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Vista aérea de Belo Horizonte
Stenio Lima

PBH incentiva mobilização e participação social no Aglomerado da Serra

criado em - atualizado em

Para fortalecer a articulação da rede socioassistencial local e incentivar a participação da comunidade em período de isolamento causado pela pandemia da Covid-19, a Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, vem realizando oficinas remotas no aglomerado da Serra, região Centro-Sul da capital. Os encontros são promovidos conjuntamente pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) Vila Marçola e Vila Nossa Senhora de Fátima,  quinzenalmente.

O principal objetivo é mobilizar a comunidade para o acesso a direitos socioassistenciais, políticas públicas, órgãos dos sistemas de garantia de direitos e justiça e qualificar o acompanhamento e participação social das famílias no território.

A atividade envolve os atores da rede intersetorial do Aglomerado da Serra, como a Rede da Serra, formada por moradores e representantes de instituições governamentais e não governamentais de diversas áreas, como assistência social, segurança pública, educação, saúde e cultura, dentre outras, e o Coletivo Articulando Redes.

Quem explica a parceria e união desses atores é Abraão Freire, coordenador do CRAS Vila Fátima. “A Rede da Serra é muito potente pela diversidade de instituições que integram esse coletivo. A possibilidade de participação do Coletivo Articulando Redes nas ações tem sido extremamente importante para refletirmos sobre as potencialidades e os desafios, na perspectiva de pensar estratégias de maior proteção para os usuários e suas famílias, com a participação da comunidade nesse processo. A cada encontro realizado percebemos uma adesão maior das instituições e da comunidade”, conta.

A coordenadora do CRAS Vila Marçola, Adriana Basílio, considera que a gestão territorial por meio de articulação em rede é fundamental para mobilizar ainda mais pessoas na comunidade. “Precisamos conhecer a história do Aglomerado da Serra para mobilizar usuárias, usuários e instituições a partir do trabalho coletivo. Dialogamos sobre mobilização comunitária, pensando em estratégias de participação da comunidade para fortalecimento da rede e alcançarmos participação ativa. Um dos encaminhamentos foi convidar representantes de projetos conhecidos do território, como o Bloco Seu Vizinho, Mulheres da Quebrada e Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) para participar dos encontros”, acrescenta.

A identificação de pessoas que a comunidade reconhece como referência no território, que são os multiplicadores de conhecimento e que proporcionam um fortalecimento na rede local, é um passo importante para fortalecer a ação e tem impacto direto na divulgação dos serviços, programas, projetos, benefícios, transferência de renda e Cadastro Único e mobilização para a participação das ações e atividades na comunidade.

Para Renan Marques, técnico e mediador do Programa Mediação de Conflitos, é preciso comunicar e estimular o potencial dos moradores para o envolvimento e participação de questões da comunidade. “Precisamos identificar, localizar e fortalecer essas pessoas para que elas participem dos coletivos. Às vezes, as pessoas não participam por falta de conhecimento, de informação. É identificar as referências comunitárias que estão nos microterritórios e trazê-las para a rede, para que possamos compreender as suas necessidades sociais”, destaca.

As ações conjuntas entre os dois CRAS permitem a construção de saber coletivo no aglomerado da Serra, além de um planejamento de ações comunitárias por meio de diagnóstico, envolvimento e capacitação dos atores sociais e das lideranças em uma metodologia de trabalho de redes. São desenvolvidas ações de apoio e fortalecimento das Redes que potencializam as atividades já existentes na comunidade e que mobilizam e promovem o fortalecimento de atores sociais que já estão envolvidos com o território. 

Anísio Teles, representante da instituição não governamental BH Futuro, parceira do CRAS Vila Marçola, destaca a importância da articulação em rede neste período de pandemia.  “Na comunidade, o trabalho em rede funciona como fonte de informação, fomentando e qualificando o atendimento e outras parcerias. A rede tem o potencial de levar informação, alinhar ações estratégicas e relevantes, além de construir uma frente colaborativa para o desenvolvimento de toda a região Serra. Essa construção tem um  grande potencial, pois são várias instituições, coletivos, entre outras frentes que trabalham juntas para atender todas as vilas da Serra”, finaliza.