Pular para o conteúdo principal

Rede de Identidades Culturais promove ação da cultura afro-brasileira e indígena
Foto: Ricardo Laf

Rede de Identidades Culturais promove ação da cultura afro-brasileira e indígena

criado em - atualizado em

A Rede de Identidades Culturais promove durante todo o mês de setembro nos centros culturais, centros de referência, museus, cinema e no Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte uma programação ampla e diversificada, que conta com oficinas, exposições, roda de capoeira, palestra, exibição de filmes, entre outras ações. A iniciativa promovida pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura tem como objetivo celebrar os 20 anos da Lei que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena na Educação Básica. Toda a programação é gratuita e pode ser consultada no Portal Belo Horizonte

A programação envolve atividades artísticas e formativas, todas com base na diversidade cultural, cidadania, equidade racial, democracia e diálogo intersetorial. Entre os equipamentos que receberão atividades em agosto estão o Museu Histórico Abílio Barreto, o Museu da Imagem e do Som, o Museu Casa Kubitschek, o Museu da Moda de Belo Horizonte e a Casa do Baile – Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design. Também recebem atividades o Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado, além dos Centros Culturais Alto Vera Cruz, Bairro das Indústrias, Jardim Guanabara, Liberalino Alves de Oliveira, Lindeia Regina, Pampulha, Salgado Filho, São Geraldo, Urucuia, Venda Nova, Vila Santa Rita, Vila Marçola e Zilah Spósito. 

Um dos destaques da programação deste mês será o evento “Moda Afrobrasileira: Experivivencias em Design”, que acontece no Museu da Moda de Belo Horizonte. Promovido pela Associação Nacional da Moda Afro-brasileira - ANAMAB, o evento consiste na realização de workshops e palestras sobre design de moda e moda afro-brasileira, buscando meios de capacitar, de maneira dinâmica, empreendedores, criadores e profissionais interessados em moda, arte e cultura afro-brasileira, através de oficinas teóricas e práticas no segmento. Todas as atividades serão gratuitas. 

Outro destaque da agenda de setembro é a programação do Cine Santa Tereza. Nesta sexta-feira (1º), o cinema recebe a palestra “Corpo negro, um corpo político em permanente reconstrução”, com o cineasta Joel Zito Araújo. A programação integra o 8ª Cine Pojichá - Festival de Cinema dos Vales Mucuri e do Jequitinhonha. Joel Zito Araújo é mineiro da cidade de Nanuque. Diretor, roteirista, escritor e pesquisador, Joel é tido como um dos responsáveis pela implantação do chamado “cinema negro”, na modalidade ficção e documentário, sua filmografia apresenta filmes que debatem o racismo e a desigualdade entre negros e brancos. O tema também se encontra em suas pesquisas acadêmicas. Já nos dias 15, 16 e 17 de setembro, o Cine Santa Tereza recebe a programação da 3ª Semana do Cinema Negro de Belo Horizonte, que fará uma retrospectiva da obra do cineastra senegalês Ddjibril Diop Mambety. A mostra é dedicada aos 50 anos do filme “Touki Bouki, a viagem da hiena”, que é o primeiro longa do diretor. 

Já o Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira, localizado no Mercado da Lagoinha,  recebe no dia 17, das 12h às 20h, o Kizomba Cultural,  evento  destinado à valorização da cultura e identidade negra em Belo Horizonte  que conta com atrações artísticas e musicais, desfiles e a feira de arte negra com exposição de produtos de  afroempreendedores da capital.  O Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado promove no dia 20, das 14h às 17h, o “Conversa ao Pé do Fogão: memórias ancestrais e quilombolas”, com a participação de Gláucia Cristine, representando o Kilombu Souza, e Neusa de Assis Moreira, representando o Kilombu Carolinos, a roda de conversa aborda o respeito à diversidade,  à preservação da cultura quilombola e à democracia, sem perder de vista a equidade de gênero. A ação faz parte da programação da 17ª Primavera dos Museus e é realizada em parceria com a Associação Cultural e Artística Ouro Negro. 

Rede de Identidades Culturais 

Em 2023, completam 20 anos da Lei 10.639/03, e 15 anos da alteração pela Lei 11.645/08, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena na educação básica. Para celebrar esse marco, a Prefeitura de Belo Horizonte realiza ao longo do ano a programação cultural e formativa,  “Rede de Identidades Culturais”, organizada pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Fundação Municipal de Cultura, a ação tem como foco a promoção da igualdade racial e o fortalecimento dos diálogos e difusão das culturas de matrizes  africanas e indígenas na cidade.

A Rede de Identidades Culturais é desenvolvida pela Diretoria de Desenvolvimento e Articulação Institucional, a partir das diretrizes do Programa CULTAA - Cultura e Articulação de Aprendizagens, que integra as políticas públicas da Secretaria Municipal de Cultura. O programa  tem como diretriz estimular  as diversas aprendizagens fomentadas a partir das práticas e capacidades culturais e como elas se relacionam com outros direitos sociais, sendo também fundamental na promoção da igualdade racial e no fortalecimento dos diálogos com as culturas de matrizes africanas e indígenas. 

Serviço
Rede de Identidades Culturais – Setembro

De 1º a 30 de setembro
Centros culturais, Centros de Referência, museus, e Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte
Atividades gratuitas
Programação completa: Portal Belo Horizonte