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Estátua de Nossa Senhora em lápide do Cemitério do Bomfim; ao fundo, mais lápides.
Foto: Amira Hissa/PBH

Projeto “Visitas Guiadas ao Cemitério do Bonfim” tem início no domingo, dia 17/2

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Conhecer a riqueza arquitetônica e cultural do cemitério mais antigo da capital mineira é o principal objetivo do projeto “Visitas Guiadas ao Cemitério do Bonfim”, que inicia sua programação para o ano de 2019 no próximo domingo, dia 17 de fevereiro. A atividade é oferecida pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), em parceria com a Universidade do Estado de Minas Gerais e com o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico.
 
Idealizadora do projeto, a historiadora e professora do Programa de Pós-Graduação da Escola de Design da Universidade Estadual de Minas Gerais, Marcelina das Graças de Almeida salienta que, a exemplo das outras edições, a primeira visita do ano vai oferecer aos participantes a oportunidade de conhecer um espaço singular, com um acervo riquíssimo que não pode ser visto em outro lugar. “Quem participar da atividade também vai conhecer histórias ímpares do ponto de vista etnográfico e religioso, como os túmulos de devoção marginal, ou aquelas que não são oficializadas pela igreja”, afirma a historiadora.
 
A professora esclarece que a maioria dos profissionais que desenvolvem ou participam, diretamente, das atividades das visitas guiadas são historiadores, seguidos por profissionais das áreas da Arquitetura, Turismo, Artes Visuais e Design. “Muitos procuram o projeto desejosos por entender o quê está sendo realizado ou buscam suporte e apoio para pesquisas que estão sendo desenvolvidas na graduação ou pós-graduação”, explica.
 
Os interessados em participar das visitas guiadas ao Cemitério do Bonfim devem se inscrever, gratuitamente, pelo e-mail agenda.visitasbonfim@pbh.gov.br ou pelo telefone (31) 3277-7286. As vagas para a atividade são limitadas. Confira todas as datas da atividade no calendário anual que está disponível no neste link.
 
 

Cemitério do Bonfim 

 
Inaugurado em 08 de fevereiro de 1897, pela Comissão Construtora da Nova Capital, o Cemitério do Bonfim, como é conhecido, é a necrópole mais antiga da cidade. O local é fonte de pesquisa de vários profissionais devido a seu acervo histórico, caracterizado por esculturas decorativas de túmulos e mausoléus. Muitas dessas são de autoria de escultores italianos que vieram para o Brasil em fins do século XIX. Em todo o Cemitério, podem ser observadas obras de arte de estilos diversos, desde a Belle Èpoque, o Art Déco, ao modernismo brasileiro.
 
O Cemitério do Bonfim é um importante patrimônio cultural da cidade, abrigando túmulos de personagens históricos como Padre Eustáquio, o ex-presidente da República, Olegário Maciel, ex-ministro da Marinha, Raul Soares, Julia Kubitschek, mãe de Juscelino Kubitschek, o jornalista e escritor Roberto Drumond, entre outros. 
 
Carregado de significados, o local desperta a curiosidade e interesse de estudiosos, visitantes e comunidade em geral.