21 March 2018 -
As luzes da Igrejinha da Pampulha, Praça da Bandeira e do edifício sede da Prefeitura de Belo Horizonte, na Avenida Afonso Pena, serão apagadas no sábado, dia 24 de março, das 20h30 às 21h30. O ato simbólico faz parte das ações da Hora do Planeta, globalmente conhecido como Earth Hour, e idealizado pela ONG WWF-Brasil.
A analista de políticas públicas da Gerência de Ações Climáticas da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Ana Maria Caetano, ressalta que a ideia da campanha é “fazer com que pessoas, empresas, governo apaguem as luzes por uma hora, estimulando assim a reflexão sobre o uso dos recursos do planeta. Já são dezenas de municípios que confirmaram a participação”.
Belo Horizonte adota ações e políticas que garantem avanços no desenvolvimento sustentável do município e geram reconhecimento nacional e internacional para a capital mineira. Em especial, a política de enfrentamento às mudanças climáticas é reconhecida internacionalmente por sua solidez e consistência. Como resultado desse trabalho, por três vezes consecutivas (2014, 2015 e 2016), um júri internacional premiou a cidade como Capital Nacional do Desafio das Cidades/Hora do Planeta da WWF.
Entre os diversos programas e políticas voltados à eficiência energética, ao enfrentamento das mudanças climáticas e ao desenvolvimento sustentável, executados pela Prefeitura de Belo Horizonte, destacam-se os seguintes:
• Comitê Municipal sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência (CMMCE) – Responsável pela articulação e apoio à implementação da política municipal de enfrentamento às mudanças climáticas e a conscientização ambiental da sociedade. É formado por representantes dos Executivos Municipal e Estadual, da Câmara Municipal, da sociedade civil organizada, do setor empresarial e de universidades.
• Inventários de emissões de gases de efeito estufa – Belo Horizonte produz periodicamente seus inventários de emissões de gases de efeito estufa, que são publicados no portal da Prefeitura, aumentando a transparência dos processos relativos à política municipal de enfrentamento das mudanças climáticas.
• Plano de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (PREGEE) – embasado em quatro eixos principais (mobilidade, saneamento, energia e comunicação climática), direciona esforços para que Belo Horizonte atinja a sua meta de redução das emissões de gases de efeito estufa em 20%.
• Análise de Vulnerabilidade às Mudanças Climáticas - selecionada como finalista, junto com as cidades de Nova York e Paris, na categoria Planos de Adaptação/Estudos e Análises do C40 Awards 2016, a análise tem como objetivo a verificação da capacidade da cidade em lidar com os efeitos adversos das mudanças climáticas. O Índice de Vulnerabilidade desse estudo utiliza mapas georreferenciados e bases estatísticas para identificar áreas na cidade que são mais vulneráveis a impactos adversos das mudanças climáticas tais como deslizamentos, inundações, ondas de calor e dengue. As informações geradas estão sendo utilizadas em um projeto, realizado em parceria com a UFMG, para proposição de ações adaptativas nos locais definidos como especialmente vulneráveis e para a elaboração do Plano Municipal de Adaptação Climática e de Resiliência Urbana, atualmente, em seus estágios iniciais.
• Programa de Certificação em Sustentabilidade Ambiental – Selo “BH Sustentável” – O objetivo do programa é contribuir para a redução das emissões dos gases de efeito estufa por meio do estímulo à “construção sustentável” em Belo Horizonte.
• Projeto de Eficiência Energética da Sinalização Semafórica de BH - Projeto LED – A PBH, por meio da BHTrans, em parceria com a Cemig, através de sua subsidiária Efficientia, substituíram as 22.500 lâmpadas incandescentes e halógenas dos focos semafóricos nas 853 interseções semaforizadas da capital por LED (Diodo Emissor de Luz). Essa é uma iniciativa que une investimentos em responsabilidade ambiental com segurança no trânsito. BH é a primeira capital do país com frota acima de 1,3 milhão de veículos a contar com todos os seus semáforos utilizando tecnologia LED e a cidade da América Latina com a maior quantidade instalada desse sistema. A substituição dos semáforos convencionais por semáforos a LED representa uma redução de 87% no consumo atual de energia para cada lâmpada substituída.
• Estação de Aproveitamento de Biogás – A Central de Aproveitamento Energético do Biogás é o maior projeto mitigador de efeito estufa no município. Localizada na Central de Tratamento de Resíduos Sólidos (BR-040, Km 513, bairro Jardim Filadélfia), a estação, pioneira em Minas Gerais, processa e queima o gás metano produzido a partir da decomposição do lixo aterrado no antigo aterro sanitário da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) na BR-040, gerando energia elétrica, que é comprada pela Cemig e distribuída em sua rede.
• Redução de Desastres e Estratégia de Gestão – Plano Estratégico da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil vencedor do Prêmio Sasakawa de Cidades Resilientes pelas Nações Unidas. Inclui: Plano de Contingência para um Sistema de Alerta Precoce; Programa Executivo de Áreas de Risco (Pear), que diagnostica, impede, e minimiza os riscos geológicos; Centros de Referência em Áreas de Risco (Crear), que conta com postos avançados para o trabalho preventivo dentro das favelas; Núcleos de Alerta de Chuva (NAC), que abrange as principais áreas de risco de inundação; e Núcleos de Defesa Civil (Nudec), com voluntários que atuam na prevenção e no socorro em situações de emergência.