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Cena do filme em preto e branco "Crônica de um Verão": em um salão, dois homens acendem seus cigarros.
Foto: Divulgação

Cine Santa Tereza homenageia o cineasta francês Jean Rouch

criado em - atualizado em

A Fundação Municipal de Cultura promove nesta semana, no MIS Cine Santa Tereza, uma mostra especial com filmes do cineasta francês Jean Rouch (1917-2004).  Realizador e etnólogo, Rouch é considerado um dos pioneiros do cinéma vérite, o cinema direto, aclamado mestre da técnica jump-cut – montagem de duas tomadas feitas com diferentes câmeras – explorou o documentário puro e a docuficção, criando o subgênero: etnoficção. A mostra acontece de 9 a 12 de novembro, quinta e sexta, a partir das 19h30, e sábado e domingo, a partir das 19h. As sessões têm entrada gratuita.

 

Jean Rouch nasceu em Paris (França), no ano de 1917, e contribuiu muito para o cinema, unindo suas descobertas e invenções cinematográficas e etnográficas, como a etnoficção, ao seu cinema documental. Através de representações de tradições africanas, possibilitou um reconhecimento da África por uma Europa etnocêntrica. Fonte de inspiração e constante referência para os realizadores da Nouvelle Vague, Jean Rouch faleceu aos 86 anos em Níger, na África Ocidental, em 2004.

 

 

Programação

 

Dia 9 de novembro, quinta-feira, às 19h30

Eu, um Negro (Moi, un noir | Jean Rouch | França |1958 | Drama | 70 min)

Jovens nigerianos chegam à capital da Costa do Marfim em busca de trabalho. O herói, que conta sua própria história, se autodenomina Edward G. Robinson, em honra ao ator americano. Da mesma forma, seus amigos escolhem pseudônimos para simbolizar uma personalidade ideal.

Classificação indicativa: 14 anos.

Sessão comentada pela coordenadora do Forumdoc.BH, Júnia Torres

 

Dia 10 de novembro, sexta-feira, às 19h30

Crônica de um Verão (Chronique d'un été | Jean Rouch, Edgar Morin| França | 1961 | Documentário |85 min)

No verão parisiense de 1960, o cineasta e etnólogo Jean Rouch e o sociólogo Edgar Morin interrogam transeuntes, estudantes, operários e alguns casais sobre as motivações de suas vidas, registrando suas dúvidas, emoções e opiniões sobre política e racismo.

Classificação indicativa: 14 anos.

 

Dia 11 de novembro, sábado, às 19h

Eu, um Negro (Moi, un noir | Jean Rouch | França |1958 | Drama | 70 min)

Jovens nigerianos chegam à capital da Costa do Marfim em busca de trabalho. O herói, que conta sua própria história, se autodenomina Edward G. Robinson, em honra ao ator americano. Da mesma forma, seus amigos escolhem pseudônimos para simbolizar uma personalidade ideal.

Classificação indicativa: 14 anos.

 

As Viúvas de Quinze Anos (Les veuves de 15 ans | Jean Rouch| França| Ficção | 1965| 25 min)

Um dos 4 sketches do filme coletivo La fleur de l’âge – les adolescentes (Rouch, Hiroshi Teshigahara, Michel Brault e Gian Vittorio Baldi, 1964). Neste curta que mistura documentário e ficção, Rouch observa o comportamento de duas jovens – uma séria, outra não – na sociedade parisiense. Segundo o diretor, os jovens da época “tinham uma liberdade sexual incrível, eram a juventude francesa que realmente preparava maio de 68”.

Classificação indicativa: 14 anos.

Curta-metragem com legendas em espanhol

 

Dia 12 de novembro, domingo, às 19h

Mosso Mosso, “Jean Rouch Como Se” (Mosso, mosso - Jean Rouch comme si... | Jean-André Fieschi | França | gênero | 1998 | 73 min)

Neste episódio da série de TV francesa "Cinéma, de Notre Temps", Fieschi se encontra com Rouch, que finge rodar um filme, para mostrar a regra que este adotou de privilegiar a fantasia em detrimento da realidade.

Classificação indicativa: 14 anos.

 

 

Mostra Especial Jean Rouch

De 9 a 12 de novembro | quinta e sexta, às 19h30; sábado e domingo, às 19h.

MIS Cine Santa Tereza (Rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza – Praça Duque de Caxias).

ENTRADA GRATUITA.

Informações para o público: (31) 3277-4699.