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Prefeitura de Belo Horizonte ampliará atuação do Grupo de Apoio ao Turista
Foto: PBH/Divulgação

Prefeitura de Belo Horizonte ampliará atuação do Grupo de Apoio ao Turista

criado em - atualizado em

A Prefeitura de Belo Horizonte ampliará a atuação do Grupamento de Apoio ao Turista composto por agentes bilíngues da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH) e que iniciou as atividades no Carnaval deste ano. O serviço, que teve atendimentos durante a folia na Praça Sete, no hipercentro da capital, estará disponível em outros pontos turísticos da cidade, definidos em parceria com a Belotur: Lagoa da Pampulha, Praça da Liberdade, Savassi, Museu Histórico Abílio Barreto e Praça do Papa.

 

Para que a atuação do grupamento seja ampliada, os guardas municipais passarão por uma capacitação que os tornará aptos a recepcionar visitantes nacionais e internacionais e fornecer informações sobre os atrativos turísticos, culturais, artísticos e gastronômicos de Belo Horizonte.

 

A capacitação será oferecida pela Belotur, com um curso ministrado, a partir de março, pela historiadora Neuma de Moura Horta, mestre em Turismo pela Universidade de Brasília (UNB) e pós-graduanda pela UFMG com Especialização em Turismo e Desenvolvimento Sustentável.

 

“A experiência que tivemos no Carnaval foi muito bem aceita pelos turistas. Agora ela ganhará mais força e se tornará permanente, a partir desse trabalho conjunto com a Belotur”, comemora o guarda municipal Nelson Martins, coordenador do Grupamento de Apoio ao Turista.

 

Atendimentos no Carnaval

 

O recém-criado Grupamento de Apoio ao Turista prestou auxílio durante o Carnaval de Belo Horizonte a mais de 700 turistas estrangeiros que escolheram festejar a folia na capital. O domínio dos idiomas inglês e espanhol permitiu que os guardas interagissem com os visitantes, que em sua maioria pediam dicas de pontos turísticos da capital, sobretudo relacionadas ao Conjunto Arquitetônico da Pampulha, ou sobre como chegar a locais tradicionais como a Savassi e o Mercado Central.

 

De acordo com o guarda municipal Nelson Martins, coordenador do Grupamento, os visitantes abordavam a equipe do grupamento depois de identificar o totem que indicava a presença dos agentes bilíngues, na Unidade de Segurança Preventiva localizada na Praça Sete, no hipercentro de Belo Horizonte.

 

Na maior parte dos casos a busca era por informações relacionadas à programação do dia, como horário e trajeto dos blocos, ou sobre qual restaurante servia a melhor comida mineira. “Todos os turistas diziam estar impressionados com a organização do Carnaval e que ter o auxílio de agentes bilíngues demonstrava o cuidado e carinho dispensado a quem vinha de outros países curtir a folia”, destaca Nelson Martins.

 

Pelo menos dois casos foram considerados pelos guardas municipais como mais emocionantes. Um deles foi o do atleta francês Lenny Zena, de 21 anos. De acordo com o subinspetor Fábio Junio, na terça-feira de Carnaval, durante o desfile do bloco Baianeiros, o rapaz, atônito, procurou os agentes em meio a uma multidão de foliões.

 

“Ele se aproximou e começou a falar em inglês, contando que estava na companhia de um grupo de amigos e acabou se perdendo deles, devido à aglomeração de foliões”, relata o guarda.

 

A conversa prosseguiu em inglês, idioma que o turista, embora francês, falava fluentemente. Ele explicou que seu celular tinha ficado com um dos amigos e que, devido o nervosismo do momento, não conseguia se lembrar do telefone de nenhum deles. “Eu continuei conversando com ele, perguntei qual era a aparência física desses amigos, como ele tinham chegado até BH e se estavam gostando do Carnaval. Com ele já mais calmo, perguntei se não queria utilizar uma rede social para localizar os companheiros”, explica Fábio Júnio.

 

Após tentar o contato da forma sugerida e já se sentindo em segurança, Lenny conseguiu se lembrar do telefone de um dos colegas e enfim fez contato, explicando onde estava. Após o desfile do bloco, o grupo reencontrou o integrante perdido. “O alívio de cada um deles foi comovente. Lenny nos agradeceu muito, destacou a importância do acolhimento e até me mandou uma mensagem de agradecimento, depois, usando a rede social”, conta o subinspetor.

 

O outro caso, bem menos tenso, foi o de dois hondurenhos atendidos pelo agente Nelson Martins, na Quarta-feira de Cinzas. A dupla, pai e filho, ao saber que podia falar em espanhol com os guardas municipais, passaram a ficar sempre por perto do posto de atendimento. “Eles eram muito divertidos. O pai era mais falante e a cada dia pedia dica de um local diferente para visitar. Estiveram no Parque Municipal, na Praça da Liberdade, Praça do Papa e no Mercado Central. Mas destacaram a Feira Hippie como o passeio que mais gostaram em Belo Horizonte”, relembrou Nelson Martins.