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Programa Centro de Todo Mundo tem ações culturais e de valorização do patrimônio
Foto: Ricardo Laf

Programa Centro de Todo Mundo tem ações culturais e de valorização do patrimônio

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A valorização do patrimônio cultural na região central de Belo Horizonte é uma das prioridades do Programa Centro de Todo Mundo, com ações de restauração e recuperação; educação patrimonial e valorização do patrimônio local. São destaques as ações de restauração e recuperação de bens tombados que pertencem ao município; a restituição da antiga Praça da Independência, localizada entre os edifícios Sulacap e Sulamérica; a revitalização de calçadas portuguesas, com projeto de formação; iluminação monumental para edifícios tombados; além da sinalização interpretativa do patrimônio. Outra importante ação é a criação de monumento artístico em homenagem às vítimas da Covid-19, que será instalado na Praça João Pessoa, na região hospitalar, pertencente ao Conjunto Histórico e Paisagístico da Avenida Bernardo Monteiro, tombado pelo patrimônio municipal.

 

O programa Centro de Todo Mundo foi lançado no início deste mês, com o objetivo de qualificar a região central da capital, aumentando as oportunidades de moradia, trabalho e lazer. O Programa prevê ações em diversas áreas, entre elas mobilidade urbana, moradia, segurança e melhorias em ruas, praças e parques. Os programas, projetos e ações são implementados de maneira integrada entre as Secretarias e órgãos da PBH, com transversalidade das políticas públicas a favor do desenvolvimento sustentável do Centro de BH.

 

Na área da Cultura, a valorização do patrimônio cultural na região é uma das prioridades do Programa, com ações de restauração e recuperação; educação patrimonial e valorização do patrimônio do Centro de BH. São destaques as ações de restauração e recuperação de bens tombados que pertencem ao município; a restituição da antiga Praça da Independência, localizada entre os edifícios Sulacap e Sulamérica; a revitalização de calçadas portuguesas, com projeto de formação; iluminação monumental para edifícios tombados; além da sinalização interpretativa do patrimônio. Outra importante ação é a criação de monumento artístico em homenagem às vítimas da Covid-19, que será instalado na Praça João Pessoa, na região hospitalar, pertencente ao Conjunto Histórico e Paisagístico da Avenida Bernardo Monteiro, tombado pelo patrimônio municipal.

 

A recuperação das esculturas dos escritores mineiros, entre elas as de Carlos Drummond de Andrade e Pedro Nava, localizadas na rua Goiás, também integram o programa. Na área artística, está previsto o incremento de atividades desenvolvidas no hipercentro da cidade por meio do Circuito Municipal de Cultura e da Zona Cultural Praça da Estação, além dos grandes festivais como Virada Cultural, FLI-BH – Festival Literário e o FAN – Festival de Arte Negra e as programações nos Teatros, Biblioteca e espaços culturais da PBH na região. Essas ações juntas somam investimentos de mais de R$ 17 milhões, provenientes do orçamento do Município e do Fundo Municipal de Proteção do Patrimônio de BH. Parcerias institucionais também incrementarão o conjunto de ações.

 

“As ações planejadas pela Secretaria e pela Fundação Municipal de Cultura visam valorizar o hipercentro de Belo Horizonte, reconhecido por ser lugar de encontro, confluência, diversidade e fruição cultural. Temos que compreender e valorizar a importância que o Centro de Belo Horizonte tem para a cultura do município e sua identidade cultural. Além de ter uma rede de equipamentos culturais, de gastronomia e comercio, o Centro de BH recebe grandes festivais, shows e espetáculos, fazendo a região pulsar. Mas o Centro é também marcado por ser uma região bastante afetiva, que nos conecta com o a história da cidade, que tem um patrimônio cultural belíssimo e que deve ser preservado para que as próximas gerações também possam usufruir desses bens culturais”, destaca Eliane Parreiras, secretária Municipal de Cultura.

 

Luciana Féres, presidente da Fundação Municipal de Cultura, destaca que a requalificação do centro de Belo Horizonte passa pelo reconhecimento de sua importância histórica. “A região central de Belo Horizonte é repleta de edifícios dos mais variados estilos arquitetônicos e que representam a história da nossa cidade. Preservar e valorizar esse patrimônio é dever de todos, incluindo o Poder Público. Com o programa ‘Centro de Todo Mundo’ nós damos um passo muito grande nesse sentido. A valorização do espaço urbano da cidade e a sua apropriação pelas pessoas é fundamental para que tenhamos nosso centro e nosso patrimônio vivos, uma cidade realmente para todos”, afirma.

 

Patrimônio Cultural

Algumas ações de recuperação do patrimônio cultural do hipercentro de Belo Horizonte já estão em desenvolvimento. Em março a Prefeitura devolveu à cidade as esculturas dos escritores Carlos Drummond de Andrade e Pedro Nava, localizadas na Rua Goiás, que integram o Circuito Literário. As obras, que estavam degradadas e vandalizadas, foram totalmente recuperadas, num trabalho coordenado pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Fundação Municipal de Cultura. O projeto também recuperou outras três esculturas, contando com o investimento de R$200 mil.

 

Outra ação que já está em andamento é criação do monumento artístico “Memorial à Vida”, em homenagem às vítimas da Covid-19 e aos profissionais que atuaram no combate à pandemia em Belo Horizonte. O monumento artístico será instalado na região hospitalar da capital, na Praça João Pessoa, localizada entre a Avenida Bernardo Monteiro e a Avenida Brasil, bairro Santa Efigênia. O local pertence ao Conjunto Histórico e Paisagístico da Avenida Bernardo Monteiro, tombado pelo patrimônio municipal, por seu valor cultural e histórico para a cidade. A iniciativa prevê o investimento de R$450 mil, oriundos do Fundo de Proteção do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte. A obra de arte será selecionada por meio de um Edital, publicado na sexta-feira, dia 10/03. As inscrições das propostas podem ser feitas até o dia 27 de abril.
 

Restauração de bens tombados do município

O Programa “Centro de Todo Mundo” também irá promover a restauração e conservação de bens tombados do município, com investimentos de R$1,5 milhão. A ideia é que sejam elaborados e executados até cinco projetos de restauração e/ou de conservação de bens culturais protegidos pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte - CDPCM-BH, que pertençam à própria Prefeitura, partindo do reconhecimento da importância desses bens culturais dentro do contexto histórico da cidade. Serão contemplados bens culturais que são referências para a comunidade que se destacam na paisagem urbana e na representação da identidade cultural da cidade, primando pela manutenção e valorização de suas características arquitetônicas e artísticas, bem como de seus atributos essenciais.
 

Reconstituição da Praça da Independência

Uma das grandes ações de valorização do patrimônio cultural de Belo Horizonte será a reconstituição da Praça da Independência, localizada na avenida Afonso Pena entre as ruas da Bahia e dos Tamoios, entre os edifícios Sulacap e Sulamérica. A praça existiu até a década de 1970, quando foi construído um anexo de dois andares, ligando os edifícios. A intervenção prejudicou a leitura do projeto original do arquiteto Roberto Capello. Já foi publicado decreto de desapropriação deste anexo, pela Prefeitura de Belo Horizonte, que garante a preservação integral do Conjunto Sulacap-Sulamérica e a restituição da Praça da Independência, ligando a Avenida Afonso Pena ao Viaduto Santa Tereza. Os prazos para obras serão definidos após a conclusão do processo de desapropriação.
 

Outras ações de valorização do patrimônio cultural no Centro

Outro projeto de destaque é o que prevê a Iluminação monumental do Centro de Belo Horizonte. Serão investidos R$2 milhões, em 2023 e 2024, para a contratação de projeto e instalação de iluminação em 25 bens tombados. A seleção dos prédios contemplados será feita por meio de edital público. Também haverá a contratação de serviços para recuperação e instalação de novas sinalizações interpretativas, tais como totens, para a valorização patrimonial com foco na revitalização da região central, ampliando o circuito no Centro.  O investimento previsto é de R$300 mil até o final do ano.

 

O patrimônio municipal também irá investir nos próximos anos na revitalização das calçadas portuguesas existentes no Centro de Belo Horizonte. Serão promovidas atividades formativas e de capacitação de mão de obra e busca de novas tecnologias para o assentamento das pedras portuguesas. O investimento nessas obras será de R$900 mil, em 2023e 2024.

 

As ações de educação patrimonial e de difusão do patrimônio por meio de roteiros e expedições também estão planejadas ao longo de todo o período.
 

Programação Cultural

Um dos projetos estratégicos da Prefeitura de Belo Horizonte para fomentar o setor cultural é o Circuito Municipal de Cultura. O projeto busca valorizar a produção artística local e fortalecer a programação cultural da cidade. Apesar de desenvolver ações em espaços descentralizados, o Circuito Municipal de Cultura também desenvolve projetos de grande repercussão no hipercentro de Belo Horizonte. Entre eles estão o “Musica de Domingo”, que promove mensalmente shows musicais no Teatro Francisco Nunes, de forma gratuita, e o “Terça da Dança”, projeto desenvolvido pelo Centro de Referência da Dança de Belo Horizonte, no Teatro Marília, com apresentações artísticas e ações formativas e reflexivas gratuitas.

 

Também se destacam no hipercentro de Belo Horizonte as ações desenvolvidas pela Zona Cultural Praça da Estação. Trata-se de um território de convergência da cidade constituído por um conjunto de equipamentos culturais públicos e privados e reconhecido pelo poder público e pela sociedade civil como um lugar de referência plural para a realização de práticas culturais e artísticas. Anualmente, a Secretaria de Cultura promove um edital público, com recursos do Fundo Municipal de Cultura, para promoção de projetos das áreas de artes visuais e design, audiovisual, circo, dança, literatura e leitura, música, patrimônio, teatro e propostas multissetoriais. Para 2023, um novo edital de R$550 mil será lançado, em maio, com a intenção de reconhecer, valorizar e potencializar as atividades artísticas e culturais dentro desta tradicional região de Belo Horizonte. Também serão desenvolvidos roteiros culturais e criativos na região, ampliando as oportunidades na área, além de atividades na Rua Sapucaí.

 

Destacamos ainda os grandes eventos, mostras e festivais realizados pela SMC e FMC como Virada Cultural (2023 e 2024), FLI-BH – Festival Literário Internacional de BH (2023), FAN – Festival de Arte Negra (2023), FIQ BH – Festival Internacional de Quadrinhos de BH (2024) e FIT BH – Festival Internacional de Teatro de BH (2024).

 

No Centro de BH estão importantes equipamentos culturais da PBH, que oferecem, de maneira contínua, programação ampla e plural (exposições, espetáculos musicais e de artes cênicas, atividades de mediação, formação e reflexão), que será intensificada, como o Mumo – Museu da Moda de BH, MIS BH – Museu da Imagem e do Som, Teatro Francisco Nunes, Teatro Marilia e a Biblioteca Pública Municipal Infantil e Juvenil de BH.

 

Outra ação estruturante da Cultura no município é a Escola Livre de Artes – Arena da Cultura que promove formação na área artística e tem sua Sede no Edifício Central, no coração da Praça da Estação. Na Sede são desenvolvidas atividades formativas, de pesquisas e mostras, mobilizando milhares de pessoas ao longo do ano.

 

Finalmente, serão estabelecidas parcerias com os inúmeros espaços culturais mapeados que estão no Centro, privados, vinculados à Universidades e outros, com o objetivo de fortalecer o roteiro cultural e criativo da  área e oferecendo oportunidades integradas de programação e experiência cultural para o público.