4 November 2021 -
A Prefeitura de Belo Horizonte lançou na última sexta-feira, dia 29, o projeto “Elas Cultivam a Lagoinha” e inaugurou a Unidade de Produção Agroecológica, situada no Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional (CRESAN) do Mercado da Lagoinha. O projeto tem gestão compartilhada entre a Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção (SMSP) e a Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional (SUSAN), sendo executado pela Instituto de Estudos do Desenvolvimento Sustentável (IEDS), entidade parceira conveniada, representando uma inovação no campo da prevenção à violência.
O objetivo do projeto é promover a inclusão socioprodutiva e a oportunidade de geração de renda para mulheres que se encontram em situação de vulnerabilidade social e com trajetória de vida nas ruas no território da Lagoinha. O “Elas Cultivam a Lagoinha” está sendo executado por meio da realização de oficinas para estimular a retomada dos vínculos das mulheres com o mercado de trabalho e com a possibilidade de geração de renda, focando especialmente na agroecologia. Serão oferecidos, também, cursos de economia popular e solidária, de culinária mineira e da capital, e de artesanato.
O secretário municipal de Segurança e Prevenção, Genilson Zeferino, esteve na solenidade e destacou os esforços realizados pelo poder público e sociedade civil para a construção do projeto. “Toda equipe tem um papel fundamental. Esse é um espaço de inclusão e cidadania e construído por várias mãos. Inaugurar este trabalho é assumir o compromisso de cuidar desse projeto,” declarou.
Para viabilizar o “Elas Cultivam a Lagoinha", a área verde situada em frente ao Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional (CRESAN) do Mercado da Lagoinha servirá como Unidade de Produção. A intenção é transformar o espaço em um empreendimento agroecológico com a participação das mulheres atendidas, sobretudo das frequentadoras do Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM).
A subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional, Darklane Rodrigues destacou que o “Elas Cultivam a Lagoinha” coloca a agroecologia como estratégia de inclusão e cidadania. ”Esse projeto reflete todas as dimensões que uma cidade agroecológica deve ter: contrária a qualquer preconceito, inclusiva e para todos. É nessa perspectiva que nós buscamos uma cidade sustentável que produz alimentos como ferramenta terapêutica, mas também como inclusão sócio produtiva e com isso possam melhorar sua qualidade de vida”, declarou.
Selecionado por meio de chamamento público, o IEDS, que é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) com sede na Lagoinha, se tornou parceiro para a execução das ações do Elas Cultivam a Lagoinha. Além das intervenções no espaço urbano decorrentes de produção agroecológica, outras ações estão previstas no projeto, incluindo manifestações artísticas e culturais.
Elas Cultivam
Flor de Lírios, 32 anos, é uma das usuárias do CIAM que faz parte do “Elas Cultivam Lagoinha”. Ela participou do ato simbólico e plantou uma árvore na unidade como uma simbologia do crescimento individual de cada ser humano. Flor comemora a inauguração da unidade produtiva. “O projeto, antes de tudo, é o espaço de acolhimento. Vai além das orientações de como cultivar. Aqui nós somos ouvidas e bem recebidas. É uma oportunidade de reconhecimento e valorização de quem nós somos e do potencial que temos, inclusive produzindo alimentos”, ressaltou.