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Trabalhos da PBH sobre Tuberculose são referência para Ministério da Saúde
Arte/PBH

Trabalhos da PBH sobre Tuberculose são referência para Ministério da Saúde

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Duas iniciativas da Secretaria Municipal de Saúde foram selecionadas pelo Mapeamento de Experiências Exitosas no Enfrentamento da Tuberculose, do Ministério da Saúde, e serão apresentadas no dia 12 de abril, em Brasília (DF), durante o Seminário Internacional de Tuberculose.

 

Os trabalhos “Vigilância do cuidado: estratégia para mitigação dos fatores de risco para o abandono e fortalecimento da adesão ao tratamento das pessoas com tuberculose com ênfase em populações mais vulneráveis” e “Efetividade do cuidado farmacêutico na redução do abandono do tratamento para tuberculose na atenção primária à saúde do município de Belo Horizonte” foram escolhidos em meio a 61 experiências de todo o país que participaram da seleção. Um comitê do Ministério da Saúde selecionou as 15 melhores experiências, que agora farão parte de uma publicação organizada pelo órgão federal.

 

A primeira experiência, de autoria da Coordenação do Programa de Controle da Tuberculose, em parceria com outras gerências da SMSA, apresentou um conjunto de intervenções realizadas em pessoas com tuberculose acompanhadas na rede SUS-BH.

 

Apesar da alta efetividade dos esquemas terapêuticos preconizados para o tratamento e prevenção da doença, a baixa adesão é considerada um dos principais desafios para o  controle global. Em 2009, Belo Horizonte foi a capital brasileira com a maior taxa de abandono do tratamento, de 18,5%. Segundo o último Boletim Epidemiológico – Edição Especial SVS/MS publicado pelo Ministério da Saúde, Belo Horizonte apresentou no ano analisado (2020), o oitavo menor índice de abandono entre os casos novos de tuberculose (9,7%), sendo a menor taxa do sudeste – um relevante impacto quando comparado ao ano de 2009.

 

“A aplicação do instrumento de estratificação que desenvolvemos, a Estratificação por Grau de Risco Clínico e de Abandono do Tratamento da Tuberculose (ERTB), deve ser fortalecida na rotina dos serviços, pois fortalece importantes pontos de cuidado e mitiga fatores de risco para o abandono. A ERTB atualmente integra os instrumentos de vigilância e diretrizes assistenciais para Tuberculose em BH, além do ‘Protocolo clínico e operacional para o controle da tuberculose em Minas Gerais’, publicado pela Secretaria de Estado de Saúde”, explica Pedro Daibert de Navarro, referência técnica da Programa Municipal de Controle da Tuberculose, da PBH.

 

A segunda iniciativa da SMSA traz os resultados do impacto positivo do acompanhamento farmacêutico na atenção primária à saúde, o que reduziu o abandono do tratamento da tuberculose e aumentou a taxa de cura. Pacientes em tratamento da tuberculose que foram acompanhados pelo farmacêutico tiveram 2,7% a mais de chances de cura em comparação aos pacientes não acompanhados. Além disso, o acompanhamento farmacoterapêutico reduziu em 51% o risco de abandono do tratamento, aponta o trabalho da secretaria.

 

“O convite para apresentação da nossa experiência é uma excelente oportunidade para compartilhar a prática de sucesso da SMSA, valorizar a atuação do profissional farmacêutico e aprender com outras apresentações”, afirma a gerente de Assistência Farmacêutica, Ana Emília Ahouagi.