar e criar coletivamente, na live “Trabalhando em equipe e criação coletiva”. O Carrapato Estrela é um coletivo de quadrinistas oriundo de Belo Horizonte, que se juntaram em janeiro de 2017 com o objetivo de compartilhar conhecimentos, técnicas e referências, para que pudessem crescer e produzir, cada vez mais e melhor, em seus projetos. O grupo é formado por Donisete Lemos, Hyna Crimsom, Igor Marques e Lúcio Guimarães, que já lançaram várias publicações, sempre testando novos gêneros, mídias e formatos para contar histórias, e participaram de eventos como o FIQ e a Bienal Internacional de Quadrinhos de Curitiba (Gibicon).
Vídeos
Outra ação que integra a programação do festival são vídeos de artistas convidados que compartilham a rotina e os bastidores de seus trabalhos no Instagram do festival. Nesta semana, na terça-feira, dia 16, o artista mineiro Alexandre Tso fala um pouco sobre sua rotina diária e apresenta seu espaço de trabalho, sua prancheta e os principais materiais que usa para fazer suas criações – dos lápis às tintas e canetinhas. Já na quinta-feira, dia 18, será a vez da artista Fefê Torquato (SP) abrir as portas de seu estúdio para mostrar um pouco do seu local de trabalho e processo criativo.
A programação completa pode ser consultada no Portal Belo Horizonte.