A Prefeitura de Belo Horizonte foi premiada pelas iniciativas de sucesso apresentadas na 17ª ExpoEpi: Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças. A Secretaria Municipal de Saúde apresentou quatro experiências e recebeu três prêmios. O evento, realizado em Brasília, é considerado o maior do país de vigilância em saúde e reuniu gestores, movimentos sociais e profissionais do SUS. 

O “Projeto Maloca: ações intersetoriais da saúde, com foco nos animais de tutores em situação de rua, promovendo a saúde única no município de Belo Horizonte”, conquistou o 1º lugar na categoria Experiências de Inclusão, Acessibilidade, Diversidade e Equidade no SUS.  Desde agosto de 2019, a Diretoria de Zoonoses iniciou uma abordagem diferenciada voltada à população em situação de rua que possui cães e gatos. O trabalho vem sendo realizado de forma interdisciplinar, envolvendo o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), as Gerências de Zoonoses Regionais (GERZO), os Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e o Consultório na Rua.

Também em 1º lugar, mas na categoria Trabalho Técnico-Científico, ficou a “Estratificação por grau de risco clínico e de interrupção do tratamento em pessoas com tuberculose acompanhadas nos serviços de atenção primária à saúde de Belo Horizonte: estratégia para a vigilância do cuidado”. O trabalho mostrou um conjunto de intervenções e que, apesar da alta efetividade dos esquemas terapêuticos preconizados para o tratamento e prevenção da doença, a baixa adesão é considerada um dos principais desafios para o controle. Por isso, foi desenvolvido um instrumento para graduação do risco das pessoas com Tuberculose denominado “Estratificação por Grau de Risco Clínico e de Abandono do Tratamento da Tuberculose” (ERTB), que foi aplicado na rotina do serviço para a melhoria dos resultados.

Em 2º lugar, na categoria na Vigilância em Saúde Ambiental e Vigilância em Saúde do Trabalhador, foi classificada a iniciativa: “Percepção de risco em saúde do trabalhador: uma metodologia de avaliação de riscos como recurso de educação em saúde para mensurar o impacto das ações de vigilância em ambientes e processos de trabalho”. A experiência apresentou uma ação realizada pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) Regional. O resultado exitoso foi a construção da percepção de risco de forma coletiva, entre trabalhadores e empregadores, e a transformação positiva dos espaços de trabalho.

Durante a mostra, Belo Horizonte também apresentou o trabalho sobre mortalidade materna: “Expandindo o olhar sobre óbitos de mulheres em idade fértil: integração para a qualificação da investigação e dos sistemas de informação em saúde de Belo Horizonte”.

Para o subsecretário de Promoção e Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, as experiências bem-sucedidas demonstram toda a expertise de Belo Horizonte no cuidado em saúde. “São iniciativas importantes que os profissionais dessa grande rede entregam para a população em forma de uma assistência de mais qualidade. O maior patrimônio do SUS-BH é sua força de trabalho”, reconheceu.