11 March 2025 -
O Carnaval de Belo Horizonte 2025 chegou ao fim marcado pela segurança, limpeza, organização e diversidade. Aproximadamente 6,05 milhões de foliões saíram às ruas entre 15 de fevereiro e 9 de março. A festa recebeu uma avaliação média de 8,8, e 83,8% dos foliões relataram que as expectativas foram atendidas plenamente ou superadas, de acordo com pesquisa realizada pelo Observatório do Turismo de Belo Horizonte. O Carnaval movimentou R$ 1,2 bilhão na economia local, gerando mais de 20 mil empregos diretos e indiretos.
Com o objetivo de identificar e monitorar as características dos foliões – moradores e visitantes – que participaram do Carnaval de Belo Horizonte em 2025, a Belotur aplicou a tradicional pesquisa do folião. Dentre os visitantes e moradores que declararam ter participado em edições anteriores, 70,4% afirmaram que o evento melhorou (os quesitos mais citados foram a organização, 37,9%; segurança 26,2%; e infraestrutura geral 21,6%) e 93% recomendam o Carnaval de Belo Horizonte.
A pesquisa ainda destaca que, dentre os foliões, 82% são moradores e 18% são visitantes, número maior que no ano passado, quando 16,7% do público era formado por turistas. A maioria dos visitantes é do interior de Minas Gerais (58,9%), seguido por São Paulo (17,8%); Distrito Federal (5,9%); Rio de Janeiro (3%); Espírito Santo (3%) e Paraná (3%). As principais cidades foram São Paulo (8,5%); Brasília (5,9%); Divinópolis (5,9%) e Juiz de Fora (3,7%).
A estimativa do número de turistas na cidade, entre 28 de fevereiro e 4 de março, foi de 270,5 mil pessoas. De acordo com a pesquisa, 94,4% dos turistas declararam que o Carnaval foi o principal motivo da viagem.
Aproximadamente 60% dos moradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte afirmaram que considerariam viajar para outro destino caso o Carnaval não ocorresse na cidade. Além disso, entre os visitantes de outras partes do país, foram mencionados 18 estados, além de turistas internacionais.
Os visitantes permaneceram, em média, 3,9 dias no período do Carnaval, com o gasto médio individual diário de R$ 483,69, tendo um aumento em relação a 2024, que registrou gasto médio de R$397,42. O total do gasto individual médio foi de R$ 1.856,44, superando os R$ 1.474,34 de 2024. Quando observado o comportamento dos moradores, o gasto médio total individual (durante todos os dias do evento) foi de R$ 567,47, um acréscimo se comparado ao último ano, que registrou R$ 444,18. Os visitantes se hospedaram em sua maioria em casa de parentes e amigos (53,0%); hotéis e pousadas (25,9%); e Airbnb (10,4%).
Conforme a pesquisa, 56,3% dos visitantes se identificam com o gênero feminino e 42,6% com o gênero masculino. A idade média dos visitantes foi de 32 anos e a renda familiar mensal, com maior ocorrência, foi a faixa acima de 3 a 5 salários mínimos (25,6%). Quando observados os resultados para os moradores, tem-se que a maior parte (56,3%) se identifica com gênero feminino e 43,2% com o gênero masculino. Do público entrevistado, 69,9% são solteiros e 40,6% têm ensino superior.
Ainda foi perguntado sobre a importância de promover o respeito à diversidade sexual e de gênero nos eventos públicos, com notas de 1 a 10, sendo 1 pouco importante e 10 muito importante. Os foliões deram a nota de 9,6 para esta política pública. Entre os participantes da pesquisa, 30,4% mencionaram fazer parte da comunidade LGBTQIAPN+. Foi também questionado o nível de comprometimento com a pauta de responsabilidade ambiental e os foliões apresentaram uma média de 8,6 em comprometimento. Além disso, constatou-se que 78,5% dos participantes são defensores da temática da responsabilidade ambiental.
A pesquisa do Observatório do Turismo realizou 1,5 mil entrevistas com foliões entre os dias 28 de fevereiro e 5 de março, gerando informações quantitativas e qualitativas sobre dados socioeconômicos, hábitos de consumo, avaliação da infraestrutura e satisfação em relação ao evento. Os questionários foram aplicados presencialmente em 41 blocos de rua, com representatividade nas regionais e maior concentração de público e diversidade de estilos. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, com grau de confiança de 95%.
Movimentação de Aeroporto e Rodoviária
Os desembarques na Rodoviária de Belo Horizonte, de acordo com o Terminas BH, aumentaram em 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2025, ocorreram 87.514 desembarques durante o feriado do Carnaval. Em 2024, foram 81.660 desembarques na capital mineira. Já o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, conforme apurado com o BH Airport, teve uma movimentação de 220.718 mil passageiros no período do feriado do Carnaval, um aumento de quase 26% em relação à mesma época do ano anterior.
Setor Hoteleiro
O Carnaval de Belo Horizonte 2025 movimentou o setor hoteleiro durante todo o período oficial da folia, em especial entre os dias 1° a 4 de março. A taxa de ocupação de toda a cidade atingiu 76,73%, superando o índice de 71,36% do último ano. Já a região Centro-Sul alcançou a média de 82,10%, acima da média de 2024, que foi de 80,89%. Todos os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIHMG).
Bares e Restaurantes
Segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), os estabelecimentos da capital mineira tiveram um aumento no faturamento de cerca de 25% em relação ao mesmo período de 2024. Esses números refletem o impacto positivo do evento na cidade e no setor de alimentação. É importante destacar que, em 2025, a Prefeitura de Belo Horizonte implementou diversas iniciativas voltadas à valorização da gastronomia mineira.
Blocos de Rua
Desde o dia 15 de fevereiro, a maior festa de rua de Minas Gerais tomou novamente a cidade com muita alegria, cores e diversidade. A folia belo-horizontina contou com uma programação extensa e descentralizada, com 460 cortejos, recorde em comparação aos outros anos, saindo pelas nove regionais do município. Do total, 99 desfiles foram realizados pela primeira vez, demonstrando o crescimento da festa pela cidade.
A Prefeitura de Belo Horizonte é pioneira na criação de editais de auxílio financeiro direto para os blocos de rua, o que demonstra o comprometimento em oferecer para os turistas e moradores uma das melhores experiências de Carnaval do país, assim como o compromisso em valorizar os atores da festa. Neste ano, a Belotur contemplou 105 blocos, com investimento total de R$2,99 milhões.
Escolas de Samba e Blocos Caricatos
As agremiações Canto da Alvorada e Bacharéis do Samba são as grandes campeãs dos desfiles de passarela do Carnaval. Com o desfile ‘Kizomba - Festa da Raça’, a Escola de Samba Canto da Alvorada foi a vencedora com 179,9 pontos. A agremiação alcançou seu 18° título e levou o prêmio de R$116,3 mil. Nos Desfiles dos Blocos Caricatos, o vencedor foi o Bloco Bacharéis do Samba, que se sagrou campeão pela sexta vez homenageando os 150 anos da Imigração Italiana, faturando o prêmio de R$ 33,7 mil.
Além da premiação, em 2025 a subvenção das Escolas de Samba de Belo Horizonte aumentou. Foi disponibilizado para as Escolas de Samba do Grupo Especial o valor de R$ 258,4 mil. O auxílio financeiro disponível para o Grupo de Acesso foi de R$ 155,1 mil. O montante total para desfiles das Escolas de Samba foi de R$ 2,8 milhões. Além disso, a PBH investiu em uma estrutura moderna na Avenida dos Andradas, oferecendo banheiros químicos, arquibancadas, camarins, sonorização, postos médicos e ambulâncias de suporte avançado.
A pesquisa realizada com os foliões durante os desfiles de passarela revelou que, entre os visitantes e moradores que participaram de edições anteriores, 64,1% consideram que o evento melhorou. Os principais aspectos mencionados foram a organização, citada por 44% dos entrevistados; a infraestrutura geral e o local, com 14,3% cada; e a segurança, com 13,1%. Além disso, os desfiles de Escolas de Samba e Blocos Caricatos receberam notas médias de recomendação de 9,1.
As apresentações proporcionaram uma experiência divertida para o público, alcançando uma avaliação média de 8,9, sendo que 72,8% dos foliões consideraram que o evento atendeu plenamente ou superou suas expectativas, com destaque especial para as Escolas de Samba e Blocos Caricatos, que receberam uma nota de 9,0. Em relação a outros aspectos do evento, a avaliação do local foi de 8,9, enquanto as estruturas das arquibancadas receberam nota 8,7 e a segurança, 8,3.
Mobilidade
A operação de mobilidade para o Carnaval de Belo Horizonte 2025 contou com o trabalho de cerca de 440 profissionais, atuando diretamente nas ruas ou no Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH). Durante os desfiles de blocos, foram feitas aproximadamente 4 mil interdições nas ruas. Foram reservadas oito áreas para os desfiles dos blocos, sendo cinco na Área Central, uma em Santa Tereza, uma na Pampulha e uma na Avenida dos Andradas.
A estrutura fixa de interdições de vias e desvios no trânsito garantiu a segurança durante os desfiles, preservando a mobilidade e minimizando os impactos para quem precisou se deslocar para trabalhar. A Rota Hospitalar foi uma das prioridades durante a folia, garantindo o acesso da população e dos veículos de urgência à região dos hospitais.
A parceria entre a Prefeitura e o Google viabilizou, mais uma vez, que as intervenções de trânsito fossem disponibilizadas no Waze e no Google Maps, orientando os motoristas sobre os locais interditados e o melhor caminho para chegar ao destino.
Durante o Carnaval, 242 linhas de ônibus tiveram os itinerários desviados e mais de 300 cartazes/banners foram implantados nos pontos de ônibus alertando para as alterações no transporte coletivo. As informações também puderam ser acessadas pelo celular.
Foram realizadas mais de 13 mil viagens de transporte coletivo por dia, transportando mais de 2,3 milhões de passageiros durante a folia. Foram implantados 19 pontos de táxi no entorno das áreas reservadas para desfiles dos blocos. O Posso Ajudar realizou 9.310 atendimentos, com informações sobre trânsito e transporte.
A operação Cata Perdido transportou 137 usuários do transporte coletivo que tinham dificuldades para acessar os novos pontos de ônibus, prioritariamente, idosos, pessoas com mobilidade reduzida e pessoas em tratamento em clínicas de nefrologia.
As mais de 550 postagens de serviço sobre os desfiles dos blocos, interdições do trânsito e transporte coletivo tiveram mais de 820 mil visualizações nas redes sociais da BHTrans e 195 mil no portal da mobilidade.
Fiscalização
A fiscalização da PBH atuou com um efetivo de mais de 650 profissionais, entre fiscais e agentes. As equipes distribuídas em todas as regionais realizaram 5.220 mil ações fiscais. Foram priorizadas abordagens educativas e orientativas e intensificadas operações preventivas nos 273,5 km de vias que serviram como palco de desfiles dos blocos.
As equipes de fiscalização percorreram trajetos para verificar situações que ofereciam risco aos foliões, realizaram o trabalho de acompanhamento para cumprimento da programação dos blocos e fizeram vistorias para conferir o licenciamento de eventos em espaços públicos e privados. Seis reclamações da população referentes à poluição sonora foram atendidas.
Carnaval é na Lata
A Prefeitura também realizou ações da campanha “Carnaval é na Lata” para conscientizar os donos de estabelecimentos sobre a importância de priorizar a comercialização de bebidas e alimentos em recipientes que não sejam de vidro. Os bares e restaurantes instalados nas vias e imediações das rotas de desfiles dos blocos de rua foram visitados por fiscais que fizeram as abordagens educativas.
No licenciamento dos ambulantes para o Carnaval constou a proibição de venda de bebidas em garrafas. A regra também deveria ser seguida pelos estabelecimentos autorizados a vender bebidas no período de Carnaval.
Limpeza Urbana
Os garis da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) recolheram, entre 15 de fevereiro e 9 de março, 1.048 toneladas de resíduos nas áreas de desfiles dos blocos de Carnaval. Somente no período oficial da folia, de 1º a 5 de março, foram coletadas 595 toneladas.
Cerca de 1,5 mil garis atuaram exclusivamente no Carnaval, em todas as regiões, limpando as vias antes da passagem dos blocos, durante os desfiles e depois da dispersão das pessoas. A limpeza incluiu também a lavagem de vias após os desfiles.
No trajeto dos blocos, a SLU disponibilizou uma média de 436 contêineres de 240 litros por dia, para descarte de resíduos, totalizando 8.301 locações do equipamento durante o período da folia. Também foram providenciados 28 contêineres para captação de garrafas de vidro, resultando no recolhimento de 7,4 toneladas do material, que será doado para as cooperativas.
ReciclaBelô!
A coleta seletiva, realizada por 500 catadores cadastrados pelo projeto ReciclaBelô, recolheu cerca de 40 toneladas de recicláveis durante os desfiles dos blocos, entre os dias 1º e 4 de março. O projeto foi remunerado pela SLU com o valor de R$ 499.367,44. O recurso viabilizou o pagamento de diárias mínimas de R$ 150 para cada catador autônomo.
Além deste valor, o ReciclaBelô também contou com uma estrutura fornecida pela Belotur, no valor de R$ 115,6 mil, que incluiu a montagem de quatro centrais de triagem, equipadas com banheiro químico, grades, mesas, água mineral e balanças, localizadas na Pampulha, Centro, avenida dos Andradas e Savassi.
Saúde
No período de 28 de fevereiro a 5 de março, o SAMU atendeu 136 ocorrências especificamente envolvendo foliões. Já nos Postos Médicos Avançados (PMAs), montados no Centro de Referência das Juventudes (CRJ) e na UPA Centro-Sul, foram atendidas 361 pessoas. Desses casos, cerca de 29% foram relacionados à intoxicação alcoólica.
Durante a folia, grupos de arte mobilizadores, técnicos e redutores de danos do Programa BH de Mãos Dadas Contra a Aids e do Mobiliza realizaram ações de prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) em pontos fixos da cidade, nas tendas do “Posso Ajudar?”.
Nas ações realizadas em todo o período do carnaval, foram distribuídos mais de 1,2 milhão de preservativos externos e 53 mil preservativos internos, 1.250 autotestes HIV, mais de 103 mil sachês de gel lubrificante e 12 mil folders com informações sobre prevenção e serviços ofertados na rede SUS-BH.
Os blocos também foram parceiros nas ações, distribuindo os preservativos aos foliões durante os desfiles. Os insumos foram entregues ainda em ações pré-carnaval, na rodoviária, estações do MOVE e do Metrô BH.
Pela primeira vez no Carnaval de Belo Horizonte foi ofertada a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). Durante os dias de festa, foram realizados 84 atendimentos. Desse total, 62 pessoas retiraram a medicação na unidade de saúde montada do CRJ.
Cuidados com a alimentação
A Vigilância Sanitária atuou na fiscalização de comidas e bebidas, além das condições higiênicas dos estabelecimentos. Foram atendidas 21 denúncias, que resultaram em sete autuações. As causas mais comuns foram ausência de comprovante de controle de pragas urbanas, limpeza inadequada de caixa d’água, alimentos mal acondicionados, lixeira sem tampa e refrigerante artesanal sem registro.
O baixo número de autuações durante o Carnaval 2025 foi um reflexo do trabalho intenso da Vigilância Sanitária no período que antecedeu a festa. Considerando essas ações, realizadas em janeiro e fevereiro nos principais corredores da cidade, foram vistoriados 665 estabelecimentos e lavrados 260 documentos, sendo 130 advertências, 116 intimações, 4 interdições, 3 multas e 7 autos de apreensão.
As autuações foram motivadas pela estrutura física ou equipamentos inadequados, ausência de alvará sanitário, falta de registro de limpeza de caixa d’água e caixa de gordura, limpeza e higienização precárias. Além da ausência de papel de toalha, sabonete líquido, e de comprovação de controle de pragas urbanas, condições de conservação de alimentos inadequadas e produtos vencidos.
Segurança
A Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção, com a Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH) e o Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH), desempenhou papel estratégico na proteção e cuidado com foliões e não-foliões. A atuação integrada garantiu ruas mais seguras, coibiu violências, preveniu danos ao patrimônio público, combateu a importunação sexual e assegurou o bom funcionamento da cidade ao longo da festividade.
Nos desfiles de blocos acompanhados pelo COP-BH, que trabalhou de forma articulada com mais de 20 instituições, foram registradas 300 ocorrências que exigiram ação conjunta de duas ou mais instituições, menos de uma por desfile. Entre as ocorrências geridas no COP-BH estiveram a desobstrução de vias por estruturas móveis ou fixas instaladas de modo irregular, autuação de veículos estacionados em local proibido, autuação de eventos não licenciados, apoio a pessoas com intoxicação alcoólica e remanejamento de banheiros químicos.
O COP-BH reforçou a escala de trabalho, com mais de 500 colaboradores, e ativou o Posto de Comando por nove dias no modelo presencial e outros quatro no modelo virtual. A estrutura possibilitou o monitoramento da festa em tempo real, garantindo ações coordenadas e decisões ágeis ao longo de mais de 210 horas de operação do Posto de Comando e 450 horas de acompanhamento da Sala de Controle do COP-BH.
O monitoramento contou com 4.626 câmeras distribuídas pela cidade, acompanhando tanto a movimentação dos blocos quanto a manutenção dos serviços essenciais. Cinco drones da PBH e de instituições parceiras ampliaram a capacidade de visualização aérea, transmitindo imagens em tempo real para o Posto de Comando. Somente a equipe de drones da GCMBH realizou mais de 50 voos sobre blocos e grandes aglomerações.
“Não é Não”
No período de 1º a 4 de março, a Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte registrou um caso de importunação sexual durante o período de 1º a 4 de março, além de cinco furtos, cinco ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas; e duas lesões corporais. Foram abordadas 1.180 pessoas, 7 mil foliões orientados e 395 estrangeiros atendidos. Houve A Guarda Civil mobilizou diariamente mais de 1,1 mil agentes distribuídos estrategicamente por toda a cidade.
A GCMBH também teve um papel ativo no combate à importunação sexual, por meio do Grupamento de Proteção à Mulher "Guardiã Maria da Penha". Durante os quatro dias de festa, as agentes femininas estiveram presentes nos trios elétricos e entre os foliões, distribuindo mais de 9 mil tatuagens temporárias da campanha "NÃO É NÃO", reforçando a importância do respeito às mulheres.
Outro destaque foi a atuação Grupamento de Apoio ao Turista, que prestou assistência a visitantes estrangeiros, com agentes bilíngues capacitados em inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, japonês e Libras.
Assistência Social
O trabalho da Assistência Social teve como prioridade o atendimento a crianças em situação de abandono e mulheres vítimas de violência. Também foram promovidas ações prévias de comunicação para reduzir violações de direitos durante o Carnaval. Foram realizadas capacitações com blocos, fornecedores, parceiros e agentes de segurança, tanto para a prevenção da violência quanto para o correto manejo dessas situações, caso ocorressem.
Pela primeira vez, equipes volantes atuaram diretamente nos blocos, distribuindo materiais informativos, como tatuagens e leques com mensagens alusivas ao Protocolo Quebre o Silêncio. Além disso, unidades da Assistência Social realizaram atividades preventivas voltadas especialmente para crianças e adolescentes, com mensagens e orientações sobre o combate ao trabalho infantil e à exploração sexual, além da proibição da venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos.
Nos blocos infantis, foram entregues pulseiras de identificação para auxiliar pais e responsáveis em caso de desaparecimento de crianças. Também foram desenvolvidos materiais virtuais, como cards educativos e áudios, para orientar foliões e foliãs sobre a importância de um Carnaval seguro e protegido.
Ouvidoria
A Ouvidoria esteve presente no COP-BH durante o período do Carnaval de Belo Horizonte, oferecendo suporte aos foliões por meio do Zap Folia. Dos acionamentos, 86% foram pedidos de orientação. Foram recebidas 302 manifestações, sendo 260 pedidos de orientação, 31 reclamações, 9 elogios e 2 sugestões. Entre os temas mais demandados estão a programação dos blocos de rua, trânsito, banheiros, ambulantes e transporte.