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Copa Centenário tem ação contra racismo antes de partidas
Foto: Santanna Foto

Copa Centenário tem ação contra racismo antes de partidas

criado em - atualizado em

A Copa Centenário de Futebol Amador Wadson Lima, intensificou a campanha de combate ao racismo. Neste domingo (4), duas ações serão realizadas. Serão estendidas faixas de repúdio aos atos de racismo nos campos de futebol antes das partidas na Arena Santa Maria, rua Gentios, 1484, Conjunto Santa Maria, às 16h, durante o jogo E. C. Santa Maria x A. E. Transformação – categoria Feminino Adulto, e na Arena Santa Cruz, rua do Contorno, 504, bairro Maria Virginia, nos jogos:  A. E. Transformação x Futuros Talentos E. C. categoria – Juvenil, às 14h e
A. Ventosa F. C. x Araribá E. C., às 16h. As faixas terão a mensagem: ''Aqui o jogo é limpo. Na Copa Centenário, racismo não tem vez''.

 

A mobilização ganhou força com uma ação coletiva, no último domingo, antes do apito inicial para o jogo São Paulo F. C. Barreiro e Prointer F. C., categoria Feminino Adulto, quando foi estendida, pelas jogadoras, uma faixa de repúdio ao racismo.  

 

A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de Belo Horizonte, responsável pela Copa Centenário, acredita na força dos esportes para unir as pessoas e conta com a participação dos jogadores e jogadoras na luta contra o racismo e qualquer tipo de preconceito. “Não podemos tolerar o racismo e repudiamos qualquer forma de preconceito, seja dentro ou fora dos campos”, enfatizou a secretária Municipal de Esportes e Lazer, Adriana Branco, lembrando que a campanha contra o racismo faz parte da Copa Centenário.  “Sempre houve uma preocupação em combater o racismo e, nas edições anteriores foram realizadas campanhas de conscientização”, ressaltou a secretária.   

 

A capitã da equipe do Prointer Futebol Clube, Taislene Santos Vieira, considerou a iniciativa uma importante força mobilizadora contra o racismo. “Eu, como uma das atletas negras desse campeonato, me sinto acolhida e a mobilização é uma força capaz de unir pessoas de diversas idades, etnias e classes sociais, sendo uma ferramenta de inclusão social e uma forma inteligente de protestar contra o que não concordamos”.

 

A mobilização foi intensificada diante do episódio sofrido pelo jogador Vinícius Júnior, do Real Madrid, durante uma partida contra o Valência, na Espanha. Além das ofensas dentro do estádio, o atacante da seleção brasileira vem sofrendo com inúmeros ataques dos torcedores espanhóis em outros locais públicos.

 

De acordo com o gerente de Apoio ao Futebol Amador da SMEL, Ricardo Monteiro, a cada rodada, durante a Copa, haverá uma ação demonstrando que o racismo deve ser chutado para fora de campo. Todas as equipes, participantes do torneio, abraçaram a campanha e estão mobilizadas contra o racismo no futebol.

 

A Copa Centenário de Futebol Amador Wadson Lima é um dos principais torneios de futebol amador do Brasil. Teve início em 1997, em comemoração ao aniversário de 100 anos de Belo Horizonte. A 25ª edição começou no último mês de março e termina no final do ano.