7 Fevereiro 2018 -
Belo Horizonte ganha mais proteção contra o Aedes aegypti. Este ano, a Prefeitura iniciou a instalação de telas impregnadas com inseticidas nos centros de saúde da capital. O material oferece dupla proteção contra o mosquito: barreira física e bioquímica. Desde que o projeto foi iniciado, 1.324 locais, entre residências e equipamentos de saúde, já foram telados.
As telas são aliadas importantes no combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, chikungunya e zika, e que em ambiente urbano também pode transmitir a febre amarela. “Estamos ampliando a instalação das telas de forma a aumentar a proteção da população. Mas é fundamental que cada um continue fazendo sua parte, ou seja, evitando possíveis focos do mosquito dentro de casa e trabalho”, explica o subsecretário municipal de Promoção e Vigilância à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Fabiano Pimenta. Em 2018, até o início de fevereiro, seis centros de saúde receberam as telas.
O material começou a ser instalado em 2016 em residências de gestantes, situadas próximas a locais com suspeita e confirmação de casos de zika. O objetivo era evitar possíveis casos da doença e, consequentemente, a ocorrência de microcefalia nos bebês. Em 2017, o projeto foi ampliado e telas foram instaladas no Hospital Eduardo de Menezes e Hospital Infantil João Paulo II – referências para internação de pacientes vindos do interior em tratamento e ou com suspeita de febre amarela, e também nas nove Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital.
A Secretaria Municipal de Saúde mantém o monitoramento de casos suspeitos de zika, com cruzamento de dados, de forma a identificar grávidas nos primeiros e segundos trimestres de gestação, que morem próximo de ocorrências. “As gestantes são identificadas nas consultas de pré-natal e as Equipes de Saúde da Família acompanham o processo, orientando a instalação. As grávidas assinam um termo de consentimento, autorizando a telagem de sua residência”, acrescenta Fabiano Pimenta.
A dona de casa Luiza da Conceição Batista de 26 anos fez o pré-natal da filha Alice Batista Coutinho, no Centro de Saúde São Miguel Arcanjo, um dos primeiros a receber a telagem. Ela presenciou a instalação das telas na unidade e aprovou a ação. “É mais uma forma de prevenir as doenças. Durante minha gravidez, o médico me orientou a usar repelente e evitar água parada em casa. Gostei da novidade das telas. É uma proteção extra pra gente”, acredita.
As telas são feitas de malha fechada, impregnada por inseticida que contém cipermetrina e polietileno não inflamável. A validade é de cinco anos ou 20 lavagens. O material é autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).