8 Abril 2019 -
Um dos mais famosos cartões postais de Belo Horizonte, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, Patrimônio Cultural da Humanidade, chama a atenção de todo o país por sua beleza e por sua história. Bastante frequentada, sua orla da lagoa atrai diariamente turistas, atletas amadores, vendedores ambulantes e moradores interessados em desfrutar todos os encantos do local.
O fluxo intenso de pessoas na região faz com que a SLU mantenha uma operação especial de limpeza, focada especialmente em um dos produtos mais consumidos no local: o coco. São 40 contêineres, com capacidade para 240 litros, especialmente instalados para o descarte desses frutos, espalhadas em pontos estratégicos da orla. Em fevereiro deste ano, a Prefeitura trocou todos os contêineres por modelos novos e mais resistentes. Diariamente, um caminhão e dois garis realizam a coleta. Por mês, a SLU recolhe em média 100 mil carcaças de coco, o que corresponde aproximadamente a 65 toneladas.
De acordo com o gerente de limpeza da Pampulha, Osvaldo do Carmo, as lixeiras trazem, além do conforto para os frequentadores, um ganho ambiental para a lagoa. “Os contêineres reduzem o número de carcaças expostas na Orla e principalmente no espelho d'água da Lagoa”, afirma. Ele observa que o consumo de cocos tem aumentado. “Nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, época de férias, a quantidade de cocos consumida aumentou cerca de 20% em relação ao mesmo período do ano passado”, diz.
Segundo Lilian Fernandes Marques, vendedora de cocos que trabalha na Pampulha há 15 anos, as lixeiras são importantes para a manutenção da orla limpa e bonita. “Elas ajudaram bastante a reduzir o descarte de coco em qualquer lugar”, afirma. De acordo com ela, as pessoas estão se conscientizando cada vez mais e procuram descartar o coco na lixeira, depois de consumido. “Antigamente as pessoas deixavam no chão ou por onde estivessem passando, hoje, elas usam as lixeiras, o que ajuda bastante”, explica.
Odair Meira, que vende cocos na Orla da Pampulha há um mês, elogia a boa localização das lixeiras. “Elas estão espalhadas pela orla e próximas de barracas que vendem coco. Elas incentivaram as pessoas a fazerem o uso correto”, diz.
Moradora do bairro Bandeirantes, Luciana Souza Lage afirma que, apesar do trabalho da SLU, muitas pessoas ainda precisam se conscientizar e colaborar com a limpeza. “Saio com meus dois cachorros todos os dias para caminhar e não é agradável ter que desviar de cocos pelo caminho. As pessoas precisam se conscientizar sobre isso. Muitas crianças e idosos passam por aqui e os cocos podem machucar alguém”, diz.