30 Maio 2022 -
Na manhã do último sábado (28), estudantes do curso de Biologia da UNA visitaram a Biofábrica de Joaninhas, onde conheceram mais sobre a estrutura desses animais, controle biológico, manejo ecológico de insetos dentro de lavouras, hortas e pequenos espaços, bem como toda a tecnologia sustentável que envolve o projeto.
As joaninhas e crisopídeos são insetos que podem combater, de forma natural, populações de organismos indesejáveis em hortas, jardins, pomares e arborizações. A Prefeitura de Belo Horizonte criou, em 2018, um espaço para produção em massa desses antiparasitas naturais, fundamentais para combater as pragas em áreas verdes e hortas urbanas sem o uso de agrotóxicos ou pesticidas.
Durante o encontro, os visitantes passaram pelas dependências da biofábrica, onde obtiveram ensinamentos sobre todas as etapas de produção e distribuição dos insetos. Além disso, eles conheceram o projeto de criação de abelhas sem ferrão em área urbana, desenvolvido no mesmo espaço. Este último consiste na realização de estudos biológicos e incentivo, por meio tecnológico, à polinização.
A polinização é o processo pelo qual as plantas com flores se reproduzem. Ela pode ser realizada por meio do vento ou de agentes polinizadores, como as abelhas e os pássaros. Sem a polinização, os ecossistemas ficam em risco. Desta forma, as abelhas sem ferrão utilizam da flora local para nidificação e fonte de recursos alimentares e, ao visitarem as flores, transportam o grão de pólen que propicia a sua reprodução, permitindo então que a vegetação se multiplique.
Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck, reproduzir o conhecimento adquirido com o trabalho na biofábrica é uma importante ferramenta para a multiplicação de boas práticas: “é com muita satisfação que recebemos essas visitas técnicas e, no que depender da PBH, a Biofábrica estará sempre de portas abertas à ampliação do conhecimento. Tendo a educação como um dos princípios básicos da vida e a partilha do conhecimento como meio de transporte para importantes trabalhos no nosso cotidiano, poder colaborar, de certa forma, para a formação desses profissionais é um trabalho ao qual a gente se compromete. Estamos ali com aquelas pessoas dividindo o que aprendemos e multiplicando as possibilidades de desenvolvimento sustentável em ambiente ecológico”, afirma.
De acordo com o diretor de gestão ambiental da SMMA, Dany Amaral, a visita à Casa Amarela promove um intercâmbio de ações, uma vez que as atividades desenvolvidas entregam um panorama de possibilidades para o aprofundamento de estudos: "A visita de estudantes de biologia da UNA foi uma oportunidade para falarmos sobre biodiversidade e o papel as joaninhas na melhoria da qualidade de vida na cidade. Além da distribuição de joaninhas e crisopídeos, a Biofábrica é um local para troca de conhecimento e experiência”, afirma.
Atualmente, a biofábrica conta com quatro profissionais, sendo dois servidores e duas estagiárias que, todos os dias, fazem a manutenção da criação das joaninhas, separando as diversas fases de crescimento dos insetos, trocando alimentos e preparando kits para doação de organismos. Quem se interessar por adquirir os kits pode se inscrever no Portal da Prefeitura de Belo Horizonte.