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 Prefeitura realiza projeto Descontorno Cultural e requalifica Centros Culturais
Foto: Divulgação

Prefeitura realiza projeto Descontorno Cultural e requalifica Centros Culturais

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Nos dias 15 e 16 de abril, sábado e domingo, Belo Horizonte se transforma em um grande palco para abrigar a 7ª edição da Mostra Descontorno Cultural, que há 10 anos vem fortalecendo a atuação de artistas nos Centros Culturais da cidade. Durante os dois dias, em 12 horas de programação simultâneas, acontecem mais de 190 atrações, entre apresentações artísticas e oficinas gratuitas, nos segmentos de Música, Artes Cênicas, Artes Visuais e Audiovisual, Promoção da Leitura e Escrita, e Culturas Populares e Tradicionais, dentro e no entorno dos 17 Centros Culturais Municipais. O 7º Descontorno Cultural é realizado pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Fundação Municipal de Cultura, em parceria com a Associação Cultural e Artística Ouro Negro.

Criada em 2013, a Mostra “Descontorno Cultural” surge com o intuito de fomentar o trabalho de agentes culturais e artistas da cidade que são referência em suas comunidades ou estão em fase de profissionalização, experimentação e formação e que possuem uma atuação permanente nos Centros Culturais Municipais. 

Este ano, alguns dos equipamentos culturais vão receber uma série de qualificações na infraestrutura, que ficarão disponíveis para os artistas e grupos. O Centro Cultural Urucuia recebe uma cobertura de mais de 200 m2, que possibilitará a realização de eventos no Teatro de Arena. Também serão inaugurados cinco estúdios para ensaio, produção e gravação de áudio nos Centros Culturais Alto Vera Cruz, Padre Eustáquio, Salgado Filho, Usina de Cultura e Vila Santa Rita. Os Centros Culturais São Geraldo, Vila Marçola e Vila Fátima recebem uma qualificação em estrutura metálica, possibilitando uma melhoria nos eventos externos e internos; o Centro Cultural Vila Fátima recebe a reposição do kit de som e luz. 

De acordo com a secretária Municipal de Cultura, Eliane Parreiras, “por integrar as políticas públicas de acesso, descentralização e formação, a Mostra Descontorno Cultural possibilita que moradores de diversas regiões da cidade também entrem em contato e prestigiem a arte produzida fora do eixo central da capital. Com as melhorias que serão inauguradas, também os artistas serão beneficiados, ganhando mais infraestrutura para suas produções”, ressalta.

A presidente da Fundação Municipal de Cultura, Luciana Féres, destaca que a mostra Descontorno Cultural pretende valorizar a potência nos territórios. “A cada edição, nossa intenção é fortalecer e dar ainda mais visibilidade ao trabalho desses agentes e artistas, de forma que passem a protagonistas culturais em seus territórios, especialmente agora com a entrega de melhorias na infraestrutura dos espaços”, comenta.

Na edição deste ano, parte dos artistas foi selecionada por meio de chamamento público, a partir de critérios como o impacto das ações realizadas pelo artista e/ou grupo em sua comunidade, bem como seu alcance em termos de promoção da cultura e diversidade cultural. Também foram considerados o acesso e protagonismo de grupos artísticos das microrregiões no entorno dos Centros Culturais e a valorização da participação de pessoas negras, indígenas, LGBTQIA +, idosos, ciganos, quilombolas, pessoas com deficiência, mulheres e mães. 

A programação nos Centros Culturais é composta ainda por ações intersetoriais ligadas à área da saúde, além de trabalhos artísticos de parceiros e voluntários que já possuem atuação permanente nos Centros Culturais. Também participam artistas que se apresentarão como contrapartida dos editais da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, como é o caso da Cia Circunstância, com o espetáculo “Circo de Família”; o coletivo Candeeiro da Vovó, que fará apresentação e workshop de criação musical; o “Pocket Show Ode à Dali”; a oficina musical ministrada por Anderson Reis; o espetáculo de circo da Cia Caxangá, e a apresentação musical da banda Atitude Consciência Norte, entre outros.

Mostra Descontorno Cultural

A Mostra Descontorno Cultural integra as políticas públicas de acesso, descentralização e formação e busca dar visibilidade e fortalecer os artistas da cidade como protagonistas culturais, além de celebrar as ações desenvolvidas ao longo de todo o ano nos centros culturais municipais. Instrumento de descentralização das políticas públicas de cultura, o Festival fomenta e fortalece a atuação de grupos artísticos das microrregiões no entorno dos Centros Culturais, referenciais em suas comunidades, ou em fase de profissionalização.

Desde 2013, cada edição da mostra reúne atrações gratuitas com diferentes linguagens artísticas, voltadas a públicos diversos - do infantil ao idoso. O Descontorno ocorre nos 17 centros culturais municipais de Belo Horizonte. São eles: Centro Cultural Alto Vera Cruz (CCAVC), Centro Cultural Bairro das Indústrias (CCBDI), Centro Cultural Jardim Guanabara (CCJG), Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira (CCLAO), Centro Cultural Lindeia Regina (CCLR), Centro Cultural Padre Eustáquio (CCPE), Centro Cultural Pampulha (CCP), Centro Cultural Salgado Filho (CCSF), Centro Cultural São Bernardo (CCSB), Centro Cultural São Geraldo (CCSG), Centro Cultural Urucuia (CCU), Usina de Cultura - Centro Cultural Nordeste, Centro Cultural Venda Nova (CCVN), Centro Cultural Vila Fátima (CCVF), Centro Cultural Vila Marçola (CCVM), Centro Cultural Vila Santa Rita (CCVSR) e Centro Cultural Zilah Spósito (CCZS). 

Sobre os centros culturais municipais

Os Centros Culturais são equipamentos públicos municipais destinados ao desenvolvimento e exercício dos direitos culturais e à promoção da cidadania a partir de ações nas áreas de formação, fomento, difusão e promoção da leitura, bem como de reconhecimento e valorização da memória e do patrimônio das identidades locais. 

Tais ações são estabelecidas por meio de Programas e Projetos em consonância com as diretrizes da descentralização, sustentabilidade e inclusão sociocultural, constantes dos planos nacional e municipal de cultura. 

A maioria dos Centros Culturais de Belo Horizonte é fruto do anseio da comunidade que, por meio do Orçamento Participativo (OP), optou pela garantia de seu direito à cultura. Alguns Centros Culturais, estrategicamente localizados, atendem também à população de algumas cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte, por estarem sempre atentos às especificidades, vocações e pluralidades de seu Território.