14 Fevereiro 2025 -
A Prefeitura de Belo Horizonte publicou o edital de chamamento para ocupação dos teatros públicos municipais em 2025. As inscrições estarão abertas desta sexta-feira (14) a 10 de março, por meio da plataforma on-line Mapa Cultural BH. O edital completo está disponível no Portal PBH.
O edital visa selecionar projetos artístico-culturais para uso dos três teatros públicos municipais – Teatro Francisco Nunes, Teatro Marília e Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado, que integram os equipamentos culturais geridos pela Fundação Municipal de Cultura. As propostas abrangem as categorias de artes cênicas, música e outras linguagens artísticas, enquadrando-se nos segmentos de apresentação artística, mostra ou festival.
O proponente poderá indicar um período composto de até cinco datas de interesse, com possibilidade de indicar uma segunda opção. Caso as duas opções de período não estejam disponíveis, outras datas serão oferecidas. As propostas selecionadas terão isenção da taxa de 10% sobre a bilheteria.
Podem participar proponentes maiores de 18 anos, nas modalidades: pessoa física individual, coletivos de artistas, microempreendedores individuais e pessoas jurídicas de todas as regiões do país. A seleção será realizada em duas etapas: a primeira, via plataforma Mapa Cultural BH; e a segunda, com a entrega da documentação de habilitação.
O edital funciona em fluxo contínuo, garantindo que a seleção de projetos ocorra de forma intermitente, no mínimo uma vez por ano, desde que haja inscrições. As propostas serão avaliadas por uma Comissão de Avaliação e Classificação, composta por seis membros da administração pública municipal, estadual ou federal, designados pela Fundação Municipal de Cultura. Entre os critérios de seleção, destacam-se a consistência e objetividade da proposta, sua relevância conceitual e temática, além da qualificação da equipe técnica.
Teatro Francisco Nunes
Sediado no Parque Municipal, o Teatro Francisco Nunes, inicialmente chamado "Teatro de Emergência", foi inaugurado em 1950. O nome é uma homenagem ao clarinetista e maestro mineiro Francisco Nunes (1875-1934), que fundou a Sociedade de Concertos Sinfônicos de Belo Horizonte e dirigiu o Conservatório Mineiro de Música. O palco do Teatro Francisco Nunes também foi fundamental para o nascimento do moderno teatro mineiro, com diversos trabalhos de artistas como João Ceschiatti, João Etienne Filho, Jota Dangelo e Haydée Bittencourt.
Atualmente, o teatro possui capacidade para 525 lugares na plateia, sendo 11 poltronas destinadas a pessoas obesas ou com mobilidade reduzida, além de seis espaços reservados a pessoas com deficiência (PCDs). O Teatro Francisco Nunes recebe uma ampla variedade de espetáculos e eventos de âmbito nacional e internacional, como o Festival Internacional de Teatro Palco & Rua (FIT-BH), o Fórum Internacional de Dança (FID), o Festival de Arte Negra (FAN), o Verão de Arte Contemporânea e a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, entre outros. O teatro foi tombado pelo Patrimônio Cultural do Município em 1994.
Teatro Marília
O Teatro Marília foi inaugurado em 1964, originalmente como propriedade da Cruz Vermelha Brasileira, que o administrou por 15 anos. Concebido como auditório da Escola de Enfermagem da instituição, o teatro logo se tornou um importante ponto de encontro para artistas, intelectuais e boêmios nas décadas de 1960 e 1970, destacando-se como um dos principais espaços teatrais do circuito nacional, com uma das caixas cênicas mais harmoniosas da cidade.
Em 1991, o Teatro Marília foi tombado pelo Patrimônio Cultural do Município para uso cultural, passando a ser administrado pela Prefeitura de Belo Horizonte. Em 2014, o equipamento passou por uma restauração que aumentou sua capacidade em 71 lugares, além de incluir novas cadeiras e melhorias acústicas, proporcionando mais conforto tanto ao público quanto aos artistas. Atualmente, a lotação é de 256 pessoas, com 3 poltronas destinadas a pessoas obesas ou com mobilidade reduzida e 6 espaços reservados a pessoas com deficiência (PCDs).
Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado
O Teatro Raul Belém Machado homenageia o premiado cenógrafo e professor, uma figura fundamental das artes cênicas em Minas Gerais. O teatro integra o Espaço Cênico Yoshifumi Yagi, localizado no Bairro Alípio de Melo. O espaço cultural foi entregue à Fundação Municipal de Cultura (FMC) pela Prefeitura de Belo Horizonte em 2013, após ser idealizado como uma arena, fruto do esforço da comunidade local no Orçamento Participativo de 2007/2008. O nome do espaço é uma homenagem ao imigrante japonês Yoshifumi Yagi, que foi um importante agente de transformação no bairro. O Teatro Raul Belém Machado possui capacidade para até 160 pessoas, sendo 85 cadeiras sobre praticáveis, 70 no nível do piso e cinco espaços reservados a pessoas com deficiência (PCDs).