23 August 2017 -
O que aconteceria se a fada das brincadeiras, com varinha de condão e pó mágico, fugisse do mundo imaginário para a terra? É certo que encontraria crianças brincando de jogos eletrônicos ou com a nova febre, os spinners, além de outras vivendo entretidas com jogos no computador, celular, tablets ou outros aparelhos, sem nenhuma interação com as pessoas. O que a fada faria?
Com esta proposta, o professor de língua portuguesa Vicente Nepomuceno, da Escola Municipal Jonas Barcellos Corrêa, no bairro Petrópolis, região do Barreiro, fez um projeto de pesquisa com alunos dos sexto e sétimo anos. Para escrever um texto coletivo com um desfecho das ações da fada, era necessário que eles também conhecessem as brincadeiras e brinquedos usados até a década de 80.
A ideia surgiu a partir do livro “Pera, uva, maçã”, de Roseana Murray, e do texto “Brincadeiras de ontem, hoje e sempre”, do livro “Pedagogia de Projetos Interdisciplinares.” Os textos descrevem vários brinquedos e brincadeiras como pular corda, bolinha de gude, casa na árvore, amarelinha, bola de meia, sempre brincando com palavras. A partir deles, os alunos resgataram uma série de brincadeiras e brinquedos de rua e da cultura popular, que é uma manifestação cultural e folclórica subjacente à formação da sociedade brasileira.
Após leitura de interpretação dos textos surgiu a ideia de criar um personagem – foi escolhida a fada. A missão no texto era contar o que a fada faria ao ver a escassez das brincadeiras no mundo. Os alunos pesquisaram com os familiares sobre como eram as brincadeiras. “A interação foi surpreendente. Melhorou até o relacionamento com a família, pois tiveram contato com pessoas mais velhas, mais experientes. Conversaram mais para saber como foi a infância de cada um deles”, conta o professor Vicente.
Os alunos levaram para a sala de aula modelos para compartilhar com os colegas, como aviões e barcos de papel, pião, carro de boi, carros de madeira, de rolimã, bolas de meia, bonecas de pano, de louça, roupas de boneca, jogo das cinco marias (jogado com saquinhos com areia ou pedrinhas), bilboquê, pipas, papagaios e, ainda, brincadeiras como finca, rouba bandeira e cama de gato, que é feito com barbante na mão.
Com esta proposta, o professor de língua portuguesa Vicente Nepomuceno, da Escola Municipal Jonas Barcellos Corrêa, no bairro Petrópolis, região do Barreiro, fez um projeto de pesquisa com alunos dos sexto e sétimo anos. Para escrever um texto coletivo com um desfecho das ações da fada, era necessário que eles também conhecessem as brincadeiras e brinquedos usados até a década de 80.
A ideia surgiu a partir do livro “Pera, uva, maçã”, de Roseana Murray, e do texto “Brincadeiras de ontem, hoje e sempre”, do livro “Pedagogia de Projetos Interdisciplinares.” Os textos descrevem vários brinquedos e brincadeiras como pular corda, bolinha de gude, casa na árvore, amarelinha, bola de meia, sempre brincando com palavras. A partir deles, os alunos resgataram uma série de brincadeiras e brinquedos de rua e da cultura popular, que é uma manifestação cultural e folclórica subjacente à formação da sociedade brasileira.
Após leitura de interpretação dos textos surgiu a ideia de criar um personagem – foi escolhida a fada. A missão no texto era contar o que a fada faria ao ver a escassez das brincadeiras no mundo. Os alunos pesquisaram com os familiares sobre como eram as brincadeiras. “A interação foi surpreendente. Melhorou até o relacionamento com a família, pois tiveram contato com pessoas mais velhas, mais experientes. Conversaram mais para saber como foi a infância de cada um deles”, conta o professor Vicente.
Os alunos levaram para a sala de aula modelos para compartilhar com os colegas, como aviões e barcos de papel, pião, carro de boi, carros de madeira, de rolimã, bolas de meia, bonecas de pano, de louça, roupas de boneca, jogo das cinco marias (jogado com saquinhos com areia ou pedrinhas), bilboquê, pipas, papagaios e, ainda, brincadeiras como finca, rouba bandeira e cama de gato, que é feito com barbante na mão.
Poesias
Esses brinquedos e brincadeiras foram comparados com os brinquedos atuais e a interação entre as pessoas também. Percebeu-se, durante as aulas, que a interação gerada pelos jogos antigos era maior do que a proporcionada pelos brinquedos atuais, pois, na maioria, era preciso mais de uma pessoa para a realizar a brincadeira.
Hoje, os brinquedos feitos à mão e em pequena escala, bem como as brincadeiras ao ar livre, perderam espaço para a tecnologia e diversão em qualquer lugar e hora.
“Se esta rua fosse minha, eu mandava ladrilhar... Não para automóvel matar gente, mas para criança brincar.” Este fragmento da poesia “Paraíso”, de José Paulo Paes, reforça a proposta do recital, que é de encantamento, é para encher o caminho com poesias.
Quarenta alunos da Escola Municipal Jonas Barcelos Correa recitarão poesias sobre os brinquedos e brincadeiras. As apresentações serão nos dias 25 e 26 de agosto (sexta-feira e sábado). Na sexta-feira, a apresentação será às 11h30, no Restaurante Popular (avenida Afonso Vaz de Melo, 1001, Barreiro); e no sábado, às 8h, na própria escola. O recital tem cerca de uma hora de duração e vai mostrar, além de poesias com o tema, uma apresentação de dança.
Idealizado pelo professor Vicente Nepomuceno, o recital está na terceira edição. Em 2015 houve a apresentação de “Nos trilhos poéticos: para não perder os ritmos deste trem” pelos alunos da Escola Municipal Vinícius de Moraes, com poesias e músicas cujos elementos sonoros remetiam ao trem. No ano passado, com os alunos da Jonas Barcellos, a apresentação “As mais belas histórias”, de Lúcia Casassanta, um livro de poesias que marcou a infância de muitos adultos.
Com a proposta de levar mais poesias às pessoas, o recital mostra que a rua é de cada um e de todos nas brincadeiras e que o importante são as pessoas se interagirem. "Hoje em dia, principalmente, com o advento da tecnologia e da internet, as crianças não têm lido tanto e a magia da poesia está se restringindo a poucos”, constata Vicente.
Paula Patrícia da Silva, vice-diretora da EM Jonas Barcelos, ressalta a importância de levar os alunos para uma apresentação no restaurante popular. “É unir o útil ao agradável, pois somos uma escola pública e estamos levando cultura a outro espaço público, e as pessoas naquele momento interagem e alimentam a alma com poesia por meio das crianças", reflete.
O texto final produzido pelos alunos conta que a fada Favo de Mel (nome dado pelos alunos) pegou a varinha de condão e ordenou que os brinquedos acordassem do sono e as brincadeiras voltassem a alegrar as crianças. E que elas fossem felizes e vivessem a infância, com brincadeiras, sorrisos e criatividade.
E assim foi feito com toda a criançada da terra...