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lápides negras e brancas do Cemitério do Bomfim durante o dia.
Foto: Divulgação PBH

Projeto Visitas Guiadas ao Cemitério do Bonfim inicia 6º ano

criado em - atualizado em

Atividade oferecida pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB) em parceria com a Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) e com o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), o projeto Visitas Guiadas ao Cemitério do Bonfim inicia sua programação para o ano de 2018. Com início neste mês de fevereiro, as atividades são realizadas sob a orientação da historiadora e professora do Programa de Pós-Graduação da Escola de Design da Uemg Marcelina das Graças de Almeida.

 

A primeira visita do ano será realizada no próximo domingo, dia 25, e promete oferecer aos participantes a oportunidade de conhecer a riqueza arquitetônica e cultural do cemitério mais antigo da capital mineira. “Esse é um espaço singular, com um acervo riquíssimo que não pode ser visto em outro lugar. Quem participar da visita vai conhecer histórias ímpares do ponto de vista etnográfico e religioso, como os túmulos de devoção marginal, ou aquelas que não são oficializadas pela igreja”, explica a professora.

 

De acordo com Marcelina Almeida, é importante a difusão da atividade uma vez que o projeto só terá longevidade se for difundido em todos os espaços educativos, sejam formais ou informais. “A ampliação da ação educativa tem esse compromisso: o de permitir que mais pesquisadores-educadores interessados no tema possam explorar as potencialidades inerentes ao mesmo e, assim, construir uma grande rede voltada para a educação patrimonial e cultural”, ressalta.

 

Neste sentido, durante a última reunião da idealizadora com a equipe da FPMZB, que presta apoio ao projeto, foi apresentada uma proposta de ação educativa, com o objetivo de formar multiplicadores dos conhecimentos e história do cemitério, tendo os docentes da Rede de Ensino da PBH como público-alvo.

 

A professora esclarece ainda que profissionais que desenvolvem ou participam, diretamente, das visitas guiadas, na atualidade, são historiadores. Contudo, existe um interesse de profissionais das áreas da Arquitetura, Turismo, Artes Visuais e Design em participar do projeto. “Muitos procuram o projeto com o desejo de entender o quê está sendo realizado ou buscam suporte e apoio para pesquisas que estão sendo desenvolvidas na graduação ou pós-graduação”, diz.

 

Os interessados em participar das visitas guiadas ao Cemitério do Bonfim devem se inscrever, gratuitamente, pelo e-mail agenda.visitasbonfim@pbh.gov.br ou pelo telefone 3277-9699. As vagas para a atividade são limitadas.

 

 

Cemitério do Bonfim

Inaugurado em 8 de fevereiro de 1897, pela Comissão Construtora da Nova Capital, o Cemitério do Bonfim é a necrópole mais antiga da cidade. O local é fonte de pesquisa de vários profissionais devido a seu acervo histórico, caracterizado por esculturas decorativas de túmulos e mausoléus. Muitas dessas são de autoria de escultores italianos que vieram para o Brasil em fins do século XIX. Em todo o cemitério, podem ser observadas obras de arte de estilos diversos, desde a Belle Èpoque, o Art Déco, ao modernismo brasileiro.

 

O Cemitério do Bonfim é um importante patrimônio cultural da cidade, abrigando túmulos de personagens históricos como Padre Eustáquio, o ex-presidente da República Olegário Maciel, ex-ministro da Marinha Raul Soares, Julia Kubitschek (mãe de Juscelino Kubitschek), jornalista e escritor Roberto Drumond, entre outros.