Reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural Mundial, o Conjunto Moderno da Pampulha celebra 82 anos nesta sexta-feira (16). Marco da arquitetura modernista brasileira, idealizado por Oscar Niemeyer a pedido de Juscelino Kubitschek, então prefeito da cidade, o conjunto é um símbolo da ousadia urbanística e da rica cultura de Belo Horizonte. Para marcar a data, será realizada uma extensa programação nos espaços culturais da Pampulha, incluindo vivências, exposições, debates, oficinas e um baile que busca resgatar o uso original da emblemática Casa do Baile. 

Todas as atividades são gratuitas e fazem parte do projeto Museus Pampulha, uma iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Instituto Lumiar, e do Projeto Expedições do Patrimônio, desenvolvido pela Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Municipal de Cultura. A programação completa está disponível no Portal Belo Horizonte.

Além das celebrações, o público que visita a Pampulha tem a oportunidade de vivenciar uma imersão cultural única, explorando o Conjunto Moderno com o auxílio de tecnologia de ponta. O Guia Pampulha oferece acesso a conteúdo histórico, cultural e arquitetônico ao longo de cerca de 120 pontos interativos na região. 

Utilizando recursos como QR Codes, fotografias 360°, vídeos, áudios e inteligência artificial, o Guia proporciona uma jornada personalizada e acessível pelos principais atrativos da Pampulha, como o Museu Casa Kubitschek, a Casa do Baile, o Iate Tênis Clube e o Santuário São Francisco de Assis (Igrejinha da Pampulha). 

Com o objetivo de valorizar o patrimônio cultural da cidade, fomentando o turismo de maneira inclusiva, inovadora e envolvente, o Guia Pampulha será utilizado como ferramenta de mediação na edição especial do Projeto “Expedições do Patrimônio”, em 24 de maio, em um percurso que abrange a paisagem cultural mundial e seus territórios sagrados. 

Como parte das ações para estruturar o Conjunto Moderno da Pampulha, a região receberá em breve novas placas que irão complementar o Projeto de Sinalização Turística desenvolvido a partir de cooperação estabelecida entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a Organização das Cidades Brasileiras Patrimônio Mundial (OCBPM). 

No ano passado, 69 placas foram revitalizadas. As novas sinalizações orientam os visitantes sobre os principais pontos de interesse da região — como a Igreja São Francisco de Assis, o Museu de Arte da Pampulha (MAP), o Iate Clube e a Casa do Baile — além de indicarem distâncias entre atrativos, esculturas e obras de arte ao longo do percurso. 

O projeto em fase de implantação adota a identidade visual do Patrimônio Mundial na sinalização, valorizando assim a condição especial da Pampulha como detentora do título internacional concedido pela UNESCO, além de melhorar a experiência de moradores e visitantes com informações mais fáceis e acessíveis. Com o projeto serão instalados novos marcos de distância na ciclovia da orla da Lagoa, totens de mapas e de território, e placas de piso que destacarão os bens que compõem o Conjunto inscrito na Lista do Patrimônio Mundial. 

Promoção turística

Principal cartão-postal de Belo Horizonte, o Conjunto Moderno da Pampulha é constantemente promovido pela Belotur em feiras do setor, press trips, famtours e demais ações de divulgação turística. Esse trabalho tem reflexo direto nas estratégias das principais agências de viagens, que frequentemente utilizam os atrativos da região como referência na comercialização e promoção da capital mineira.

Em fevereiro deste ano, a Belotur, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, a Fundação Municipal de Cultura e a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, iniciou a instalação de sensores para monitoramento do fluxo de visitantes em três pontos estratégicos: Praça Dino Barbieri, Museu Casa Kubitschek e Parque Ecológico da Pampulha. 

A tecnologia, baseada na captação de sinais de dispositivos móveis, permite medir o volume de visitantes de forma anônima e agrupada, além de mapear em tempo real os fluxos de circulação e os padrões de visitação. 

A região também integra o roteiro dos tours gratuitos oferecidos pela Belotur, que apresentam a cidade de forma leve, acessível e culturalmente enriquecedora. Um dos circuitos inclui a Pampulha e contempla paradas em locais emblemáticos, como a Igreja São Francisco de Assis, a Casa Kubitschek e a Casa do Baile. A programação das próximas edições pode ser consultada no Portal Belo Horizonte.

Oásis na capital

Além de todo o potencial turístico, a Pampulha é considerada um verdadeiro oásis de Belo Horizonte. Um dos cartões-postais mais relevantes da cidade, é habitat para uma dezena de espécies da fauna e da flora, sem contar que sedia o Zoológico, o Jardim Botânico, o Aquário do Rio São Francisco, o borboletário e o Jardim Japonês, espaços muito procurados pelos belo-horizontinos e turistas. 

Há quase três décadas, desenvolve ações e projetos educativos focados na sustentabilidade, por meio do Centro de Educação Ambiental do Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha (CEA-Propam). Instalado na antiga sede da Fazenda da Serra, no atual bairro Castelo, construída em 1930 pelo produtor rural Francisco Menezes, o local atualmente é propriedade da PBH, com 10 mil metros quadrados. Além de refúgio climático, devido à grande arborização, é um centro de práticas ambientais para crianças, jovens e idosos.

O local recebe crianças, adolescentes, adultos, e estudantes das escolas de Belo Horizonte e Contagem, abordando temáticas diversas relacionadas ao meio ambiente, como a flora, fauna e, principalmente, à conservação da Lagoa da Pampulha e sua bacia hidrográfica.

Programação

A programação completa dos espaços culturais ao longo deste mês pode ser acessada no Portal Belo Horizonte.