27 March 2023 -
O Programa de Requalificação do Centro, anunciado pelo prefeito Fuad Noman no início deste mês, está sendo viabilizado a partir de uma atuação conjunta de diferentes pastas, unidas por um mesmo objetivo: aumentar as oportunidades de moradia, trabalho e lazer oferecidas à população da capital. Na área da Segurança, o aumento de 90% do efetivo da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH) que atua nas ruas do hipercentro tem sido notado por quem transita pela área central.
As operações Viagem Segura e a Sentinela, que desde 2017 já fazem parte da rotina da cidade, ganharam reforço de agentes na área central. A primeira é voltada para a redução do índice de furtos em ônibus e tem como principal caraterística o embarque de guardas municipais em trechos percorridos por linhas onde a ação de criminosos era recorrente. Já na Operação Sentinela o foco é evitar furtos de celulares, correntinhas e demais objetos pessoais de pedestres.
As mudanças implementadas na área da Segurança fazem parte de um plano estratégico que tem na atuação preventiva da Guarda Municipal o pilar para a redução da criminalidade e o aumento da sensação de segurança da população. Nele tem prioridade o patrulhamento a pé, sendo o uso de viaturas voltado para situações pontuais. Há também investimento destinado à ampliação e modernização do sistema de videomonitoramento da cidade.
- Estratégia de sucesso
O comandante da Guarda Municipal, Júlio Cesar de Freitas, destaca que a nova estratégia se apoia em iniciativas já conhecidas e aprovadas pela população “É o caso da Operação Centro Seguro, que também foi intensificada. Ela teve origem como Operação Natal Seguro, por aumentar o efetivo das ruas durante o período do Natal e das festas de fim de ano. Mas acabou ganhando esse outro nome, após o prefeito determinar, desde janeiro deste ano, que o reforço fosse mantido de forma permanente no Centro”, explica.
Caracterizada, sobretudo, pela presença da Unidade de Segurança Preventiva (USP) da Guarda Municipal na Praça Sete, a Operação Centro Seguro teve a fusão da equipe com a da Operação Sentinela, classificada como Eixo 1. Os agentes são responsáveis por fazer rondas preventivas em locais com grande concentração de pessoas e no entorno de shoppings populares, passarelas e agências bancárias em dias de pagamento. Cabe a eles também combater a ação de flanelinhas e coibir pichações, depredações e outros danos ao patrimônio público, que caracterizam a desordem urbana.
- Embarque Seguro
Já a Operação Embarque Seguro, que mantém guardas municipais nos pontos de ônibus com maior fluxo de embarque e desembarque de passageiros, para evitar furtos, roubos, brigas e até eventuais casos de importunação sexual, foi reativada este mês, já com o reforço da equipe. O Eixo 2 é a fusão com o efetivo da Operação Viagem Segura também ocorreu devido à compatibilidade de objetivos.
Cabe aos guardas municipais deste grupo agir em duplas ou trios, fazendo patrulhamento preventivo a pé nos pontos de ônibus em horários de pico da parte da manhã e da tarde. Os agentes ficam encarregados de cobrir uma área onde estão concentrados 75 pontos de ônibus.
Anunciada como uma das medidas do Programa de Requalificação do Centro, a ampliação do horário de funcionamento do Parque Municipal Américo Renné Giannetti levou o comando da Guarda Municipal a duplicar o número de agentes que até então faziam a segurança do local, para permitir que as pessoas desfrutem do espaço no período noturno com tranquilidade.
- Combate à desordem
Atuar no combate à desordem como medida preventiva contra o crime também faz parte do plano estratégico de Segurança. Ao Eixo 3 cabe a resolução de problemas urbanos de forma colaborativa com a atuação da Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção (SMSP). As ações são realizadas em parceria com o Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH) e com as instituições públicas a ele integradas.
As ações ocorrem após análise estratégicas dos fatores que consideram as causas e motivações dos crimes. As estratégias não se limitam a prisões ou apreensões de mercadorias como forma de coibir a desordem e os demais problemas de segurança nos ambientes urbanos.
Para isso, as imagens das mais de três mil câmeras visualizadas no COP têm importância fundamental, possibilitando o uso dos equipamentos como ferramenta para fazer o patrulhamento, a identificação de atividades suspeitas e também a busca por respostas rápidas das autoridades. O videomonitoramento pode ser usado tanto para a identificação de desordens, quanto para elaborar diagnósticos e planejar ações mais assertivas de combate às perturbações detectadas na área central.