Belo Horizonte foi premiada no Prêmio Cidades Inteligentes, o mais importante reconhecimento brasileiro voltado a projetos urbanos sustentáveis e alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. A cidade ainda foi reconhecida com o título de “Capital Pan-americana da Inovação” pelo papel de protagonismo estratégico dentro do cenário internacional de cidades inteligentes com a política de incentivo às startups. O prefeito Álvaro Damião recebeu o prêmio nesta terça-feira (15) em cerimônia no Minascentro. 

Promovido pela EXPO BH Cidades Inteligentes, o prêmio reconhece iniciativas de impacto implantadas por governos, empresas, fundações, startups e entidades que contribuem diretamente para o desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras. 

O prefeito Álvaro Damião destacou que a Prefeitura de Belo Horizonte tem um importante trabalho de inovação com responsabilidade. “São duas medalhas pan-americanas da inovação entregues à Prefeitura de Belo Horizonte. A importância das duas, uma através da Secretaria de Meio Ambiente, a outra através da PBH Ativos, que hoje tem um trabalho fundamental dentro da Prefeitura, nos mostra que estamos no caminho certo.”, comemorou o prefeito.  

Uma política que transforma o presente e prepara o amanhã

O prêmio destacou a Política de Arborização Urbana de Belo Horizonte, um plano robusto e multifacetado que transforma a forma como a cidade se relaciona com a vegetação urbana. A política atua na criação de florestas urbanas, recuperação e proteção de nascentes, implantação de corredores verdes, ampliação da arborização viária, uso da fauna para cuidado da flora, e no desenvolvimento de tecnologias ambientais, tudo isso com participação cidadã e base científica.

Uma cidade que planta o futuro 

Desde 2020, mais de cem mil árvores foram plantadas em todas as regiões de Belo Horizonte. Destas, 40.901 somente em 2024, e a meta de 2025 é alcançar o número de 50 mil novas árvores. A cidade também já implantou 25 miniflorestas urbanas, em locais antes degradados, promovendo sombreamento, melhoria da qualidade do ar e incremento da biodiversidade. 

A política conta com a criação de corredores verdes urbanos, como o da Avenida Antônio Carlos, que contou em 2024 com o plantio de mais de 2.347 mudas, além da restauração de nascentes em todas as regionais, e implantação de jardins de chuva — estruturas que captam águas pluviais e reduzem alagamentos. Também foram criados sistemas agroflorestais urbanos em áreas públicas, promovendo segurança alimentar, renda e conservação ambiental. 

O programa BH Verde, base tecnológica da política, já mapeou mais áreas verdes com 849 vistorias realizadas, e tem orientado ações de plantio com base em dados georreferenciados e diagnósticos ambientais. Além disso, BH tem investido na educação ambiental com capacitação em temas ligados à arborização, mudanças climáticas e biodiversidade urbana. 

Cidade viva, cidade exemplo

Belo Horizonte já ostenta o título de “Cidade Árvore do Mundo”, concedido pela FAO e pela Fundação Arbor Day (ONU), e foi reconhecida com o Prêmio Inovacidade 2023, pela Política de Resiliência Climática. Agora, com o Prêmio Cidades Inteligentes, a capital mineira consolida-se como uma referência nacional e internacional em urbanismo verde, justiça climática e sustentabilidade aplicada ao cotidiano.