28 June 2022 -
A Prefeitura de Belo Horizonte está presente no 3º Seminário Ibero-americano de Economia da Cultura (SIEC), que acontece na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) até esta quarta-feira (29). Jonas da Silva Henrique, da Gerência de Estudos e Pesquisas da Belotur, apresentou um trabalho sobre a dinâmica das atividades relacionadas com a economia criativa, que fazem interface com o turismo nas capitais e cidades criativas brasileiras.
O objetivo desta investigação, feita pelo Observatório do Turismo de Belo Horizonte, foi encontrar as potencialidades, aptidões locais e pontos de expansão ou resiliência em diferentes setores da economia criativa, fornecendo parâmetros de comparação. Com isso, a pesquisa pode apontar os principais setores da economia local para a recuperação do setor.
O estudo retrata os efeitos de alocação e competitividade em dois períodos distintos, 2011 a 2015 e 2016 a 2020. No primeiro período (2011 a 2015), persegue-se o indício da expansão produtiva e de políticas públicas, em nível nacional, voltadas para a cultura e economia criativa, inclusive durante a crise econômica de 2015. O segundo período (2016 a 2020), capta as intercorrências da crise institucional, agravamento da crise econômica e pandemia derivada da Covid-19. Para tanto, utilizou-se o método estatístico conhecido como shift-share e seu desdobramento de Esteban-Marquillas.
“O estudo apresentado é muito oportuno dentro das discussões da economia criativa, em termos de estrutura e importância econômica, tanto na esfera municipal quanto federal. Ele estará disponível nos anais do evento, possibilitando o acesso público para toda a comunidade brasileira e internacional. Eventos como o SIEC agregam pesquisadores especializados, acadêmicos e gestores públicos de diversos países e regiões, cujos diálogos auxiliam na construção do conhecimento, troca de experiências e novas conexões para a cidade de Belo Horizonte, integrante da Rede de Cidades Criativas da Unesco”, comenta Marcos Boffa, diretor de Políticas de Turismo e Inovação da Belotur.
Com estas aplicações tem-se a possibilidade de decompor a taxa de crescimento e indicar se os resultados foram em função de efeitos competitivos, alocativos, por especialização ou vantagem competitiva, além de sinalizar a taxa de crescimento homotética para todas as regiões de análise. A fonte de dados escolhida é derivada da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), por ter capilaridade e compatibilidade, além de ser contar com informações e dados universais mais recentes, com a possibilidade de desagregação da economia criativa e comparação com os demais setores da economia.
A Rede Ibero-americana de Economia da Cultura
A RIEC é uma rede de pesquisadores, estudiosos e acadêmicos do campo da economia criativa e da cultura que se preocupam em pesquisar a dimensão econômica e organização do setor cultural, bem como o comportamento de produtores, consumidores e governos perante o setor. Foi fundada em Medellín em 2017 no 1º Seminário Ibero-americano de Economia da Cultura (SIEC). Além de fazer parte da RIEC, o Seminário conta com a participação da Association for Cultural Economics International (ACEI), que reúne pesquisadores e estudiosos do tema a nível mundial.