29 January 2020 -
O prefeito Alexandre Kalil pediu “paciência” à população de Belo Horizonte e assegurou que a equipe técnica do governo é qualificada o suficiente para reconstruir a capital mineira, castigada por fortes chuvas nos últimos dias. A partir desta quarta-feira, dia 29, a Prefeitura vai dobrar o efetivo de servidores nas ruas e aumentar o maquinário necessário para a limpeza e desobstrução das vias públicas.
“Eu quero tranquilizar a população, não no modo de nos preparar para novas catástrofes. Se Deus quis mandar a maior chuva de todos os tempos para Belo Horizonte, para esse secretariado, para esse prefeito, ele deu o frio conforme o cobertor. Nós sabemos fazer, e nós vamos fazer. E a população tem que confiar que nós vamos fazer. Sem demagogia, sem gracinha. É com trabalho, é com máquina”, afirmou Alexandre Kalil.
Na noite de terça-feira, dia 28, o volume de água chegou a 183 milímetros em três horas, o que classifica o temporal como o maior da história de Belo Horizonte. “Nós vamos reconstruir essa cidade. Fiquem tranquilos e tenham paciência, porque o que aconteceu ontem (terça-feira) inundaria Paris, Nova York, Boston. Qualquer cidade do mundo não resiste a 183 mm de chuva em três horas. Nenhuma cidade do mundo resiste ao que aconteceu ontem em BH. Isso tem que ficar muito claro”, argumentou.
De acordo com o prefeito de Belo Horizonte, neste primeiro momento a prioridade é limpar a cidade que está tomada pela lama. Equipes da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) estão atuando em três turnos de revezamento desde quinta-feira passada, dia 23.
Além do maquinário já disponível no município, a administração negocia com o Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de MG (Sicepot-MG) a contratação de mais equipamentos. Desde a semana passada, já estão nas ruas 34 caminhões, 12 carregadeiras, cinco escavadeiras, 13 retroescavadeiras, dois tratores esteira tipo D6, cinco caminhões prancha e 11 hidrojatos.
Verbas
Alexandre Kalil assegurou ainda que a Prefeitura tem recursos assegurados para esse trabalho de recuperação da cidade e um conjunto de obras para evitar estragos causados pelas chuvas nos próximos anos. “Então esse (dinheiro) não é nosso problema. Nosso problema é organização, máquinas na rua e mitigar essa crise que dói, e dói muito”, disse. “Estamos limpando o estrago e só poderemos começar a reconstrução da cidade na seca”, continuou.
Nesta quarta-feira, o governador Romeu Zema anunciou que vai liberar R$ 200 milhões para a capital – verba referente a parte da cota de ICMS e IPVA devida pelo governo estadual. O prefeito disse ainda esperar a “sensibilidade” por parte da União para a transferência de valores entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões para o município.