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Carnaval 2023 termina marcado pela segurança, limpeza, diversidade e alegria
Foto: Rodrigo Clemente/PBH

Carnaval 2023 termina marcado pela segurança, limpeza, diversidade e alegria

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Depois de 23 dias de folia intensa, chegou ao fim, neste domingo (26), o Carnaval de Belo Horizonte 2023. Com uma festa descentralizada, diversa, segura e inclusiva, a capital mineira comemora bons números, contabilizando 5,250 milhões de foliões, entre eles 226 mil turistas, e uma movimentação financeira de R$ 720 milhões de reais. Durante todo o período oficial (4 a 26 de fevereiro), a cidade recebeu 375 cortejos de Blocos de Rua, além de programações como o Kandandu, no Palco Oficial da Praça da Estação, e dos desfiles de Escolas de Samba e Blocos Caricatos. 

 

"Fizemos um carnaval muito bom, seguro, que as pessoas puderam se divertir, com pouquíssimas ocorrências. Estou muito feliz com o carnaval que fizemos e já estamos preparando o carnaval de 2024. Trabalharemos para consertar os erros que tivemos", afirmou o prefeito Fuad Noman. 

 

“Estamos muito satisfeitos com o que o Carnaval de Belo Horizonte propiciou para a cidade nos últimos dias. Agradeço o prefeito Fuad Noman pela confiança e por sempre acreditar na força da nossa festa. Observamos uma manifestação popular alegre, orgânica e reconhecida pelos foliões como um carnaval seguro, limpo e que orgulha todos nós belo-horizontinos. Parabenizo todos órgãos municipais e estaduais que garantiram a infraestrutura do evento, além dos atores dos blocos de rua, das escolas de samba e dos blocos caricatos, que contribuíram para uma cidade mais feliz. Uma festa com 5,25 milhões de pessoas, que impactou positivamente o desenvolvimento econômico e social da cidade", disse Gilberto Castro, presidente da Belotur.

 

Os esforços da Belotur para viabilizar uma folia mais segura e planejada se concretizaram em ações de operação e fomento à cultura. Foram mais de 13.150 diárias de banheiros químicos, sendo 192 para Pessoas com Deficiência (PCD’s), com 90 pontos fixos de cabines e 1.500 cabines simultâneas. Também foram instalados gradis para a proteção de jardins, órgãos públicos e monumentos tombados.  

 

PESQUISA

Com o objetivo de identificar e monitorar as características dos foliões – moradores e visitantes – que participaram do Carnaval de Belo Horizonte em 2023, a Belotur aplicou sua tradicional pesquisa do folião. Para tanto, foram realizadas entrevistas, entre os dias 17 e 21 de fevereiro de 2023, com aqueles que estiveram presentes nas programações de carnaval. Esta investigação gerou informações quantitativas e qualitativas sobre dados socioeconômicos, hábitos de consumo, avaliação da infraestrutura e, também, a satisfação em relação ao evento.

 

Ao todo, 1.119 questionários foram aplicados, o que corresponde a uma margem de erro de 3 pontos percentuais, com 95% de probabilidade. Os questionários foram aplicados presencialmente em 23 blocos de rua, com representatividade nas regionais da cidade de Belo Horizonte com maior concentração de público.

 

De acordo com os resultados encontrados, a avaliação média geral do carnaval de 2023 foi de 8,7. A  marca de 44,15% dos moradores e visitantes tiveram suas expectativas atendidas em relação ao evento e, para 31,55%, elas foram superadas. Estes resultados destacam que há satisfação com a experiência vivida no Carnaval de BH. Dentre os visitantes que declararam ter participado em edições anteriores, 54,4% afirmaram que o evento melhorou e mais de 95% afirmaram que pretendem voltar na próxima edição do Carnaval de Belo Horizonte.

 

A pesquisa ainda destaca que, dentre os foliões, 84,9% são moradores e 15,1% são visitantes. A maioria dos visitantes é originário do interior de Minas Gerais (65,7%), seguido por São Paulo (11,8%), Espírito Santo (4,1%) e Rio de Janeiro (3,0%). Quando observamos em nível de cidades emissoras, as principais cidades são: São Paulo - SP (8,3%); Lavras - MG (6,5%), Divinópolis - MG (4,1%), Juiz de Fora – MG (3,5%). A estimativa do número total de turistas na cidade foi de 226 mil pessoas (15,1% dos participantes).

 

Os visitantes permaneceram, em média, 3,8 dias no período do carnaval, com o gasto médio diário per capita, de R$309,92, totalizando um gasto médio de R$1.133,50 durante todo o evento. Quando observamos o comportamento dos gastos dos moradores, constatamos um gasto médio total per capita (durante todos os dias do evento) de R$365,04.

 

A pesquisa ainda indicou que a maioria dos foliões belo-horizontinos viajariam para outras cidades, caso não houvesse programação de carnaval na capital. Nesse sentido, haveria um impacto negativo de mais de 61% na movimentação econômica da cidade no período do feriado.

 

Conforme se constatou na pesquisa, 55% dos visitantes se identificam com o gênero masculino, 44,97% com o sexo feminino. A idade média dos visitantes foi de 31 anos e a renda familiar mensal ocorre principalmente até a faixa 3 a 5 salários mínimos (32,5%). 

 

Quando observamos os resultados para os moradores, tem-se que a maior parte se identifica com gênero feminino (53,7%), 45,6% com o gênero masculino, e, 0,7% com outros gêneros, 68,8% são solteiros e 42,9% com ensino superior. A idade média é de 33 anos, com renda mensal entre 3 e 5 salários mínimos (28,9%).

 

Em relação a tolerância e a diversidade no ambiente carnavalesco de Belo Horizonte, observou-se que 96,4% dos entrevistados apoiam a comunidade LGBTQIAP+, sendo que 32% dos foliões mencionaram fazer parte da comunidade LGBTQIAP+.

 

PESQUISA NOS DESFILES DE BLOCOS CARICATOS E ESCOLAS DE SAMBA

 

Foi realizada uma outra pesquisa com os 600 foliões dos desfiles de Blocos Caricatos e Escolas de Samba, nos dias 20 e 21 de fevereiro, o que corresponde a uma margem de erro de 4 pontos percentuais com 95% de probabilidade.

 

Para o público da Avenida Afonso Pena a avaliação do evento foi:

8,9 Avaliação Geral do Desfile de BH 2023 
9,3 Qualidade da apresentação Desfile das Escolas de Samba 
9,2 Qualidade da apresentação Desfile dos Blocos Caricatos
9,2 Qualidade do som 
8,4 Estrutura e acesso das arquibancadas 
8,1 Sinto-me seguro no carnaval de rua 
8,1 Estrutura e atendimento dos pontos de compra de alimentação/bebidas 
7,3 Os banheiros disponíveis são suficientes 
6,1 Os preços praticados são adequados 
74% dos foliões dos desfiles também participam dos Blocos de Rua na cidade.

REDE HOTELEIRA

O Carnaval de Belo Horizonte movimentou o setor hoteleiro no último mês, em especial entre os dias 18 e 19 de fevereiro. A taxa de ocupação de toda a cidade atingiu 68,92% e apresentou um melhor desempenho no dia 18, com 78,9%. Já a região Centro-Sul alcançou a média de 71,27%, com melhor performance no dia 18, quando chegou a 80,64%. O índice dos dias 20 e 21 de fevereiro também foi positivo. A região Centro-sul apresentou média de 72,15% e as demais regiões (Pampulha / Cidade Nova), 65,94%. Todos os dados sobre a ocupação hoteleira da cidade são da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIHMG).

BLOCOS CARICATOS E ESCOLA DE SAMBA

O Bloco Caricato Estivadores do Havaí, com mais de 60 anos de tradição, levou à passarela da avenida Afonso Pena a apresentação “Uma Noite No Museu”, e foi a grande vencedora do Desfile dos Blocos Caricatos, faturando o prêmio de R$30 mil. O vice-campeão foi o Bloco Bacharéis do Samba, do bairro São Pedro e adjacências, que levou o prêmio de R$ 20 mil com a apresentação “O Mágico de Oz". O pódio foi completado pelo Bloco Caricato Unidos da Zona Norte, que homenageou o pintor e cenografista mineiro Décio Noviello, e conquistou o terceiro lugar, ganhando o prêmio de R$ 10 mil. Os Blocos Caricatos foram avaliados em cinco quesitos técnicos: Bateria; Temática; Fantasia; Alegorias e Adereços; Samba e/ou Marcha Tema.

 

Em 2023, a subvenção das agremiações subiu. A do Grupo A aumentou 18% e passou de R$ 50 mil para R$ 59 mil. Já a do Grupo B teve um acréscimo de 20%, subindo de R$ 35 mil para R$ 42 mil. O investimento total para este ano foi de R$ 480 mil. 

 

Com o enredo “África, Mãe Ancestral dos Impérios Gloriosos”, a Escola de Samba Acadêmicos de Venda Nova levantou as arquibancadas da avenida Afonso Pena no dia 21 de fevereiro e se consagrou como a grande campeã dos Desfiles das Escolas de Samba do Carnaval de Belo Horizonte de 2023 com 179,2 pontos. Oriunda do bairro São João Batista, e com mais de 15 anos de tradição momesca, a escola levou o prêmio de R$90 mil, além do Troféu Mandruvá. A vice-campeã foi a Escola de Samba Estrela do Vale que alcançou 178,9 pontos. A agremiação do bairro Vale do Jatobá levou o prêmio de R$50 mil com a segunda colocação. Sua apresentação homenageou a região do Barreiro. O terceiro lugar ficou com a Escola de Samba Canto da Alvorada, com a apresentação “A Saga da Cultura nos 50 Anos de História Dessa Casa Que É do Povo Sempre Regada de Memória” e ganhou R$25 mil. 

 

Em 2023, a subvenção das Escolas de Samba de Belo Horizonte aumentou. Os recursos para o Grupo Especial passaram para R$ 230 mil e para o Grupo de Apresentação subiram para R$ 69 mil, um aumento de 15% em relação à última edição. Antes as quantias eram, respectivamente, R$ 200 mil e R$ 60 mil.   O valor disponível para o Grupo de Acesso foi de R$ 138 mil. O investimento total para 2023 foi de R$ 2.116.000,00. Na edição anterior, a quantia dedicada para o apoio às agremiações foi R$ 1.720.000,00. 

PALCO OFICIAL

O Palco Oficial do Carnaval de Belo Horizonte recebeu as apresentações artísticas do Kandandu, encontro de blocos afro da cidade. A manifestação artística abriu oficialmente o feriado da folia. Construído coletivamente pela sociedade civil, Associação dos Blocos Afro de Minas Gerais (Abafro) e Belotur, o evento aconteceu nos dias 17 e 18 de fevereiro. 

 

Ao todo, sete blocos da cultura afro da cidade se apresentaram, divididos entre os dois dias: Bloco Oficina Tambolelê, Afoxé Bandarerê, Magia Negra, Swing Safado, Arrasta Favela, Odum Orixás e Samba da Meia Noite. Os blocos Seu Vizinho e Tapa de Mina também fizeram participações especiais. 

 

Diversas outras atrações também se apresentaram no Palco Oficial,  o destaque ficou por conta da cantora mineira Aline Calixto, que chegou com o show “Samba da Calixto”, no dia 19 de fevereiro. No mesmo dia, também houve a apresentação do tradicional grupo belo-horizontino Baluartes do Samba. No dia 20 de fevereiro, o palco contou com a performance do grupo Swingueira Mineira, composto pelo bloco Swing Safado e os artistas Kdu dos Anjos, Mac Júlia, Sara Guedes e Papo. No dia 21 de fevereiro, fechando as apresentações no Palco Oficial, a cantora Manu Dias interpretou diversos sucessos do samba raiz nacional. Outro destaque no dia foi o cantor mineiro Gustavo Maguá, figura importante do Carnaval de Belo Horizonte, que trouxe o “Baile do Maguá", iniciativa que reuniu vários ritmos musicais.

 

A programação artística do Palco Oficial foi uma parceria com o Sesc Minas, entidade parceira pertencente ao Sistema Fecomércio-MG, patrocinador oficial do Carnaval de Belo Horizonte em 2023.

SEGURANÇA

O papel desempenhado pelos agentes da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH) durante os desfiles dos blocos e nos locais onde houve instalação de palcos garantiu que o Carnaval fosse, de fato, uma festa para todo mundo. O respeito às diversidades possibilitou uma convivência harmônica entre foliões de diferentes classes sociais, cores de pele, orientações sexuais e idades. A frase “Nosso bloco é de respeito” foi a escolhida pelo Grupo de Combate à Importunação Sexual, composto por agentes femininas da corporação, para alertar que a folia poderia terminar na cadeia para quem insistisse em paqueras não correspondidas, em fazer brincadeiras de cunho sexual ou em manter contato à força com qualquer pessoa, após uma recusa da outra parte. Os guardas municipais destacaram também, em abordagens educativas, que injúria racial agora é um crime equiparado ao de racismo, resultando em prisão.

Prevenção - A atuação da Guarda Municipal teve como foco o patrulhamento preventivo, medida que resultou na redução de 38,5% no número de ocorrências relacionadas diretamente com a folia, que este ano totalizou 24 registros, na comparação com o Carnaval de 2020, que teve 39 ocorrências. Se considerarmos todas as ocorrências registradas pelos guardas municipais na capital, no mesmo período, incluindo aquelas que não têm ligação com os eventos, constatamos que houve uma redução de 18% no número de registros, com 277 ocorrências na folia anterior, contra 227 casos este ano. Assim como ocorreu em 2020, este não houve registros de depredação do patrimônio público, de atos de vandalismo e nem de desordem urbana. Os bons resultados são atribuídos à distribuição dos agentes por pontos estratégicos durante os desfiles, definida com base nas características de cada bloco.

 

Todo o efetivo da Guarda Municipal, composto atualmente por 2.028 agentes, se revezou em turnos de trabalho nas ruas, somando mais de 9.500 presenças de guardas municipais nos eventos do Carnaval. A média foi de 1.050 empenhos de guardas municipais por dia, durante todo o período. Nesse quesito, a novidade ficou por conta do reforço garantido pela participação de 150 alunos do Curso de Formação de Agentes nos patrulhamentos. 

 

Confira, nos quadros a seguir, o número de ações voltadas para a prevenção e as ocorrências relacionadas diretamente com eventos do Carnaval, registradas pela Guarda Municipal, no período de 4 a 26 de fevereiro.

Ações preventivas da Guarda Municipal

Eventos acompanhados

Abordagens de suspeitos

Pessoas detidas

Informações/ apoio a turistas

Dicas de autoproteção

406

1.286

12

6.781

10.239

Fonte: Inspetoria de Estatística e Tecnologia da Informação (GCMBH)

Ocorrências registradas em eventos do Carnaval

Natureza

2020

2023

Vias de fato/ agressão

06

05

Consumo de drogas

05

02

Importunação sexual

02

02

Ameaça

01

02

Rixa

00

01

Furto

00

01

Roubo

02

01

Acidente de trânsito c/ vítima

00

01

Acidente de trânsito s/ vítima

00

01

Tráfico de drogas

06

01

Dano

00

01

Lesão corporal

01

01

Suicídio (tentativa)

00

01

Outras ocorrências

16

04

Total

39

24

Fonte: Inspetoria de Estatística e Tecnologia da Informação (GCMBH)
COP-BH

Durante todo o período oficial de Carnaval, o Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH) contou com um esquema especial de funcionamento para garantir a gestão integrada da Operação Carnaval 2023, com acompanhamento, em tempo real, de 100% dos 374 desfiles de blocos de rua distribuídos pela cidade, além do palco da Praça da Estação e dos desfiles de Blocos Caricatos e Escolas de Samba, realizados na avenida Afonso Pena.

 

Além do reforço no efetivo das instituições parceiras que atuam diariamente na Sala de Controle Integrado (SCI) do COP-BH, foi ativado também o Posto de Comando do Carnaval 2023, envolvendo mais de 20 instituições das esferas municipal, estadual, federal e privada. Ao longo de 17 dias,  foram 232 horas de trabalho intensivo, realizando o monitoramento em tempo real do evento, acompanhando a execução, pelas equipes em campo, das atividades planejadas e tratando as ocorrências não previstas.

 

A soma de esforços possibilitou tratar de forma ampla e integrada os diversos impactos do evento para a cidade, contemplando a mobilidade urbana, a segurança e a fiscalização da ordem pública, o atendimento de emergências em saúde, bem como a prestação de serviços públicos essenciais, como a limpeza urbana, o que garantiu a plena fluidez do evento e, ao mesmo tempo, evitou que a cidade parasse, penalizando quem não estava participando dos desfiles, mas precisava transitar pelas áreas impactadas.

 

Tecnologia - Usando a tecnologia como aliada para potencializar a capacidade de acompanhamento dos eventos, as equipes tiveram à sua disposição as 3.737 câmeras visualizadas pelo COP-BH, para monitorar 274 blocos em tempo real, o que representou uma cobertura de 73% dos desfiles, observando o deslocamento de cada um deles, desde a concentração até a dispersão, bem como os reflexos gerados no fluxo do trânsito. Vale destacar que o número de câmeras quase dobrou, se comparado ao Carnaval anterior, quando haviam 1.871 equipamentos. 

 

O sobrevoo de drones das instituições estaduais parceiras foi outro recurso utilizado, garantindo o monitoramento de 55 blocos considerados de grande impacto, devido ao volume de público esperado. Já o novo sistema de radiocomunicação digital da Prefeitura permitiu que a Guarda Municipal, a BHTrans, a Fiscalização, a Belotur e o SAMU operassem seus rádios em uma mesma frequência, possibilitando o uso de um canal integrado de transmissão pelas diversas equipes, aumentado a eficiência na gestão de recursos públicos.

 

Equipes volantes - O Posto de Comando do Carnaval contou ainda com a atuação de 154 equipes volantes integradas, compostas por fiscais, guardas municipais e policiais militares, que somou o empenho de 964 servidores. As equipes foram distribuídas entre as nove regionais da capital para atender ocorrências que demandavam uma ação fiscal integrada, coibindo a venda de bebidas em garrafas de vidro, a obstrução não programada de vias, entre outras irregularidades.

 

Por fim, a adoção de um protocolo integrado para a dispersão dos blocos, após os desfiles, se consolidou este ano, garantindo uma ação padronizada, tanto em blocos de baixo impacto, quanto nos de médio e alto impacto, com medidas coordenadas para o desligamento de som, a dispersão de ambulantes e dos foliões, a limpeza da área e a reabertura de trânsito, para o restabelecimento rápido da normalidade das vias da cidade. 

 

Um total de 274 ocorrências, de diversas naturezas, foram atendidas de forma integrada pelas instituições parceiras, com destaque para os casos de intoxicação alcóolica de adultos que, somados a outras ocorrências de saúde, totalizaram 142 registros, o que corresponde a 51,8% do total. O eixo de Segurança Pública ocupou o segundo lugar, correspondendo ao percentual de 19,7% do total de ocorrências integradas. Confira o gráfico a seguir.

 

Ocorrências integradas compartilhadas com o COP-BH por eixo de atuação: Fonte: SICOP/COP-BH. Carnaval 2023. 

LIMPEZA URBANA

As equipes de limpeza urbana recolheram 964 toneladas de resíduos durante o Carnaval 2023, de 4 a 26 de fevereiro, período que englobou os desfiles do Pré-Carnaval, Carnaval e Pós-Carnaval.

 

O esquema especial montado pela SLU, garantiu a limpeza da cidade logo após os desfiles dos blocos. Um efetivo aproximado de 1.400 garis trabalhou exclusivamente na limpeza do Carnaval, atuando antes da passagem dos blocos, durante os desfiles e depois da dispersão dos foliões. Também foram disponibilizados contêineres de 240 litros em 7.955 pontos nos locais da folia, para que as pessoas pudessem descartar seus resíduos. Além disso, foram coletadas 5,8 toneladas de vidro, em 20 contêineres especialmente instalados pela SLU para esse fim. Para a lavação das ruas, foram gastos 3.039.000 litros de água. 

 

Já a coleta seletiva durante os desfiles dos blocos recolheu 15 toneladas de recicláveis. O trabalho foi feito por 200 catadores de materiais recicláveis, que trabalharam do dia 18 até 21 de fevereiro. 

 

É importante lembrar que a contratação de garis para trabalharem exclusivamente no Carnaval permitiu que todos os serviços rotineiros de limpeza urbana fossem mantidos normalmente na cidade durante o período da folia.

 

Resíduos recolhidos no Carnaval
2023: 964 toneladas
2020: 848 toneladas
2019: 2.784 toneladas
2018: 1.500 toneladas

 

Garis no Carnaval
2023: 1.400 garis
2020: 1.389 garis
2019: 1.256 garis
2018: 800 garis

 

Contêineres de 240 litros
2023: 397/dia
2020: 880/dia
2019: 550/dia
2018: 550/dia
2017: 550/dia
2016: 500/dia

 

Catadores de recicláveis
2023: 200 catadores
2020: 405 catadores
2019: 130 catadores

 

Pontos para descarte de vidro
2023: 20 pontos -  7,5 toneladas recolhidas
2020: 20 pontos –  7 toneladas recolhidas
2019: 16 pontos – 21 toneladas recolhidas
2018: 25 toneladas

 

Material destinado à Reciclagem
2023: 22,5 toneladas
2020: 49,4 toneladas
2019: 23,7 toneladas

MOBILIDADE

A operação de mobilidade  para o Carnaval 2023 envolveu quase 500 pessoas, da BHTrans e da SUMOB, Superintendência de Mobilidade do Município. 

 

Foram delimitadas sete áreas para os desfiles de blocos, cinco na área central, uma em Santa Tereza e outra na Pampulha. Essa estrutura fixa de interdições de vias e desvios no trânsito foi fundamental para garantir o desfile seguro dos foliões, mas também preservando a mobilidade e minimizando os impactos para quem precisou se deslocar na capital. Mais de 700 faixas com orientações para motoristas e pedestres foram colocadas nas ruas onde ocorrerão os desfiles.  
Foram feitas 3.770 interdições nas ruas da cidade, com 4.000 balizadores e 2.250 placas de regulamentação especiais. Uma parceria entre a prefeitura e a Google permitiu que 100% das intervenções de trânsito para os desfiles dos blocos estivessem disponibilizadas no Waze e no Google Maps.  A iniciativa foi um sucesso durante todo o período do pré-carnaval, do carnaval e pós-carnaval. 

 

O acesso à área hospitalar foi priorizado na operação do carnaval. Teve trânsito livre a circulação pela av. do Contorno acessando a rua Maranhão (próximo ao Hospital da Polícia Militar), as avenidas Francisco Sales, Amazonas e Augusto de Lima. 

 

736 alterações semafóricas foram feitas para adequar os tempos dos semáforos às demandas momentâneas e operacionais do trânsito. 

 

Cerca de 200 linhas de ônibus foram desviadas e mais de 260 banners nos pontos de ônibus alertaram para as alterações do transporte coletivo. Foram realizadas mais de 200 mil viagens de transporte coletivo no período do carnaval, com cumprimento de 97,3% das viagens programadas. 16 pontos de táxi foram implantados no entorno das áreas reservadas para desfiles dos blocos, faixas indicavam os locais aos foliões. 

 

O serviço do Posso Ajudar? realizou 6.900 atendimentos, com informações sobre trânsito, transporte em quatro pontos da área central da cidade, na Praça 7, Praça da Savassi, Praça Afonso Arinos e na Av. Amazonas próximo à Praça da Estação. 

 

A equipe da BHTrans Educa saiu com o Bloco "Prá Pular sem Vacilar" e cantou paródias de marchinhas de carnaval, com temas referentes a comportamentos responsáveis e seguros no trânsito.

 

As postagens de serviço sobre os desfiles dos blocos, interdições do trânsito e transporte coletivo tiveram mais de 1 milhão e 300 mil visualizações no Twitter da BHTrans. 

SAÚDE

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O trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a Belotur foi organizado para garantir ações de promoção da saúde, prevenção a doenças, cuidados assistenciais e redução de danos.

 

O resultado foi a queda do número de atendimentos nas UPAs, Centros de Saúde, Postos Médicos Avançados e SAMU em relação à realização do último carnaval na capital, em 2020. Neste ano, 776 pessoas foram atendidas e, em 2020, foram 1.111.

 

No período de 17 a 22 de fevereiro deste ano, o SAMU atendeu 150 ocorrências. Desses casos, 46 foram de atendimentos de intoxicação alcoólica.

 

Para o trabalho da Saúde no carnaval, foram envolvidos 300 profissionais, que mantiveram plantão 24 horas por dia para regulação assistencial do SAMU e no Centro de Operações da Prefeitura (COP), atendimento aos foliões dos casos de urgência, além das ações de mobilização e prevenção.

 

Durante a folia, grupos de arte mobilizadores, técnicos e redutores de danos do Programa BH de Mãos Dadas Contra a AIDS participaram do evento, com ações de prevenção às IST, em pontos fixos da cidade, em parceria com a BH Trans. Nos pontos foram distribuídos 811.688 preservativos externos/masculinos e 99.322 preservativos internos/femininos, 1.255 auto-testes HIV, 10.000 sachês de gel lubrificante e 20.000 folders com informações sobre prevenção e serviços da rede SUS BH. Os blocos também foram parceiros nestas ações, distribuindo os preservativos aos foliões durante os desfiles.

CULTURA

O carnaval tem alto sentido cultural. Para além de sua importância de geração de atividades econômicas, essa manifestação coletiva e popular tem forte impacto na construção de nossa identidade cultural e memória.

 

Esse momento de encontro, de viver a cidade, de se relacionar coletivamente e festejar, fortalece pertencimentos coletivos, promove uma ocupação gentil da cidade, redefinindo nossa relação com diversas áreas e ressignificando espaços públicos e reacende a dimensão coletiva e comunitária, a socialização, de maneira afetiva.

 

É assim o Carnaval de Belo Horizonte: plural e diverso em suas manifestações, coletivo, criativo, original e inclusivo. 
A Secretaria Municipal de Cultura (SMC) e Fundação Municipal de Cultura (FMC) se juntaram à Belotur para a realização de uma extensa programação cultural vinculada ao Carnaval, em 14 centros culturais, nos teatros e museus municipais, de maneira descentralizada.

 

A programação objetiva fortalecer os artistas locais e a relação e vínculos com os territórios. Com ações lúdicas, formativas e inclusivas, apresentações artísticas e atividades sobre a memória do Carnaval na cidade, a programação ofertada garantiu a pluralidade de estéticas e manifestações, mobilizando públicos diversos de todas as idades.

 

Programação cultural descentralizada nas regionais

Para celebrar o carnaval nas regionais da cidade, os equipamentos culturais da Prefeitura de Belo Horizonte oferecem uma programação com cerca de 50 atrações, entre shows, oficinas e ações formativas, bailes infantis e cortejos de blocos, ensaios de blocos e escolas, exposições e mostras, desde início de fevereiro até início de março.
Foram mobilizados centenas de artistas e técnicos e, somente nos Centros Culturais, um público de mais de 2500 pessoas.

Nos 14 Centros Culturais foram ofertadas oficinas, bailinhos de carnaval, contação de histórias e apresentações artísticas. Atividades como as Oficinas de Adereços e Estandartes; e Oficinas de Escrita Criativa sobre “Histórias de Carnaval” passaram por diferentes Centros Culturais ao longo do mês.

 

Em parceria com o Circuito Municipal de Cultura, destacamos nos Centros Culturais: Oficina e Cortejo do bloco Pena de Pavão de Krishna, no Centro Cultural Lindeia Regina (Regional Barreiro); a Oficina de samba no pé com a rainha de bateria Aline Caldeira, no Centro Cultural Jardim Guanabara (Regional Norte); a Oficina de pandeiro “Batucar, se perder, se encontrar”, no Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira (Regional Noroeste); apresentação do Circo Marimbondo, no Centro Cultural Salgado Filho (Regional Oeste; e a apresentação do Bloco Fúnebre, no Centro Cultural Vila Marçola (Regional Centro-Sul).

 

Destacamos ainda o Carnaval Inclusivo com ações como o CarnaDown no Centro Cultural Usina de Cultura, em parceria com o Instituto Viva Down e o Bloco Gato Escaldado.

 

O Circuito Municipal de Cultura realizou ainda diversas ações por meio do “Circuito de Carnaval” que fortaleceu e integrou as programações de carnaval do Teatro Raul Belém Machado, do Teatro Francisco Nunes, do Museu da Imagem e do Som, além dos centros culturais da cidade, potencializando o desenvolvimento cultural nas diferentes regionais da cidade, de forma descentralizada e em rede, com fruição, circulação e valorização das identidades culturais locais. 

 

No Teatro Francisco Nunes, a principal ação de carnaval ocorrerá no próximo domingo (05/03), com o Show infantil “Pontinhos de Amor”, com Aline Calixto e participação especial do grupo Giramundo. Os 550 ingressos disponibilizados já estão esgotados. No show, Aline convida os pequenos e grandes ouvintes a fazerem um lindo mergulho no universo mitológico dos Orixás e Entidades, seres divinos e amigos espirituais, cultuados e encontrados nas religiões e cultura afro-brasileiras. Aline é acompanhada por dois erêzinhos, a Geninha e Francisco, feitos exclusivamente pelo grupo Giramundo.

 

No Teatro Raul Belém Machado, o Bloco “Chega o Rei” fez uma apresentação especial, intitulada “Roberto Carlos em ritmo de carnaval”, na quinta-feira de pré-carnaval. Os clássicos do Rei Roberto Carlos foram revisitados ao som da marchinha, do ijexá, do samba reggae, do maracatu, do congo e da ciranda.

 

No Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte, a exposição “Cinejornais em Belo Horizonte” aborda diversos aspectos destes informativos na capital mineira, oferecendo ao público um panorama da história da cidade a partir destas produções. Em especial, destaca-se a “Galeria Nosso Carnaval”, que apresenta momentos históricos do Carnaval de Belo Horizonte. O Museu preparou ainda a Mostra Carnaval de BH no Canal de Youtube do MIS BH, com filmes de temática do carnaval de BH e sua história.

 

No dia 16/02, o Circuito realizou também, em parceria com a Belotur, o "Esquenta de Carnaval - Fim de Expediente", que integrou a programação do BH+ Feliz e coloriu o quarteirão da Rua Goiás com diversas atrações musicais: Corte Momesca, Axé nas Gerais, Bloco da Limpeza, Chama que Vem e participação de Hans Landim. O evento contou com a participação de servidores de diferentes Secretarias da Prefeitura de Belo Horizonte, além do público externo.

 

Memória do carnaval de Belo Horizonte 

Além das ações de preservação e difusão da memória do Carnaval de Belo Horizonte desenvolvidas pelo MIS BH – Museu da Imagem e do Som e do Arquivo Público Municipal de BH, a Prefeitura de Belo Horizonte está elaborando o Inventário do Carnaval de Belo Horizonte e também o Inventário do Samba. Essas importantes pesquisas serão objeto futuro de difusão da importante história do Carnaval da cidade.  

FISCALIZAÇÃO

A Subsecretaria de Fiscalização mobilizou uma estrutura de 600 profissionais entre fiscais, agentes de campo, gestores e supervisores. Os destaques da atuação da equipe incluíram atividades da campanha educativa “Carnaval é na Lata”, ações fiscais no campo e plantões no Centro de Operações da Prefeitura (COP-BH).

 

A atuação dos profissionais contabilizou cerca de 3.030 ações fiscais em situações diversas como: ambulantes comercializando bebidas em garrafas de vidro, anúncio de publicidades irregulares, veículos de lanches rápidos estacionados em locais irregulares, poluição sonora, eventos e estabelecimentos não licenciados, entre outras.

 

Além disso, a Fiscalização realizou ações junto aos ambulantes credenciados para não fixarem em um ponto, de forma a garantir uma melhor fluidez dos blocos e do trânsito, e atuou na prevenção da obstrução das vias públicas que poderiam prejudicar o desfile dos blocos, como por exemplo, caçambas, material de construção e estruturas, entre outros.  A atuação dos fiscais foram, na sua maioria, orientativas, cujas advertências foram praticamente todas cumpridas, sanando-se as irregularidades.

 

As atividades da campanha ‘Carnaval na Lata’ foram realizadas durante todo o período oficial da festa momesca em todas as regionais. Os fiscais visitaram estabelecimentos comerciais instalados em 700 vias. Eles abordaram os proprietários e funcionários desses estabelecimentos sobre a importância de substituir as garrafas de vidro por latas durante o período da festa, como medida de segurança para os foliões e preservação do meio ambiente. Também orientaram sobre a proibição de realização de eventos sem licença, obstrução do passeio, colocação de caixa de som no logradouro, entre outras questões. 

OUVIDORIA

Em uma iniciativa inédita, a Ouvidoria da Prefeitura de Belo Horizonte criou o ‘Zap Folia’ - mais um canal de comunicação oficial municipal com o folião. Reclamações, orientações e elogios relativos aos serviços prestados foram recebidos diariamente durante o carnaval. O Zap Folia recebeu 278 manifestações durante os dias 17 e 26 de fevereiro. Os principais temas recebidos foram sobre blocos de rua, banheiro químico, trânsito e transporte público.