Jardim Zoológico de BH comemora aniversário do primogênito da família de gorilas

6 August 2019 -

Mãe gorila com filhotinho, no zoológico.

Foto: Daniel Alves

Jardim Zoológico de BH comemora aniversário do primogênito da família de gorilas

criado em 06/08/2019 - atualizado em 21/08/2019 | 09:10

Na quarta-feira, dia 7 de agosto, será comemorado o aniversário do gorilinha Sawidi, o primeiro filhote de gorila nascido em um jardim zoológico da América do Sul. Sawidi (nome que significa amado, querido, desejado) nasceu em 5 de agosto de 2014 no Jardim Zoológico de Belo Horizonte, administrado pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica. Para marcar a data, será realizada, das 9h às 11h, no recinto dos gorilas, a atividade “Encontro com gorilas”, um bate-papo sobre a espécie, seus hábitos, características e curiosidades. Sawidi acaba de completar cinco anos e é o mais velho de quatro filhotes no Zoológico de Belo Horizonte. Em junho deste ano a família cresceu novamente, com a chegada de um novo filhote, ainda sem sexo identificado.

Nessa edição, a equipe do Zoo também vai falar sobre o programa de bem-estar animal desenvolvido na instituição, ao qual se credita parte do sucesso da reprodução da família de gorilas. A atividade alia a técnica de enriquecimentoambiental, já incorporada ao manejo visando o bem-estar dos animais que estão sob cuidados humanos, às ações voltadas ao público, configurando-se também como ferramenta para a educação ambiental.

Mais velho entre os filhotes

Sawidi era, até meados de 2019, o primeiro e único filho da gorila Lou Lou, uma das duas fêmeas adultas que vivem no Zoológico junto com o macho Leon. Em 8 de junho de 2019, ele ganhou a companhia de mais um irmão, um filhote ainda sem sexo identificado que já se tornou o xodó da família. Também filhos de Leon, mas com a fêmea Imbi, os meios-irmãos, Jahari (que faz cinco anos um mês depois de Sawidi, em 10 de setembro) e Ayo, que fez dois anos no mês de maio, completam o quarteto de gorilinhas que faz a alegria do público do Jardim Zoológico, especialmente das crianças.

Quem convive de perto com a família de gorilas conhece o temperamento de cada um dos integrantes do grupo. Chefe da Área de Bem-Estar Animal do Zoo da Fundação, a bióloga Érika Cipreste sabe bem quais são os comportamentos mais marcantes do pequeno. “Sawidi é um gorila muito esperto, brincalhão e ativo. Ele está sempre correndo, subindo nas mobílias das manobras, passando pelo túnel, batendo nos portões, brincando nas pedras, nos troncos, no ‘espaço fitness’, subindo nas árvores, brincando com os outros gorilas. Não parece se importar nem um pouco com a presença do público”, descreve.

De acordo com Érika, esses comportamentos são próprios de um animal saudável que se integra bem ao seu ambiente e ao grupo a que pertence. “Sawidi é muito próximo de todos do grupo. Pela saúde emocional e coesão do grupo podemos dizer que ele, no momento certo, apresentará todos os comportamentos normais de um macho adulto. Ele tem todos os traços de que será um excelente silver back (designação para o gorila que possui as ‘costas prateadas’ ou é visto como líder do grupo) como o seu pai”, explica a bióloga.

Para ter tanta energia, é preciso se alimentar bem e isso é algo que não falta à dieta dos animais. Entre os alimentos preferidos de Sawidi estão: frutas variadas, cenoura, beterraba, mandioca, vagem, moranga, alface, brócolis, couve-flor, salsão, iogurte, biscoitos e bolinhos de primatas (que são feitos pela Seção de Nutrição). Ainda assim, há alimentos que ele não gosta, como mostarda e espinafre.

Conservação ambiental

Há mais de 40 anos o Zoológico de BH mantém gorilas da subespécie Gorilla gorilla gorilla (também chamada popularmente de “gorila da planície ocidental”) em seu plantel e, desde então, busca a manutenção e reprodução dos animais, reafirmando o seu compromisso com a conservação da espécie. Os gorilas da planície ocidental aparecem na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) como espécie “Criticamente Ameaçada”. Isso em decorrência de fatores como caça comercial, doenças e perda de habitats.