10 January 2020 -
Caracterizada pela presença de guardas municipais nas praças do hipercentro que registram maior fluxo de pessoas, a Operação Sentinela foi implantada pela Prefeitura de Belo Horizonte, em 2017, com o objetivo de reduzir, por meio do patrulhamento preventivo, os índices de furtos e roubos, sobretudo de celulares, praticados contra transeuntes.
Realizada pela Guarda Civil Municipal, em 2019 a operação teve um saldo de 2.617 abordagens a pessoas em situação suspeita, interceptação de 84 veículos, 1.314 visitas preventivas a estabelecimentos comerciais e 3.057 orientações à população ao longo de 2019.
As abordagens a pessoas em atitude suspeita, o combate ao comércio irregular e a realização de patrulhas a pé, que já vinham sendo realizadas na região das praças da Estação e Rui Barbosa e nas imediações da Rodoviária, passaram a incluir também o quadrante delimitado pelo Shopping UAI, a passarela do metrô da Lagoinha, a Praça do Peixe e a Praça Vaz de Melo.
O secretário Municipal de Segurança e Prevenção, Genilson Zeferino, destaca a importância da atuação da Guarda Municipal. “Nem todas as questões em que a Guarda Civil Municipal atua são necessariamente de segurança. Assim como ocorre com a própria Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção à qual ela está vinculada, a Guarda Municipal consolida cada vez mais seu papel de combater a desordem urbana na capital, somando forças, para isso, com outras pastas da Prefeitura de Belo Horizonte. Com a Operação Sentinela, a depredação do patrimônio, o uso irregular do espaço público e o combate à prática de atividades clandestinas muitas vezes consegue ser evitado antes mesmo de acontecer.”
Já o subinspetor Jaime Costa, do Departamento de Ordem Pública da Guarda Civil Municipal, setor responsável pela coordenação da Sentinela, destaca que o planejamento das ações da operação tem como objetivo levar o patrulhamento de proximidade realizado pelos agentes até áreas cujo mapeamento apontava como sendo de alto índice de ocorrências criminais. “O entorno da Praça da Estação, no Centro, e da Praça do Peixe, na Lagoinha, até a passarela, demandam essa atenção continuada. Isso garante tranquilidade para as inúmeras pessoas que transitam diariamente nestes locais, rumo à escola ou ao trabalho”, explica.
Números
Para aumentar a segurança das pessoas que transitam nas áreas especificadas, em 2019 os agentes da Guarda Municipal realizaram 2.617 abordagens a pessoas em situação suspeita e interceptaram 84 veículos para averiguações. O levantamento do prontuário dos abordados para verificar se algum deles estava foragido da Justiça e a realização de buscas pessoais resultaram na apreensão de produtos furtados, drogas e armas brancas, sendo o motivo da maioria das prisões.
Ao todo foram registradas 184 ocorrências, com 105 pessoas presas sendo conduzidas a delegacias da Polícia Civil. Houve apreensão de sete facas e um facão, três celulares furtados, uma moto e duas latas de spray. O saldo de drogas apreendidas chegou a 76 comprimidos de Ecstasy, 11 pinos de cocaína, cinco papelotes da mesma substância, dez pedras de crack, sete frascos de lança-perfume e 15 porções, nove buchas e um tablete de maconha.
Atuando na linha do patrulhamento comunitário preventivo, os guardas municipais fizeram ao todo 1.314 visitas preventivas a estabelecimentos comerciais e prestaram 3.057 orientações à população. O patrulhamento da Operação Sentinela se soma às demais iniciativas da Guarda Municipal, como a Viagem Segura e a de Combate à Ação de Flanelinhas, abrangendo toda a cidade.
A Operação Sentinela é realizada de 13h às 23h, com revezamento de equipes de agentes. Os guardas são posicionados em locais estratégicos, para que sejam vistos e solicitados pela população. Após as 23h, o patrulhamento nas ruas e avenidas passa a ser realizado por viaturas e com o uso das câmeras de segurança do Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH).
Mais tranquilidade
Para a vendedora autônoma Stephanie Luíza, de 26 anos, a presença dos agentes da Guarda Municipal nas praças trouxe mais tranquilidade para transitar pelas ruas. “Acho muito bom, porque diminui os roubos. Eu mesma tinha medo de passar aqui na Praça da Estação. Achava muito perigoso. Agora vejo os guardas municipais e fico segura”, conta.
O policial militar reformado Antônio Carlos da Mota, de 59 anos, disse que considera muito importante para a população a presença dos guardas municipais nas praças. “Eles estão fazendo um excelente trabalho. O fato de estarem ali evita a ação de criminosos e deixa a população mais protegida, reforçando a segurança pública por meio da prevenção”, avalia.