21 Fevereiro 2020 -
Ministério da Cidadania, Secretaria Especial da Cultura e Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Belotur, apresentam o desfile dos Blocos Caricatos e Escolas de Samba do Carnaval de Belo Horizonte 2020. O evento é realizado via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio master da Skol Puro Malte.
Em 2020, a estrutura montada para os desfiles de Escolas de Samba e Blocos Caricatos será ampliada, para que as agremiações ganhem mais espaço para as preparações. Pela primeira vez a avenida terá espaço para recuo de bateria, além de mais camarotes.
A festa começa com o cortejo dos tradicionais Blocos Caricatos, que ocupam a avenida Afonso Pena na segunda-feira, dia 24, a partir das 18h. Já na terça-feira de Carnaval, dia 25, é a vez das Escolas de Samba mostrarem seu gingado, também a partir das 18h. A entrada no evento é gratuita.
Carnaval de Belo Horizonte 2020
O Carnaval de Belo Horizonte 2020 é viabilizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Belotur, com patrocínio master da Skol Puro Malte e patrocínio do iFood, Zé Delivery e do iti, aplicativo de pagamentos digitais do Itaú Unibanco. A festa conta também com a parceria da BH Airport, Dimensão e Restaurante Maria das Tranças.
O valor é de R$ 6 milhões em verba direta, mais R$ 8,3 milhões em planilhas de estruturas e serviços, captados por meio de Edital de Patrocínio. Vale ressaltar que a contratação de músicos, subvenção de blocos e escolas de samba e toda a estrutura dos palcos espalhados pelas regionais da cidade durante o evento, assim como todo o orçamento da Belotur, é proveniente de investimento privado.
Blocos Caricatos
Cantando desejos de paz e combate ao preconceito, levando os foliões a viagens no fundo do mar e espaço sideral, mantendo tradições e prometendo surpresas. É assim que os Blocos Caricatos prometem chegar à avenida Afonso Pena.
Em 2020 serão nove blocos desfilando, sendo seis no grupo A e três no B. A comissão julgadora, formada por 15 membros, vai avaliar os seguintes quesitos: bateria, temática, fantasia, alegorias e adereços, samba/marcha tema.
Apoio
Em 2020 os blocos caricatos receberam um auxílio financeiro de R$ 50 mil para o grupo A e R$ 35 mil para o grupo B. O valor representa um aumento de 11,1% e 12,9%, respectivamente, em relação ao ano anterior.
Além disso, os primeiros colocados também vão receber uma premiação em dinheiro. No grupo A o primeiro colocado será premiado com R$ 30 mil, o segundo R$ 20 mil, e o terceiro R$ 10 mil. O primeiro colocado do grupo B na classificação geral receberá troféu e premiação de R$ 5 mil.
Os vencedores nas categorias compositor e marcha tema serão premiados com R$ 5 mil cada.
Ordem dos desfiles
Grupo A
18h - Abertura oficial - Leões da Lagoinha
18h40 - Unidos da Zona Norte
19h20 - Inocentes do Santa Tereza
20h - Estivadores do Havaí
20h40 - Academia de Samba Por Acaso
21h20 - Bacharéis do Samba
22h - Real Grandeza
Grupo B
22h40 - Mulatos do Samba
23h20 - Corsários do Samba
00h - Aflitos do Anchieta
00h40 - Encerramento do evento
Conheça os Blocos Caricatos do Carnaval de Belo Horizonte 2020
Unidos da Zona Norte
Cantando pela paz, amor e liberdade, o bloco Unidos da Zona Norte pretende manter o título de melhor enredo, conquistado no ano passado, e ainda levar novos prêmios. Para isso, guardam segredo sobre alegorias e prometem surpresas na avenida – incluindo um dos “defensores da paz” a ser homenageado.
Entre os citados, estão Irmã Dulce, Chico Xavier, Gandhi e Mandela. A decisão pelo tema surgiu de conversas entre integrantes do bloco sobre conflitos mundiais, tais como embates entre Estados Unidos e China.
Enredo: A Zona Norte canta alguns defensores da paz
Samba-enredo: Janjão e Ricardo Barrão
Carnavalesco: Mara Menezes e Maria Helena Gualberto
Componentes: 150
Alas: 4
Carros alegóricos: não divulgado
Bloco Caricato Inocentes de Santa Tereza
O Inocentes de Santa Tereza surgiu em 1973, com um grupo de amigos que tinha vontade de desfilar no Carnaval oficial de Belo Horizonte. Um dia, estes garotos resolveram ir até a avenida onde ocorriam os desfiles, com um caminhãozinho cheio de brinquedos. Foi então que os organizadores lhes convidaram para entrar na avenida. Assim nascia a essência do bloco, mantida até hoje. Com o passar do tempo, a ideia foi amadurecendo na comunidade e nas redondezas da região Leste de BH.
Aos poucos o grupo foi aglutinando pessoas e se transformou numa verdadeira reserva de talentos, com muitos artistas e pessoas com diferentes dons. Para se ter ideia da influência e da força que ganharam, nomes conhecidos como o músico Samuel Rosa e alguns membros do famoso Clube da Esquina já integraram o bloco. Com tantos anos de história, atualmente o grupo continua abraçando as crianças não só da comunidade, mas também da grande Belo Horizonte.
Em 2020 o Inocentes de Santa Tereza convida os integrantes e o público em geral para um verdadeiro mergulho. O enredo faz referência ao peixe-palhaço, nome dado a uma espécie que vive nos oceanos tropicais habitando os recifes e os corais.
O enredo propõe uma viagem ao fundo do mar onde esse peixe apresentará algumas riquezas do oceano, além de alguns de seus amigos e predadores.
Enredo: Peixe-palhaço no fundo do mar
Carnavalesco: Gugu de Souza
Componentes: 300
Alas: 14
Carros alegóricos: 5
Estivadores do Havaí
Em seu 12º desfile, os Estivadores do Havaí terão como enredo “Uma viagem no espaço sideral!”. A ideia é passar a sensação que o tema carrega direto para a avenida. Por isso, seres de outros planetas e a beleza das estrelas estarão presentes.
Acostumados a surpreender, como em 2019, quando o bloco apareceu na avenida com duas baterias, a novidade deste ano também promete, garantem os representantes do grupo. Mas a curiosidade só vai ser sanada no dia do desfile. Por acreditarem ser impossível desvendar os mistérios do universo, o convite a embarcar nessa aventura promete muito suspense. Sem dar muitos detalhes, o grupo deve mostrar na avenida Afonso Pena uma aparição de disco voador, tropas estelares, astronautas, e muito mais.
Desde a estreia no grupo especial, em 2014, um ano após o retorno aos desfiles, o Estivadores está entre os três campeões do Carnaval, além de ter conquistado prêmios de melhor fantasia e bateria.
Enredo: Uma viagem no espaço sideral
Samba-enredo: Juólison Mangabeira
Carnavalesco: Juliano Moura
Componentes: 160
Alas: 5
Carros alegóricos: 4
Acadêmicos do Bloco Por Acaso
“De verde e rosa eu vou para o castelo sambar, com a princesa a noite inteira vou bailar”. O refrão dá o tom do bloco que este ano traz para a avenida um tema de pura magia, leveza e descontração: os personagens e seres mágicos que permeiam a vida das crianças.
Eles estão por toda parte. Em desenhos, filmes, músicas, brinquedos e livros. Os príncipes e princesas fazem parte do imaginário infantil e enchem a mente das crianças de sonhos e aventuras, além de potencializar as estórias lúdicas do universo particular de cada criança.
Um castelo medieval vai abrir o desfile do bloco. “A avenida vai se encher de alegria quando o bloco passar. Nossa essência é a criançada e por isso esta homenagem. Elas são as nossas personalidades”, diz Jairo Alves Pereira, presidente do bloco originário na Vila São Francisco das Chagas, no bairro Carlos Prates. O bloco é pentacampeão do carnaval e levou o troféu para casa de 2009 a 2013.
Enredo: Príncipe e Princesas nos seus reinos encantados
Samba-enredo: Nonato do Samba
Carnavalesco: Nonato do Samba
Componentes: 160
Alas: sem ala
Carros alegóricos: 1
Bacharéis do Samba
Atual bicampeão do Carnaval de Belo Horizonte, a escola de cores amarela e preto fará uma homenagem ao cantor Raul Seixas. Trazendo para a avenida os maiores hits do cantor, a apresentação os dividirá em cinco alas. Com nomes de músicas, serão elas, em ordem: “Gita”, “Maluco beleza”, “Metamorfose ambulante”, “Cowboy fora da lei” e “Há 10 mil anos atrás”.
No carro alegórico, vários símbolos que representam o artista estarão em destaque. A homenagem, conforme os organizadores, se justifica porque, em 2020, Raul Seixas faria 75 anos, e continua sendo adorado pelo público.
Enredo: Toca Raul
Samba-enredo: Guilherme Mocidade
Carnavalesco: Fernando Junqueira Ribeiro
Componentes: 180
Alas: 5
Carros alegóricos: 1
Bloco Caricato Real Grandeza
Uma coroa e uma águia, aliadas às cores azul, vermelho, branco e dourado, formam a identidade visual do bloco Caricato Real Grandeza, que em 2020 desfilará pela terceira vez. O nome, além de uma referência, é uma homenagem ao bairro Anchieta, na região Centro-Sul de BH, cujo nome anterior era Parque Real Grandeza. O grupo tem fortes raízes na região, tendo sido criado entre 2017 e 2018, numa dissidência do bloco Aflitos do Anchieta, que tem mais de 50 anos na folia belorizontina.
Neste ano eles levarão para a avenida uma verdadeira reflexão, a partir de uma experiência triste vivida por uma integrante, recentemente discriminada por ser negra e gorda. O enredo do grupo reforça a importância de se combater o preconceito e promover o respeito às diferenças, entre as quais, às de raça, cor, gênero, condição física, entre outras. Para isso, aproximadamente 100 integrantes prometem ir à avenida defender a agremiação.
Após 18 anos dedicados à presidência do Aflitos do Anchieta, a secretária Sônia Maria Pereira foi quem fundou o Real Grandeza, juntamente com o sobrinho, Marco Antônio Pereira, entre outros amigos. Uma das características marcantes é ser um bloco familiar. A empolgação da carnavalesca está no sangue: os pais de Sônia eram apaixonados pela festa momesca e não mediam esforços para levar a filha, ainda pequena, para a folia. Quando cresceu, ela nunca perdeu as comemorações na capital e não pensou duas vezes em carregar o sobrinho, Marco Antônio, para o samba. O amor pelo Carnaval foi contagioso e Marco Antônio foi o escolhido para presidir o novo bloco.
Enredo: Chega! Contra o preconceito em geral
Carnavalescos: Viviane Roberta dos Santos, Breno dos Santos Alves, Vicente de Paula Moreira Junior
Componentes: 100
Alas: 1
Carros Alegóricos: 1
Mulatos do Samba
“Os mistérios, os segredos, as lendas e as crenças do mar”. Com este enredo, o bloco chega na avenida com 150 componentes e o peso da sua estória para tentar o título. A origem do Mulatos do Samba é do antigo Mulatos do Carlos Prates, um dos blocos mais tradicionais de Belo Horizonte, fundado em 1953 e que, na década de 80, encerrou suas atividades. O Mulatos do Samba foi fundado em 2000 com o nome “Demônios do Santo André”, que desagradou a muitos da comunidade. Mais tarde, em 2008, foi rebatizado e coleciona cinco campeonatos no Carnaval de Belo Horizonte.
O presidente Roberto Martins de Oliveira, o Betô, foi o grande responsável em deixar vivo o Carnaval do Mulatos: “a gente precisava resgatar e tomar conta desse bloco e da alegria da nossa gente, que ama o carnaval”.
Enredo: Os mistérios, segredos, lendas e as crenças do mar
Samba-enredo e carnavalesco: Betô
Componentes: 150
Alas: sem alas
Carros Alegóricos: 1
Corsários do Samba
O Corsários do Samba é o bloco caricato mais antigo e tradicional da cidade. “Sair no carnaval por 58 anos sem faltar a nenhum, pra mim é a realização de um sonho. Uma alegria e emoção indescritível. O carnaval tem que ser eterno na mente e no coração”, exalta Fauze Elias, presidente e fundador do bloco, fundado em 1962, no bairro Floresta.
Foi o amor por Belo Horizonte que inspirou no tema “Vem amor no reino da alegria”. Com grande influência na cultura popular, o bloco traz para a avenida a capoeira, o palhaço e o mágico como os grandes símbolos da alegria popular.
“A grande magia de um bloco caricato é preservar a história e a tradição sem perder o tempero da alegria”, reforça o presidente. Nas cores rosa e azul, os integrantes prometem cantar junto com o público. O carro alegórico também será ponto alto do desfile e entrará na avenida todo decorado.
Enredo: BH no ritmo da alegria
Samba-enredo: Marcos Valente
Carnavalesco: Marcos Valente
Componentes: 100
Alas: sem alas
Carros Alegóricos: 1
Bloco Caricato Os Aflitos do Anchieta
O enredo do Grêmio Recreativo Bloco Caricato Os Aflitos do Anchieta no Carnaval de Belo Horizonte 2020 levará para a avenida do samba as antigas tradições do bairro Anchieta, região na qual o grupo surgiu, em 1965.
Entre 1940 a 1960 chegaram para residir na região da antiga Vila Anchieta itinerantes vindos de diversos municípios do interior de Minas, em especial da cidade de Itabira, em busca de emprego na Capital. Eles trouxeram consigo tradições culturais e religiosas de seus antigos ancestrais, entre as quais as festas de São João, o Congado, barraquinhas, procissões e Folias de Reis.
As manifestações culturais e religiosas se concentravam no entorno da antiga capela Jesus Operário, construída pelos primeiros moradores, mais tarde elevada a Paróquia, tendo São Mateus como padroeiro. Na década de 1960, os blocos caricatos eram a principal característica do Carnaval de BH. Foi nesse cenário que surgiu o Aflitos do Anchieta..
Os integrantes do bloco seguem incansáveis no esforço de manter vivos os sentimentos daquele tempo. Seus organizadores continuam enfrentando adversidades e, neste ano, pretendem materializar na avenida toda a saga de uma comunidade cujo espírito não morreu e nem morrerá.
Enredo: A Vila não morreu e nem morrerá
Carnavalesco: Marquinho Bibiro (em memória)
Componentes: 80
Alas: 3
Carros Alegóricos: 2
Escolas de Samba
Muito samba no pé, alegria, cores e amor pelo Carnaval de Belo Horizonte prometem marcar o desfile das Escolas de Samba de 2020. As agremiações se apresentam na avenida Afonso Pena na terça-feira, dia 25. Começando às 18h com apresentação do Afoxé Bandarerê, o evento vai até 3h.
As Escolas de Samba vencedoras do Grupo Especial receberão um troféu e premiação. Para o 1º lugar, o valor é de R$ 80 mil; para o 2º, R$ 40 mil e para o 3º lugar, R$ 20 mil. As escolas ainda recebem prêmios especiais no valor de R$ 10 mil para melhor bateria, samba enredo, casal de Mestre Sala e Porta Bandeira e Comissão de Frente.
Ordem dos desfiles
18h - Abertura: Afoxé Bandarerê
18h40 - Unidos dos Guaranys
19h35 - Raio de Sol
20h30 - Mocidade Independente Bem-Te-Vi
21h25 - Imperavi de Ouros
22h20 - Acadêmicos de Venda Nova
23h15 - Canto da Alvorada
00h10 - Cidade Jardim
01h05 - Estrela do Vale
02h00 - Imperatriz de Venda Nova
02h55 - Encerramento do evento
Conheça as Escolas de Samba do Carnaval de Belo Horizonte 2020
Associação Recreativa Unidos dos Guaranys
Criada a partir do lendário bloco de Carnaval Índios Guaranis, foi em 1964 que seus primeiros representantes receberam um convite da então Secretaria Municipal de Turismo para transformar o movimento em escola de samba. Já em seu primeiro desfile, a agremiação conquistou o segundo lugar, dando início a uma longa trajetória de glórias.
A escola - originada na Pedreira Prado Lopes, comunidade considerada o berço do samba na capital mineira - obteve a primeira colocação nas competições oficiais por quatro vezes: 1973 , 1975, 1978, 1979.
Neste ano o enredo tem a proposta de contar a história do samba em Belo Horizonte. Conforme os organizadores, não é raro ouvir que a cidade não tem tradição em desfiles de escolas de samba. Para eles, esse tipo de afirmação tem duas possibilidades de origem: “ou a pessoa não conhece a história ou é mal intencionada”.
Os integrantes reforçam que já se vão 83 anos de fundação da primeira escola de samba de BH, justamente na Pedreira Prado Lopes. Desde então, o samba abraçou a Pedreira e a Pedreira abraçou o samba.
Os organizadores destacam que a cultura afro-brasileira e suas vertentes tornaram-se a única manifestação cultural possível para os favelados.
Enredo: Eu sou o samba e o samba sou eu. Abre alas a velha guarda vai passar
Carnavalesco: Wagner Paulo Silva
Componentes: 550
Alas: 13
Carros Alegóricos: 3
Grêmio Recreativo Escola de Samba Raio de Sol
O ano de 2020 marca o segundo desfile do Grêmio Recreativo Escola de Samba Raio de Sol pelo Grupo A do Carnaval de Belo Horizonte. Nesta oportunidade, a agremiação levará para a avenida a história do sambista mineiro, residente no Rio de Janeiro, Toninho Geraes, um dos grandes compositores do ritmo de alma carioca.
O músico tem mais de 250 canções gravadas, incluindo alguns clássicos, e é sempre disputado por grandes estrelas do gênero como Beth Carvalho e Zeca Pagodinho. Parte dessa extensa obra virou sucesso, como “Pago pra Ver” (com Nelson Rufino), “Se a Fila Andar” e “Seu Balancê” (essas duas com Paulinho Rezende). Com uma carreira bem sucedida, o artista afirma sempre que sua principal vocação é escrever. “Me considero um compositor que canta e não um cantor que compõe”, costuma dizer.
Contemporâneo da ala mais representativa do samba da capital mineira da atualidade, Toninho Geraes optou, há mais de três décadas, pela carreira artística na cidade maravilhosa, onde conquistou muitos amigos e o reconhecimento da crítica e do público. Agora, vem ser homenageado em sua terra natal.
Tendo como cores o azul, branco, marrom e vermelho, os representantes da agremiação sempre defendem que a principal função de uma escola de samba é divulgar e fortalecer a cultura do povo local, permitindo que o grande público tenha acesso a informações sobre fatos e pessoas que transformam positivamente a realidade.
Enredo: O samba é de Minas, Toninho é Geraes
Carnavalescos: Alvimar Neri e Jota Dangelo
Componentes: 350
Alas: 9
Carros Alegóricos: 2
Mocidade Independente Bem-Te-Vi
Neste ano o Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente Bem-te-vi, fundado em 1979, pretende transportar o público mineiro para um dos endereços favoritos de quem visita os Estados Unidos: a Broadway. A avenida, localizada no bairro de Manhattan, na cidade de Nova York, ficou mundialmente conhecida por abrigar grandes espetáculos teatrais, musicais e de dança.
A agremiação, que tem como símbolo o pássaro Bem-te-vi, propõe por meio de suas 12 alas e aproximadamente 370 integrantes, revelar as belezas, o glamour e os nomes que marcaram a história da cultura mundial e seguem influenciando tantas gerações.
A Avenida Broadway é um cruzamento com outro ponto célebre da cidade de Nova York, a Times Square, onde ficam concentradas as principais vias da grande metrópole americana. Por terem diversos estabelecimentos teatrais, essas avenidas ficaram conhecidas como um roteiro cultural obrigatório para quem visita a cidade norte-americana, o Circuito Broadway.
Em 2020 a Bem-Ti-Vi levará para a Avenida do Samba toda a magia e o encantamento de espetáculos e dessa região tão emblemática que atrai os olhares do mundo.
Enredo: A Bem-te-vi lança um voo sobre a Broadway
Carnavalescos: Gustavo Abreu
Componentes: 370
Alas: 12
Carros Alegóricos: 2
Imperavi de Ouros
Conta a história que, há milênios, o Imperador Celeste criava estrelas para enfeitar o céu e sua filha, Orihime, a Princesa Tecelã, tecia nuvens em forma de véu. Foi buscando inspiração em uma lenda oriental que originou no Japão o “Festival das Estrelas” que a Imperavi de Ouros chega com força total na avenida. A história diz também que a princesa se apaixonou pelo Pastor Hikoboshi, um jovem que tomava conta dos rebanhos do imperador. A escola foi fundada em 2013, no bairro Anchieta, região centro-sul da capital.
Enredo: Festival das Estrelas – A Lenda de Orihime
Presidente: Luiz Carlos Novais
Carnavalesco: Sandro Sodré, Janete Sodre e Antônio Carlos Oliveira
Componentes: +- 450
Alas: 8 alas de enredo + comissão de frente; baianas e bateria
Carros Alegóricos: 3
Acadêmicos de Venda Nova
Um menino do interior, nascido de uma família simples de Itapecerica, a “cidade das rosas” no oeste mineiro, famosa também pelos tradicionais encontros de grupos de congado. Viveu em meio à simplicidade do campo e, depois do trabalho com o pai, a noite era momento dos causos de assombração, capetas e personagens fantásticos, contados após o jantar. Foi depois de um dia de trabalho que Fabiano teve a sua primeira provação: um boi atacou o seu pai causando-lhe graves ferimentos. Estava junto com a sua mãe e a viu invocar a Nossa Senhora Aparecida. Treze alas e quatro carros alegóricos vão contar a estória desse mineiro de Itapecerica.
Enredo: O poder do acreditar e realizar – as provações de Fabiano Lopes Ferreira
Componentes: 400
Alas: 8
Carros Alegóricos: 3
Canto da Alvorada
Durante um bate-papo sobre Carnaval, em março de 1979, foi fundada a Escola de Samba Canto da Alvorada, na sede do Clube Atlético Mineiro. De lá pra cá, muitos títulos foram conquistados. O nome faz alusão ao vínculo da escola ao clube, afinal, quem canta na alvorada é o galo.
Em 2020 a agremiação vai homenagear o estilista Ronaldo Fraga. Com cores verde e branco, a escola ficou em segundo lugar no desfile realizado em 2019, ao abordar os 28 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Foi na passarela de desfiles que o estilista mineiro Ronaldo Fraga, de 52 anos, construiu uma carreira internacional de sucesso. E será na passarela do samba que verá sua história desfilar em alas, alegorias, mestre-sala e porta-bandeira.
Para o homenageado, a escolha foi motivo de imensa alegria. “Eu sou fascinado com Carnaval! Acho que, como a moda, ele pode ser muito mais do que o ópio do povo. É quando o brasileiro consegue desopilar, desestressar, mas, além de ser uma manifestação popular, é política”, declarou Fraga à imprensa.
Conforme os organizadores, Fraga foi escolhido pelo que ele representa no cenário da moda nacional e internacional, e pela sua personalidade.
Enredo: Memórias de um estilista coração de galinha
Carnavalesco: Serginho Beagá
Componentes: 750
Alas: 17
Carros Alegóricos: 4
Cidade Jardim
Minas Gerais é a homenageada da Escola de Samba Cidade Jardim, que trata o aniversário de 300 anos do estado com outro olhar: o que a história dita “oficial” não conta. O samba enredo retrata as tradições da cultura, a resistência de um povo, a chegada da Coroa Imperial em 1693 que, pelo ouro, decretou a sua lei, e pede respeito ao solo, enaltecendo o perfume do ar das montanhas de Minas. Carros alegóricos e alas chegam com mensagens fortes com os guerreiros indígenas, os congados, a igreja barroca e os povos ciganos, que vão ajudar a contar esses 300 anos de Minas Gerais.
Enredo: Minas Gerais 300 anos: a história que a história não contou
Carnavelesco: Aguinaldo Muller
Componentes: 400
Alas: 6
Carros Alegóricos: 4
Estrela do Vale
Um fruto abençoado pelos deuses e descoberto em meados de 1500. Foi colhido e apreciado pelos povos Maias e Astecas, que o mantiveram em relação de devoção. Devido ao altíssimo valor atribuído ao fruto, as suas sementes também eram usadas como moeda corrente. O fruto ganhou o continente europeu pelas mãos de conquistador mexicano Hernandez Cortez.
Embalados pelo sabor do Cacau, a Escola de Samba Estrela do Vale chega à avenida com mais de 450 componentes, três carros alegóricos e 11 alas que vão descortinar as histórias do fruto, a chegada no continente europeu, o sabor do presente e o simbolismo da Páscoa, uma das celebrações mais tradicionais da cultura brasileira.
“Desde setembro do ano passado, cerca de 30 profissionais entre costureiras, aderecistas, escultores e serralheiros trabalham integralmente para preparar o desfile. A expectativa este ano está muito boa”, comenta Eduardo Bavose, um dos fundadores da escola.
Enredo: Cacau, da fruta dos deuses ao adocicado sabor estrelado
Samba Enredo: grupo de 9 compositores participantes de um concurso interno
Carnavalesco: Maria Madalena Ferreira Bavozse
Componentes: 450
Alas: 11
Carros Alegóricos: 3
Imperatriz de Venda Nova
O samba enredo é uma síntese bem humorada e ao mesmo tempo saudosista, sobre os antigos carnavais. Tendo como ponto de partida a tradicional ordem do Rei do Carnaval de festejar durante os dias da folia, a escola propõe uma releitura de personagens e marchinhas carnavalescas que embalaram gerações, e busca reviver um carnaval tradicional, cantando as rimas do passado e valorizando aqueles que, de longe, nos deixaram saudades dos salões, lançando perfume em meio a batalhas de confetes e serpentinas. São 8 alas e cada uma delas revisita os antigos carnavais. Baianas, Acorda Maria Bonita, Bandeira Branca e Olha a Cabeleira do Zezé serão alas de destaque.
Enredo: Se a canoa não virar, a Imperatriz chega lá
Letra: Charles Braga e Flávio Viana
Carnavalesco: Maria Madalena
Componentes: 400
Alas: 8
Carros Alegóricos: 3