19 Fevereiro 2025 -
A Prefeitura de Belo Horizonte vai investir R$ 499.367,44 para a coleta seletiva dos resíduos gerados durante os quatro dias de Carnaval na cidade (1º a 4 de março). As cooperativas integrantes do projeto ReciclaBelô vão ser remuneradas pela SLU com o valor por meio de um aditivo nos contratos que o órgão mantém com as entidades para a prestação de serviços de coleta seletiva porta a porta na cidade. O recurso vai permitir o pagamento de diárias mínimas de R$ 150 para cada catador autônomo que participar do projeto.
Além deste valor, o ReciclaBelô também vai contar com uma estrutura fornecida pela Belotur no valor de R$ 115.686,00, que inclui a montagem de quatro centrais de triagem. No total, o investimento da Prefeitura, por meio de aporte financeiro e fornecimento de estrutura, será de R$ 615.053,44.
As centrais de triagem serão montadas pela Belotur na Pampulha, Centro, Avenida dos Andradas e Savassi. Elas terão tendas, banheiros químicos, grades, lonas, mesas, geradores e água mineral, entre outros itens. Nesses locais os catadores farão uma pré-triagem do material recolhido, que será encaminhado para os galpões, para depois serem comercializados com a indústria recicladora.
Serão contempladas as cooperativas Asmare (Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável), Coopemar (Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Belo Horizonte), Coopersoli Barreiro (Cooperativa Solidária dos Recicladores e Grupos Produtivos do Barreiro e Região) e Coopesol Leste (Cooperativa Solidária dos Trabalhadores e Grupos Produtivos da Região Leste).
De acordo com Kryscia Palhares Napoli, chefe do Departamento de Políticas Sociais e Mobilização da SLU, a participação dos catadores no Carnaval proporciona geração de renda extra para estes trabalhadores, além de ganhos ambientais, com a destinação adequada dos resíduos deixados pelos foliões.
A representante da Copersoli Barreiro, Neli Medeiros, comemorou a solução encontrada para garantir a participação dos catadores em mais um Carnaval. “Foi uma conversa muito bacana, um diálogo muito sadio. Estamos contentes porque vamos continuar prestando o nosso trabalho e fazendo o serviço com a mesma dignidade que fizemos no ano passado. Para os catadores isso representa uma vitória e para as associações uma alegria”, disse.
Prefeitura promove a inclusão dos catadores
Em Belo Horizonte, o programa de coleta seletiva inclui as associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Todo o material recolhido na coleta seletiva é destinado pela Prefeitura para essas entidades. A SLU também atua na manutenção dos galpões utilizados para o trabalho e faz o pagamento do aluguel daqueles que não são próprios da PBH.
Desde setembro de 2019, a coleta seletiva porta a porta passou a ser feita por seis associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis, credenciadas pela SLU em chamamento público. Elas foram contratadas pela SLU e são remuneradas pela autarquia, que também cedeu seis caminhões compactadores para a atividade. A SLU continua sendo responsável pelo planejamento e fiscalização do serviço.