Pular para o conteúdo principal

Simpósio apresenta experiências educativas do patrimônio cultural em BH
Arte/PBH

Simpósio apresenta experiências educativas do patrimônio cultural em BH

criado em - atualizado em

Com o objetivo de celebrar o Dia do Patrimônio Cultural e rememorar os avanços e conquistas recentes da sociedade belo-horizontina na preservação dos bens do patrimônio cultural da capital, a Prefeitura de Belo Horizonte promove no dia 17 de agosto, o “Simpósio do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte: Experiências Educativas”. Durante o evento, os participantes poderão conhecer quatro experiências educativas distintas e muito bem-sucedidas desenvolvidas na cidade. Outra atração do Simpósio será a apresentação do espetáculo de Dança “Mainga”, do grupo Adayeba. O espetáculo remete à ancestralidade afro-brasileira por meio da conexão com as plantas sagradas.  O Simpósio acontece no Teatro Marília, das 9h30 às 17h. As inscrições podem ser feitas no Portal da PBH.

O “Simpósio do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte: Experiências Educativas” é realizado pela Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Circuito Municipal de Cultura. Todos os presentes receberão certificado de participação. 

A secretária Municipal de Cultura, Eliane Parreiras, Celebra a importância da realização do Simpósio. “Belo Horizonte possui um patrimônio cultural importante e belíssimo, formado não apenas por edificações, mas também por pessoas, comunidades, saberes e histórias que contribuíram para a nossa formação. A Prefeitura de Belo Horizonte tem, cada vez mais, reconhecido essa importância do patrimônio material e imaterial da cidade. Acreditamos que valorizar experiências de sucesso no campo da educação pelo patrimônio é um meio eficaz e potente para divulgar, informar, educar e proporcionar reflexões críticas sobre a importância do Patrimônio Cultural do Município”, afirma Eliane Parreiras. 

Para Luciana Féres, presidente da Fundação Municipal de Cultura, o evento é uma oportunidade de socializar experiências de sucesso e estimular que novos projetos sejam desenvolvidos. “A ideia é inspirar profissionais da área do Patrimônio Cultural e da Educação com as nossas experiências em andamento que serão apresentados no Simpósio. Uma ótima oportunidade de mostrar a potência da nossa rica história cultural presente em manifestações diversas reafirmando que o nosso povo é o verdadeiro detentor dos saberes tradicionais. O patrimônio só existe de fato se a população se reconhece nele, pois o maior patrimônio de um lugar é o patrimônio humano. É fundamental que essa consciência de preservação e valorização do nosso patrimônio seja sempre afirmada”, completa. 

O Simpósio proporcionará aos participantes um conhecimento mais detalhado sobre a diversidade e riqueza dos bens do Patrimônio Cultural da capital a partir da apresentação de quatro experiências educativas já desenvolvidas na cidade. 

No campo da “educação não-escolar”, o Padre Mauro Luiz da Silva, graduado em Filosofia, Teologia e História e Tutela de bens Culturais pela Universidade de Pádua (Itália) e Mestre e Doutor em Ciências Sociais, apresentará uma síntese das experiências educativas com inúmeros grupos de visitantes no Largo do Rosário, Patrimônio Cultural Imaterial de Belo Horizonte. As ações educativas e patrimoniais no Largo do Rosário contribuem para o resgate das memórias da população negra belo-horizontina, permitindo que os participantes conheçam a história da cidade com toda sua complexidade e diversidade. 

No campo das experiências escolares, o Simpósio do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte promoverá a socialização de três grandes projetos educativos que tiveram como objetos de estudo os bens Tombados e Registrados do Município. Dois destes projetos foram desenvolvidos por escolas públicas. O primeiro foi realizado pelos professores da Escola Estadual Divina Providência, no bairro Regina, na Regional Barreiro, e será apresentado pelo Professor Fabrício Seixas Barbosa. Intitulado “BH é Quem? BH é Nóis”, o projeto foi desenvolvido durante o ano de 2022 e permitiu que os alunos estudassem e, em seguida, visitassem diversos bens do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte como o Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB), o próprio Largo do Rosário, o Palácio das Artes, entre outros. No final do ano, alunos e professores escreveram um livro que registrou a proposta e as experiências do grupo. Além disso, organizaram uma Exposição sobre o projeto que já esteve em cartaz no Museu de Artes e Ofícios, no Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira (no tradicional Mercado da Lagoinha) e atualmente pode ser apreciada na Faculdade de Educação da UFMG. 

A segunda experiência de escola pública será apresentada pela professora Sônia França da Escola Municipal Secretário Humberto Almeida, do bairro Ribeiro de Abreu, Regional Norte. No Projeto, os estudantes têm como referência de estudos a Comunidade Quilombola Mangueiras (Patrimônio Cultural de Belo Horizonte), que fica no entorno da escola. O Projeto Kizomba promove contextos pedagógicos que auxiliam os estudantes na desconstrução do preconceito étnico-racial, proporcionando reflexões sobre as desigualdades sociais e contribuindo para formação de valores como o respeito às diversidades culturais e étnico-raciais. Além do reconhecimento da própria comunidade escolar sobre o êxito do Kizomba, o projeto conta com a admiração e o apoio das lideranças da Comunidade Mangueiras. Cabe registrar que as crianças e adolescentes do Quilombo Mangueiras também são estudantes da Escola Secretário Humberto Almeida.

Por fim, a professora Luciana Albuquerque, do Colégio Santa Maria Minas – Floresta, primeira instituição educacional de Belo Horizonte, apresentará o projeto desenvolvido com os estudantes que visitaram, juntamente com suas famílias, diversos bens do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte. Fundado em 1903 pelas Irmãs Dominicanas francesas, a instituição funcionou inicialmente no palacete Antônio Olinto (onde atualmente se encontra a Basílica Nossa Senhora de Lourdes) e, posteriormente, no Palacete do Conde de Santa Marinha no complexo da Praça da Estação. Em 1909, o Colégio ocupou a sede definitiva na rua Jacuí, 237, no bairro Floresta, que é tombada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte. Ao completar 120 de existência, os professores e a equipe pedagógica do Colégio desenvolveram um grande projeto de estudo da história de Belo Horizonte, por meio do Patrimônio Cultural, possibilitando um mergulho na memória da capital com sua rica diversidade cultural. 

Serviço
Simpósio do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte: Experiências Educativas

Data: Dia 17 de agosto, das 9h30 às 17h
Inscrições gratuitas: Portal da PBH 
Local: Teatro Marília – Avenida Alfredo Balena, 586 - Santa Efigênia