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Cinco alunos, sentados em mesa, fazem oficina de grafite; três deles mostram seus desenhos coloridos.
Foto: Washington Lopes/PBH

BH em Pauta: Oficina de grafite e pintura no Barreiro

criado em - atualizado em

Crianças e jovens com idade entre 10 e 17 anos têm um projeto especial e querido no Barreiro. É a “Oficina de Graffiti e Pintura”, atividade regular que oferece aos participantes o aprendizado de técnicas de grafite, desenho, pintura, colagem e gravura no Centro Cultural Urucuia, equipamento da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e gerenciado pela Fundação Municipal de Cultura.


A oficina teve início em abril deste ano, ministrada pelo oficineiro Washington Lopes, o Fresh, estagiário em artes visuais do Centro Cultural Urucuia. O equipamento está localizado no sopé da Serra do José Vieira, o que lhe confere uma notável ambientação paisagística. Desde então, a oficina vem ocorrendo regularmente, as quintas e sextas, a partir das 15h. 


Segundo a gerente Nathalie Carvalho, o objetivo da oficina é ensinar aos jovens o grafite, a história, estilo e técnicas dele, além de abordar a cultura hip hop e tudo o que ela abrange: “Na oficina, os jovens também aprendem a fazer desenho, pintura, colagem, gravura e algumas outras possibilidades de criação na área de artes visuais em suportes variados”, explica. “A comunidade recebe bem a oficina, pois as crianças da região têm maior possibilidade de ocupar o tempo participando dessa e de outras atividades oferecidas no centro cultural, possibilitando uma aprendizagem em várias áreas”, ressalta.


Ian Pablo Menezes de Souza, de 11 anos, morador do bairro Vila Corumbiara, é um dos alunos: “A oficina é boa, ajuda-nos a aprender coisas novas. Eu gosto de participar porque gosto de desenhar e quero poder fazer um grafite bem grande no muro da minha casa, com um montão de cores para deixá-lo bem bonito”, diz.


Vitor Gabriel Brito Guedes, 12, também morador da Vila, é outro entusiasta. “A oficina é legal por que eu posso pintar telas, camisas e outros objetos. Aprendo a fazer grafite e também posso ocupar meu tempo livre lendo na biblioteca ou usando o Telecentro (espaço público de inclusão digital). Eu gosto de ir ao centro cultural, pois tem muitas coisas boas para fazer lá.”


Wesley Samuel Rodrigues Batista, 10, morador do bairro Urucuia, fala sobre o desafio do aprendizado. “Eu quero aprender a desenhar melhor, aprender a fazer grafite e pintura. A oficina tem me ajudado a melhorar o jeito que eu desenho. Faço também aula de Tae-kwon-do e violão no centro cultural e gosto muito das atividades que tem lá.”



Cultura hip hop

Nathalie Carvalho ressalta que o Centro Cultural Urucuia tem uma ligação muito forte com a cultura hip hop da região. “Grupos de dança e de rap constantemente se apresentam no Urucuia e utilizam nossos espaços para ensaios e reuniões”, afirma. 

 

A gerente assinala que o Urucuia já foi palco dos eventos mais significativos da cena do hip hop em Belo Horizonte, como o “Duelo de MC’s nas Quebradas”, “Palco Hip Hop”, e, recentemente, recebeu o projeto “Arte Favela – Graffiti nos Centros Culturais”. “No Arte Favela a história do Barreiro foi contada através dos belíssimos trabalhos de Hely Costa, Ataíde Miranda, Ed-Mun e Rodrigo Kaos, como um presente pelo aniversário de 160 anos do Barreiro”, destaca ela.


A gerente ressalta a importância da atividade para o equipamento: “A Oficina de Graffiti e Pintura faz essa interlocução entre as crianças e jovens da comunidade com o centro cultural. Por ser tratar de uma linguagem de grande difusão, ela consegue dialogar bem com diversos públicos e traz uma renovação dos espaços do centro, com intervenções feitas pelos alunos, gerando uma maior sensação de pertencimento e participação dentro do ambiente.”


O Centro Cultural Urucuia está localizado à rua W3, 500, bairro Urucuia. O telefone é 3277-1531. O e-mail é ccu.fmc@pbh.gov.br. O funcionamento é de terça a sexta-feira, das 9h às 17h; aos sábados, das 9h às 13h. Os ônibus são o 328 (estação Barreiro), o 342 (estação Diamante) e 1370/1380 (Estação Eldorado).

 

 

31/10/2017. Oficina de Graffiti. Fotos: Washington Lopes/PBH