23 January 2024 -
A Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura realizarão, entre 27 de janeiro e 8 de fevereiro, período oficial do Carnaval de Belo Horizonte, uma série de atividades gratuitas que integram o Circuito Municipal de Cultura.
O “Carnaval nos Centros Culturais” acontecerá em dez espaços da Prefeitura de Belo Horizonte, com uma programação que inclui apresentação da Velha Guarda Baluartes do Samba, Bailinho de carnaval, além de oficinas de percussão, de adereços e de máscaras carnavalescas, entre diversas outras atividades. Integra também a programação de Carnaval descentralizado da cultura a apresentação do Bloco Magnólia no Quinta no Raul.
Um dos pontos altos da programação é o “Baile de Carnaval do Centro Cultural Lindeia Regina”, que recebe o show da Velha Guarda Baluartes do Samba no dia 3 de fevereiro, sábado, às 19h, no bairro Lindeia. Formado em 2000, o grupo é composto por sete renomados bambas da velha guarda que decidiram se unir para difundir ainda mais o samba mineiro no cenário nacional: Nonato do Samba, Fabinho do Terreiro, Lulu do Império, Bira Favela, Raimundo do Pandeiro, Paizinho do Cavaco e Evair Rabelo. Estes sambistas têm entre 30 a 45 anos de atuação no samba de Minas Gerais e, alguns, como Nonato do Samba e Raimundo do Pandeiro, possuem experiência internacional. Além de intérpretes, muitos são compositores, como no caso de Fabinho do Terreiro - que tem obras gravadas por Zeca Pagodinho, Agepê e Neguinho da Beija-Flor. A entrada para o show é gratuita e aberta ao público, sem necessidade de retirada prévia de ingressos.
Outro destaque é o Bloco Magnólia, que se apresenta, em sua formação de banda, no dia 8, quinta-feira, às 20h, pelo projeto Quinta no Raul, do Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado. Integrando a programação do já tradicional “Carnavalzinho do Teatro Raul Belém Machado”, o grupo musical mineiro traz a estética do jazz na musicalidade e na corporeidade, se referenciando nos cortejos de second line de Nova Orleans, nos Estados Unidos. Surgido em 2014, como bloco de Carnaval, em Belo Horizonte, o Magnólia compreende seu espaço também como banda em formato brass band que circula por grandes festivais. Atualmente, é o único no Brasil a pesquisar esse estilo, além de trazer à cena sua referência à produção artística negra. Para o show, é preciso retirar ingresso previamente neste site.
Ainda para quem gosta de dançar, o “Bailinho de Carnaval do Centro Cultural São Geraldo” contará com a apurada seleção musical da DJ Fê Linz no dia 7, quarta, a partir das 9h. Nome conhecido da cena mineira, DJ Fê Linz atua principalmente com o material musical que foi produzido nas décadas de 1960 a 1990 e essa variedade musical, por ser extremamente ampla, permite que ela ofereça um cardápio de tendências e estilos que são separados por décadas. Uma verdadeira alquimia musical que promete agitar a pista de dança. A entrada é aberta ao público, sem necessidade de retirada prévia de ingressos.
Atividades formativas
Quem abre o Carnaval nos Centros Culturais é o Coletivo Mar de Morro, que realiza uma vivência-show percussiva com o público nos dias 27 de janeiro, sábado, às 14h, no Centro Cultural Pampulha; e no dia 30, terça-feira, também às 14h, no Centro Cultural Zilah Spósito. Intitulada “A influência pernambucana na percussão mineira”, a atividade aborda os cantos, batidas e mitologias do Coco de Roda e do Maracatu de Baque Virado, bem como os ecos da musicalidade dessas referidas manifestações da cultura popular pernambucana em terras mineiras. O grupo percussivo mistura, ainda, poesia, dança e história com cantos de domínio público de outras manifestações da cultura popular brasileira, como Bumba Boi, Tambor de Crioula e Reinado. Não é necessária inscrição prévia para participar.
Na sequência, dois grandes nomes das artes cênicas de Minas Gerais ministram a “Oficina de adereços carnavalescos”: Lira Ribas, atriz, diretora e figurinista, fundadora e produtora dos blocos Corte Devassa e Magnólia; e Anderson Ferreira, ator, figurinista, professor, pesquisador e cenógrafo, que compõe o grupo de julgadores do quesito Fantasias, no carnaval do Rio de Janeiro, pela Liga RJ (Série Ouro). A atividade acontece, sempre às 14h, nos dias 1º de fevereiro, quinta-feira, no Centro Cultural Alto Vera Cruz; 2, sexta, no Centro Cultural Jardim Guanabara; e 6, terça, no Centro Cultural São Bernardo. A oficina propõe um encontro prático, com dicas e técnicas básicas para elaboração de adereços, com linguagem acessível, de fácil execução. Cada aluno deverá levar o seu material que será previamente solicitado. Não é necessária inscrição prévia para participar.
A programação também conta com outra atividade voltada a quem quer preparar fantasias e badulaques para brilhar nas ruas de BH durante a folia, a oficina “Adereços de Carnaval”, ministrada pelos artistas e facilitadores Miriam Vilaça e Hudson Buchholz. A ação acontece no dia 2, sexta-feira, às 14h, no Centro Cultural Padre Eustáquio; e no dia 3 de fevereiro, sábado, também às 14h, no Centro Cultural Bairro das Indústrias. O objetivo é convidar as comunidades do entorno dos Centros Culturais a criarem adereços a partir de materiais diversos, convidando as pessoas a participarem do Carnaval na cidade.
Já o Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira recebe, no dia 7, quarta-feira, às 9h, a oficina “Criação e personalização de máscaras de Carnaval”, com a artista plástica Rosifreitas Bakir, que convida o participante à experiência de criar e personalizar sua própria máscara. Com diversos significados e funções em diferentes culturas, as máscaras de Carnaval têm sua história ligada à cidade de Veneza, na Itália, quando desde o século XI os habitantes de todas as classes se juntavam para celebrar o fim do inverno rigoroso. Para ambas as oficinas não é necessária inscrição prévia.
As informações e a programação do “Carnaval nos Centros Culturais” estão disponíveis no site do Circuito Municipal de Cultura. A realização do “Carnaval nos Centros Culturais” tem a parceria do Instituto Odeon.