20 July 2023 -
No primeiro semestre de 2023, o projeto Montes Verdes chegou à marca de 30 mil mudas plantadas e mais de 10 hectares de área verde recuperada desde a implantação da iniciativa.
Criado em 2017, o programa de indução à recuperação e revegetação de áreas degradadas em Belo Horizonte teve início na área da Serra do Engenho Nogueira e no Parque Fernando Sabino, na Pampulha. Com o passar do tempo, o projeto foi expandindo e recuperando outras áreas, incluindo encostas em comunidades como Morro das Pedras, Vila Cemig e Santa Lúcia, num trabalho desenvolvido com outros órgãos do município, como a Urbel.
A iniciativa prioriza ações em espaços que tenham sofrido com queimadas, ou passaram por ocupações irregulares, poluição, entre outros, e tem por objetivo identificar, catalogar, caracterizar, propor e executar planos de reflorestamento. O foco inicial do projeto são as áreas públicas municipais, utilizando, para sua execução, desde recursos humanos existentes na própria Prefeitura, até recursos financeiros advindos de medidas compensatórias, compensações ambientais e condicionantes do licenciamento ambiental.
De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Zé Reis, a expansão da biodiversidade é uma prioridade no município. Para isso, a pasta desenvolve várias estratégias voltadas à arborização urbana e recuperação de áreas verdes. “Belo Horizonte é a nossa 'Cidade Jardim’, e projetos como o Montes Verdes têm o papel de manter vivo esse legado, entregando uma biodiversidade mais rica, revitalizando áreas que estavam sendo perdidas e devolvendo mais qualidade de vida à comunidade. Pensando nesse resultado é que destinamos recursos de compensação e desenvolvemos políticas públicas que garantam o fortalecimento dos nossos ecossistemas”, ressalta.
Durante o trabalho de seleção de áreas aptas a receber plantios, o projeto identificou, ao longo do processo, a escassez de algumas espécies vegetais voltadas à recuperação da multiplicidade presente em florestas naturais situadas próximo de Belo Horizonte. Desta forma, foram selecionadas para plantio espécies nativas da Mata Atlântica e árvores frutíferas, algumas que se encontravam, inclusive, em extinção.
Além disso, as áreas de plantio passam por constante manutenção, através de práticas como a construção de aceiros e a roçada com manejo do capim, que são fundamentais para inibir a propagação de incêndios, bem como a concorrência por nutrientes entre as plantas. Atividades como tutoramento, coveamento, coroamento e adubação das mudas também são realizadas, para garantir que elas cresçam e tenham raízes fortes, como conta o servidor da SMMA e idealizador do projeto, Wanderson Marinho. “Nas áreas revitalizadas pelo Montes Verdes, realizamos todo o tipo de manutenção necessária para o reflorestamento. Além de plantar, é feita a remoção de terra e capim no entorno das mudas para facilitar a infiltração de água, a irrigação no período seco e a roçada, esta última responsável por controlar incêndios e impedir que eles se alastrem”, destaca.