17 January 2020 -
A Prefeitura de Belo Horizonte inicia na semana que vem uma série de ações de conscientização para lembrar o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, celebrado no último domingo de janeiro. As atividades vão se estender até 20 de fevereiro e têm objetivo de alertar a sociedade civil sobre os sinais e sintomas da doença e incentivar a procura pelos serviços de saúde.
As ações também vão mobilizar os profissionais de saúde quanto à busca ativa de casos novos e a realização de exame em pessoas que convivem com o doente, além de divulgar a oferta de tratamento completo pelo SUS e promover atividades de educação em saúde que favoreçam a redução do estigma e do preconceito que permeiam a doença.
Em alusão ao Dia Mundial de Combate à Hanseníase, a Prefeitura de Belo Horizonte preparou abordagens aos usuários, palestras, rodas de conversa e atividades educativas. Ao longo das próximas semanas, haverá divulgação sobre a doença nas salas de espera dos Centros de Saúde e nas Academias da Cidade. A Prefeitura também disponibilizou cartazes nas unidades de saúde e um material de divulgação sobre a doença no Jornal do Ônibus, da BHTrans.
Na próxima segunda, dia 20, às 8h30, será realizada uma atividade de conscientização com a participação de cerca de 120 usuários da Academia da Cidade do Lindéia (rua das Petúnias, 547 – Lindéia), no Barreiro. A educadora física vai incentivar os participantes a identificar sinais ou manchas que devem ser investigados e esclarecer dúvidas sobre a hanseníase.
Hanseníase
A hanseníase é doença infectocontagiosa crônica e potencialmente incapacitante, se não diagnosticada precocemente. Pode causar esterilidade, cegueira, deformidades ósseas e articulares e até mesmo levar ao óbito, em alguns casos.
A transmissão geralmente ocorre pelas vias aéreas. Não ocorre transmissão através da pele íntegra e utensílios. Após 36 horas do início do tratamento, o paciente não transmite mais a doença, mas é necessário que ele não seja interrompido. O principal sintoma da hanseníase é surgimento de manchas na pele, em sua maioria, com alteração de sensibilidade.
Novos casos
Em 2019 foram notificados 38 casos novos da doença em residentes de Belo Horizonte. A capital possui serviços de referência que recebem pacientes de outros municípios. Eles são atendidos nos 152 Centros de Saúde por meio de busca ativa de sintomáticos dermatológicos ou encaminhados pela Atenção Secundária. O usuário deve ser acompanhado pela equipe do Centro de Saúde mais próximo de sua casa e se necessário, pode ser encaminhado para uma referência secundária.
O tratamento é realizado gratuitamente com medicamentos administrados por via oral e tem a duração de 6 a 12 meses, dependendo do caso. É encontrado em todos os Centros de Saúde do município. É muito importante que as pessoas que convivem ou conviveram com a pessoa diagnosticada sejam examinadas, pois são os indivíduos que têm maior chance de adoecer. A hanseníase tem cura e se tratada precocemente e de forma adequada, pode evitar as incapacidades e as sequelas.