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Plantação de mudas para novas florestas
Foto: Divulgação/PBH

Prefeitura planta mais de 5 mil mudas de espécies nativas para novas florestas

criado em - atualizado em

A Serra do Engenheiro Nogueira, na região da Pampulha, vai receber até o fim de fevereiro mais de 5 mil mudas de espécies nativas para o desenvolvimento de novas florestas na capital mineira. Os plantios estão sendo realizados em áreas públicas municipais e federais, cobrindo uma área de 26 mil m².

 

“Com essa ação, a Prefeitura de Belo Horizonte ajuda a ampliar a cobertura vegetal da cidade e a recuperar áreas verdes degradadas”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck.
 

O trabalho foi iniciado em novembro com o plantio de 1,6 mil mudas no Parque Fernando Sabino, também conhecido como Parque Fazenda da Serra, uma área aproximada de 186 mil m² no Bairro Jardim Alvorada, região da Pampulha.  

 

Das mais de 5 mil mudas previstas para serem plantadas, 90% são produzidas por meio do Acordo de Cooperação Técnica entre a Floresta Nacional de Passa Quatro (ICMBio). 


Paralelamente a esse trabalho, está sendo realizada a manutenção de plantios mais antigos, especialmente com coroamento, coveamento e adubação das mudas plantadas em 2017 e 2018.


“A manutenção é fundamental para o sucesso na implantação das novas florestas urbanas, uma vez que o desenvolvimento de espécies invasoras, como os vários tipos de capim, compromete de forma significativa o desenvolvimento das mudas. Sem manutenção, há risco de se perder todo o investimento realizado na implantação dos plantios'', afirma o engenheiro Marcelo Vichiato, um dos membros da equipe do Projeto Montes Verdes, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

 

Os trabalhos de manutenção que vêm sendo desenvolvidos também têm a função de prevenir a propagação de incêndios criminosos, que são comuns no período seco. "Embora tenham ocorrido tentativas de incêndio em 2019 e 2020, os procedimentos de manutenção adotados mostram-se efetivos para a proteção dos plantios e de todo investimento realizado até aqui", reforça o engenheiro.

 

 

Parcerias e Voluntariado: força motriz do Projeto Montes Verdes

Nascido de uma iniciativa voluntária de servidores da Secretaria Municipal Meio Ambiente, com o apoio da Fundação Municipal de Parques e Zoobotânica (FMPZB), o Projeto Montes Verdes tem como propósito desenvolver e aplicar metodologias que permitam a recuperação de áreas degradadas e antropizadas na cidade. Tem atuado em duas áreas-piloto na Serra do Engenho Nogueira e, em ouras áreas, em parceria com entidades como o Exército Brasileiro, ICMBio, Urbel, igrejas, associações de moradores, Infraero, entre outras.


Os plantios, quando não realizados por meio de compensação, são realizados em parcerias com órgãos públicos, empregando recursos já existentes, reduzindo de forma significativa os custos de implantação e manutenção.


Desde 2017, o Projeto Montes Verdes viabilizou o plantio de cerca de 14 mil mudas de espécies nativas na cidade, grande parte com doações e parcerias firmadas com instituições públicas e privadas. E também por meio de compensações ambientais, não havendo investimento direto do erário municipal. Até o momento, cerca de 60% dos recursos foram oriundos de parcerias. Numa delas, foi possível obter mudas de excelente qualidade com custo inferior a um quinto do praticado pelo mercado.

 

Para o secretário Mário Werneck, a recuperação dessas áreas degradadas representa melhoria significativa nas condições ambientais não só de Belo Horizonte, mas da região metropolitana.


"As áreas deixam de servir como bota-foras clandestinos e o desenvolvimento da cobertura vegetal, ao longo dos próximos anos, propiciará, além de melhoria no microclima local, a melhor retenção das águas pluviais, a recuperação de nascentes e alguma redução na sobrecarga da drenagem pública, nas áreas em que as florestas forem se formando. É um presente que deixaremos para a próxima geração na capital mineira", conclui o secretário.
 

Belo Horizonte tem 43,28 km² de áreas verdes, o que corresponde a 13,07% do território e o Índice de Áreas Verdes é de 18,22 m² por habitante, acima dos 12 m² por habitante recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).